Eis aqui alguém maior do que Salomão

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“De forma a poder dar o devido valor a todas estas coisas, obtive tudo o que me apetecia e não me privei de nenhuma alegria. Achei até grande prazer em executar pesadas tarefas. Este prazer foi, aliás, a única recompensa para tudo o que passei.”
Eclesiastes 2:10 OL
A efemeridade da vida. Salomão foi um homem muito agraciado por Deus, pois seu pai Davi, lutou todas as guerras em seu tempo e unificou as tribos de Israel e estabeleceu Jerusalém como a capital do reino; todos os territórios sob seu governo, tantos quantos foram possíveis. Assim, Salomão herdou paz por todos os lados e se dedicou à investigação da ciência sobre tudo que seus olhos alcançaram.
Mas, veja o que ele diz acerca de tudo isso:
“Eu, o mestre, fui rei de Israel em Jerusalém. Dediquei-me a investigar e a usar a sabedoria para explorar tudo o que é feito debaixo do céu. Que fardo pesado Deus pôs sobre os homens! Tenho visto tudo o que é feito debaixo do sol; tudo é inútil, é correr atrás do vento!”
Eclesiastes 1:12-14
E qual seria o motivo de tamanha insatisfação de alguém que viveu uma vida que, humanamente falando seria o sonho de qualquer mortal?
Ele responde:
“Também pensei: Deus prova os homens para que vejam que são como os animais. O destino do homem é o mesmo do animal; o mesmo destino os aguarda. Assim como morre um, também morre o outro. Todos têm o mesmo fôlego de vida; o homem não tem vantagem alguma sobre o animal. Nada faz sentido! Todos vão para o mesmo lugar; vieram todos do pó, e ao pó todos retornarão. Quem pode dizer se o fôlego do homem sobe às alturas e se o fôlego do animal desce para a terra?”
Eclesiastes 3:18-21
Em outras palavras, ele não tinha todas as respostas para as suas perguntas, ainda que tivesse dedicado toda a sua vida a isso. Ele era limitado em sua sabedoria pela própria natureza. Como ele disse, um animal, embora racional. A dificuldade estava exatamente no alcance desse conhecimento, pois o termo hebraico para espírito é o mesmo para fôlego de vida o que cabe aos tradutores escolher de acordo com o contexto sob inspeção do Espírito Santo, ainda sob a dificuldade da compreensão acerca do assunto na íntegra. E até que Jesus viesse mostrar a realidade espiritual de forma plena, ninguém podia compreender plenamente a respeito do Espírito. E Deus fez assim, para que em Cristo Jesus tivéssemos a plenitude (Cl 1:19; 2:9).
Salomão também falou sob a inspiração do Espírito Santo: “A glória de Deus é ocultar certas coisas; tentar descobri-las é a glória dos reis.” Pv 25:2 Isso é para nós hoje, os filhos do Reino, nascidos da boa semente do Filho do Homem, Jesus Cristo (Mt 13:37-38; At 13:33), reis e sacerdotes (1 Pe 2:9; Ap 1:6 ARC), daquele que é o Rei dos reis e Senhor dos senhores (Sl 136:3; Dn 2:37; 1Tm 6:15; Ap 17:14; 19:16). Aleluia!
Então, nessa realidade natural, terrena o mestre da sabedoria sabia: “Sei que tudo o que Deus faz permanecerá para sempre; a isso nada se pode acrescentar, e disso nada se pode tirar. Deus assim faz para que os homens o temam.” (Ec 3:14)
Ainda que de maneira incompleta é que o fôlego de vida estava presente tanto nos homens, quanto nos animais. E sua inquietação era em ter essa consciência; pois como poderia fazer sentido Deus ter feito o ser humano à sua imagem e semelhança, ao ponto de ser tão sábio, habilidoso e criativo e, ainda assim, ter o mesmo fim que os animais irracionais? Que diferença faria então todas as suas conquistas e realizações, se depois de sua morte, outros que nem mereciam ou até desperdiçariam, esses iriam usufruir?! (Ec 2:21). E mais, como alguém que como ele viveu para edificar e descobrir coisas tão monumentais, do ponto de vista humano seria depositado com os animais, no fim dos seus dias?
Ele disse também: “Ele fez tudo apropriado ao seu tempo. Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade; mesmo assim ele não consegue compreender inteiramente o que Deus fez.” (v.11) Agora, vejamos o reflexo perfeito dessa imagem de Salomão.
