777, A REVELAÇÃO DE CRISTO E SUA NOIVA (Parte 6)
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Bem-vindo à sexta parte da nossa jornada em 777, A Revelação de Cristo e Sua Noiva! Neste estudo, mergulharemos nos mistérios do livro de Apocalipse para desvendar a fuga da Mulher, figura da Igreja, e o significado das asas de águia que a transportam. Logo, exploraremos o lugar preparado por Deus, o simbolismo do deserto e o alimento espiritual que sustenta a Noiva de Cristo. Através de conexões entre o Antigo e o Novo Testamento, e com paralelos em Cântico de Salomão, buscaremos compreender o cuidado de Cristo Jesus por aqueles que Ele ama e a revelação do mistério que se cumpre nos últimos tempos. Prepare-se para uma jornada de descobertas e revelações que edificarão sua fé e o aproximarão do coração de Deus!
Continue no estudo bíblico “777, A REVELAÇÃO DE CRISTO E SUA NOIVA (Parte 6)” para aprofundar seu entendimento:
A Fuga Sobrenatural da Mulher e as Asas da Águia
Assim, perceba que a fuga da mulher no v. 6, a palavra é pheugō um verbo primário, fugir (literal ou figurado), portanto, evitar, por analogia desaparecer, escapar, e no v. 14 mostra que foi com as duas asas da grande águia. Agora, a palavra para águia é aetos da mesma origem de aer pela semelhança do seu voo com o vento e se recobrar à memória, o termo asas de águia já foi utilizado no AT: “Vocês viram o que fiz aos egípcios e como levei vocês sobre asas de águia e os trouxe para perto de mim” (Êx 19:4 NAA). Deus não mudou e desta vez não será diferente.
Sombras e Figuras Espirituais: A Conexão entre Aer, Pneuma e Ruah
Lembrando que as coisas naturais são sombras e figuras das espirituais, especialmente para nós os quais os fins dos tempos chegaram (1Co 10:11). A palavra grega aer vem de aēmi, respirar inconscientemente, por analogia soprar; ar (como algo que nos envolve), uma brisa inanimada (como vimos a palavra aulē: aprisco, mansão; da mesma base que aēr) e por isso diferente de pneō: soprar forte, isto é, brisa , golpe de vento, de onde vem pneuma (substantivo), são elementos que expressam as partes imateriais do nosso ser, alma e o espírito e por isso, o termo hebraico ruah que denota, vento, sopro, respiração, espírito e sua correspondente grega é pneuma. Isso nos remete ao que Jesus disse a Nicodemos acerca do espírito em Jo 3:8, sobre a manifestação do espírito aqui no mundo.
O Lugar Preparado por Deus: Topos e o Deserto (Eremos)
Mas a mulher (figura) não fugiu aleatoriamente nem para um lugar qualquer, foi de forma sobrenatural e para um lugar previamente preparado pelo próprio Deus, cuja palavra é topos, um lugar definido (como o lugar dela) e este está descrito em Ap 21:9b-10 “Vem, mostrarei a ti a noiva, a esposa do Cordeiro. E transportou a mim em espírito sobre o grande e elevado monte, e mostrou a mim a cidade santa, Jerusalém, descendo do céu da parte de Deus.” (NTG). Perceba que quem mostrou essa imagem celestial foi um dos anjos que tinham as sete taças das últimas pragas, porque tudo estava sendo contido até cada kairós (tempo).
O Significado do Deserto e o Alimento Espiritual (Trepho)
Então, esse lugar no deserto, cuja palavra é erēmos de origem incerta, solitário (normalmente com chōra implícito), espaço de território com frequência incluindo seus habitantes; chōra vem da base de chasma “bocejar”, um abismo ou vazio (intervalo intransponível). Significa que ninguém pode entrar ali naquele determinado lugar que Deus preparou para ela ser alimentada (trephō), um verbo primário a rigor, enrijecer, isto é, engordar (consequentemente, apreciar [com alimento], mimar, criar), alimentar, nutrir. Isso está em concordância com:
“Pois ninguém a sua própria carne odiou mas alimenta e cuida dela, como também Cristo a igreja. Porque somos membros do corpo dele. Por isso deixará o homem, o pai e a mãe e se unirá à mulher dele, e os dois serão uma só carne. Este é grande MISTÉRIO; eu falo, porém, a respeito de Cristo e a respeito da igreja.” Efésios 5:29-32 NTG
O Cuidado de Cristo pela Noiva e a Revelação do Mistério
Logo, esse é o cuidado do noivo com a sua noiva para que não tenha nenhuma mancha ou ruga ou qualquer coisa assim (v. 27). Por isso, ele está refreando o poder do Maligno para a salvação dos que creem.
O Amor Sublime: Paralelos com Cântico de Salomão e a Jerusalém Celestial
Seguindo os v. 15-16, faço minhas as palavras de Salomão que com a sua linguagem poética ressalta esse sublime amor. Escolhi a versão O Livro pela poesia:
“Quem é esta que sobe do deserto, encostada tão aprazivelmente ao seu amado? Debaixo da macieira, onde a tua mãe te deu à luz, aí eu te acordei. Põe-me como um selo sobre o teu coração, grava-me como marca forte no teu braço. Porque o amor é forte como a morte e o ciúme cruel como o mundo dos mortos. Flameja como labaredas da chama divina. Nem a água toda poderia apagar este amor; tão pouco enchentes de rios o poderiam fazer. Alguém que quisesse comprar este amor com a riqueza toda que possuísse, não conseguiria.” Cântico de Salomão 8:5-7 OL
Essa é a nossa mãe, a Jerusalém celestial: “Mas a Jerusalém do alto é livre, a qual é nossa mãe;” (Gl 4:26 NTG). Então esse mistério que se manteve oculto de gerações, mas que o Espírito dado por Deus nosso Pai, nos revela (1Co 2:10). Ainda em Apocalipse está escrito:
”E o anjo o qual vi em pé sobre o mar e sobre a terra, ergueu a mão direita dele para o céu e jurou por o que vive para os séculos dos séculos, o qual criou o céu e as coisas nele e a terra e as coisas nela e o mar e as coisas nele, porque TEMPO já não existirá, mas nos dias da voz do sétimo anjo, quando for tocar a trombeta, e foi cumprido o MISTÉRIO de Deus, como anunciou aos seus próprios servos os profetas.” 10:5-7 NTG
[CONTINUA: 777, A REVELAÇÃO DE CRISTO E SUA NOIVA (Parte 7)]