Ele disse que era um fardo pesado para as almas tentarem descobrir as coisas verdadeiramente substanciais, de valor eterno. Mas Jesus disse: “O meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mt 11:30). E assinalou em outra ocasião: “agora está aqui o que é maior do que Salomão” (Mt 12:42b). Jesus explicou a verdadeira realidade, espiritual e se valeu das coisas relativas desse mundo para isso. Que maestria excelente e incomparável!
Perceba que no tocante às coisas da vida que trazem ansiedade e preocupação (Mt 6:25-34 especialmente OL) e a relação com a vida, mais uma vez citou Salomão. Exatamente para mostrar o contraste do que é verdade relativa e absoluta (eterna). Ele diz quanto à natureza própria de cada ser: “Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à sua vida?” (v.27 NVI, BPT09DC, BLT). Em outras palavras, ele está se referindo ao que Salomão falou, citadas anteriormente.
Ora, o fôlego de vida é algo passageiro, limitado e cada um tem sua quantidade, uns mais, outros menos, por causa da corrupção e em termos de doenças hereditárias ou adquiridas, mas ninguém, nenhum ser humano pode acrescentar nem uma hora que seja; ele vai se esvaindo desde o nascimento até a morte. Jesus segue usando as coisas relativas a essa vida como as aves e os lírios e a estes, compara às vestes de Salomão. Por quê?
Porque essa era a insatisfação daquele rei (alma vivente, vê Mt 6:30 OL) sábio, como já vimos, que por mais glória que tivesse em sua vida terrena, sua vida não passava de um sopro e sua natureza era a mesma dos animais irracionais. A diferença consistia nas almas de cada espécie e Deus ocultou nessa simplicidade algo maior.
Veja, que os animais e as flores se vestem de dentro para fora com a sua própria vida. Assim, quanto mais saudáveis e cheios de vigor, mais bonitas serão as vestes, respectivamente. Deus alimenta as aves e veste as ervas do campo; não temos mais valor e não nos vestirá muito mais? Pergunta retórica do Senhor que recomenda: “Busquem, pois em primeiro lugar o Reino de Deus e todas essas coisas serão acrescentadas a vocês” (v.33).
Ele está dizendo que assim como a célula engloba uma partícula completamente para se alimentar, ele nos vestirá com a vida do Espírito (Rm 8:11), conforme buscarmos reter em nós o conhecimento da justiça que vem pela fé, que são as suas palavras contidas no evangelho (boas novas acerca dele), pois elas são espírito e vida (Jo 6:63b), ou seja, uma reposição contínua de vida sobre vida (o ser espiritual tem em si mesmo a vida, Jo 5:26 e 6:53) e vai se renovando (2Co 4:16) dia a dia, em contraste da vida física natural. E no Dia da redenção nossos corpos não necessitarão mais de comida nem bebida nem de sangue para manutenção dessa vida que está no próprio ser (Deus, o Espírito), nem mesmo de vestes, pois elas serão o resultado d’Ele em nós e ornamentadas com as obras do Espírito realizadas através de nós:
“Ela tem o direito de se vestir do linho mais fino e mais branco.” Esse linho representa as obras justas e boas que praticam os filhos de Deus.”
Apocalipse 19:8 OL
Quão contrário é acerca dos negócios desta vida, segundo o mesmo sábio (Ec 5:15-17). Por isso o fim das coisas é melhor que o início (Ec 7:8).
“Porque da mesma forma como o Pai que vive me enviou e eu vivo por causa do Pai, assim aquele que se alimenta de mim viverá por minha causa”
João 6:57
Logo, de uma forma geral, a vida pelo Espírito é superior, pois a carne não produz nada que se aproveite (Jo 6:63a) e isso inclui o sangue que é a vida da carne terrena afetada pelo pecado. Pelo contrário, como disse o Senhor, essas coisas roubam a vida quanto mais se envolver com elas, mais rápido o fôlego é esvaziado do vaso de barro. Que coisa gloriosa Deus ocultou! Coisas de de uma riqueza inestimável e grandiosas escondidas nas pequenas e simples. E também revela aos pequeninos, pois essa é a sua vontade:
“Naquele tempo, respondendo Jesus, disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim te aprouve. Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.”
Mateus 11:25-27 ARC