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Bem-vindos a mais um estudo profundo em “Segundo o Espírito da Verdade do Evangelho”! Nesta jornada, a Pastora Sandra Ribeiro e o irmão Vinícius nos conduzem por uma análise essencial do termo “Kerusso” – a proclamação autoritativa do Evangelho – e como essa verdade fundamental tem o poder de transformar radicalmente nossa fé e nosso caminhar com Cristo. Mergulhe conosco nesta revelação, explorando passagens cruciais que iluminam o coração da mensagem cristã.

O Ponto de Partida: A Proclamação do Messias e o Reino Iminente

O estudo inicia com a definição de “Kerusso”, que significa “ser um arauto, oficiar como um arauto, proclamar, sempre com sugestão de formalismo, gravidade, uma autoridade que deve ser escutada e obedecida.” Essa proclamação começou a tomar forma com João Batista, como lemos em Atos 10:36-37:

“Vós conheceis a palavra que se divulgou por toda a Judéia, tendo começado desde a Galileia, depois do batismo que João pregou.”

A o irmão Vinícius explica: “João Batista veio revelar o Messias. A partir da revelação do Messias, essas boas-novas já foram tomando o seu estabelecimento.” Essa revelação apontava para Jesus, Aquele que, conforme Atos 10:42, foi constituído por Deus como juiz:

“E nos mandou pregar [kerusso] ao povo e testificar que ele é quem foi constituído por Deus, juiz de vivos e de mortos.”

Jesus, o Filho do Homem, tem o poder de julgar porque participou da natureza humana e celestial, convergindo todas as coisas n’Ele. Seu ministério começou na Galileia dos gentios, cumprindo as profecias. No entanto, para entrar no Reino de Deus, é necessário nascer do alto, pois “carne e sangue não vão herdar o reino de Deus.”

Autoridade Espiritual: O Perigo da Superficialidade e a Necessidade de Intimidade

Um alerta crucial é dado através de Atos 19:13-16, onde exorcistas ambulantes tentaram usar o nome de Jesus sem um relacionamento genuíno:

“E alguns judeus, exorcistas ambulantes, tentaram invocar o nome do Senhor Jesus sobre possessos de espíritos malignos, dizendo: Esconjuro-vos por Jesus, a quem Paulo prega.”

O resultado foi desastroso, pois o espírito maligno respondeu: “Conheço a Jesus e sei quem é Paulo; mas vós, quem sois?” (Atos 19:15). É enfatizado: “Sem o Espírito Santo, sem Jesus não dá… Não se brinca com o nome do Senhor Jesus Cristo… É necessário crescer espiritualmente o suficiente antes de tentar fazer algo, senão pode ser enganado… É necessário sabedoria. E a sabedoria vem pelo crescimento espiritual.“

O Evangelho da Graça: A Missão Inabalável de Paulo

Em Atos 20:24-25, vemos a determinação de Paulo em cumprir sua missão, que era testemunhar o Evangelho da Graça:

“Porém, em nada considero a minha vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para testemunhar o evangelho da graça de Deus. Agora eu sei que todos vós, em cujo meio passei pregando [kerusso] o reino, não vereis mais o meu rosto.”

E a pastora Sandra Ribeiro explica que este Evangelho da Graça é o mesmo Evangelho do Reino. A entrada no Reino não é por mérito, linhagem ou capacitação humana, mas “é pela graça, e graça somente.” O testamento de Cristo, com Sua herança, só entrou em vigor após Sua morte comprovada, permitindo o derramamento do Espírito. Mesmo em prisão domiciliar em Roma (Atos 28:30-31), Paulo continuou:

“Pregando [kerusso] o reino de Deus e, com toda intrepidez, sem impedimento algum, ensinava as coisas referentes ao Senhor Jesus Cristo.”

Coerência Radical: A Fé que se Manifesta em Obras Genuínas

A carta aos Romanos 2:21 confronta a hipocrisia:

“Tu, pois, que ensinas a outrem, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas [kerusso] que não se deve furtar, furtas?”

A Pastora Sandra destaca: “Não adianta a pessoa conhecer a letra, não adianta a pessoa conhecer a lei de Deus e não cumpri-la no seu coração… Só quem pode cumprir a lei de Deus é o Espírito, porque Jesus que cumpriu, e Ele é capaz de cumprir isso dentro de nós.” Essa transformação é evidente em passagens como Efésios 4:28: “Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado.”

Isso se conecta com João 3:21:

“Quem, porém, pratica a verdade, vem para a luz, para que se veja claramente que as suas obras são realizadas por intermédio de Deus.”As verdadeiras obras são aquelas feitas pelo Espírito Santo, que agradam a Deus.

A Palavra Próxima: Salvação pela Fé, Confissão e Transformação Profunda

Romanos 10:8-9 revela a acessibilidade da salvação:

“Porém, que se diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé que pregamos [kerusso]. Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.”

O irmão e a pastora explicam que “homologeo” (confessar) significa “dizer a mesma coisa que o outro, isto é, concordar com o sentido… consentir com ela, não rejeitar.” É uma aceitação da oferta de salvação, reconhecendo nossa necessidade e a suficiência do Senhor Jesus Cristo. Este é o início de uma vida transformada, o “culto racional” de oferecer nossos corpos como sacrifício vivo (Romanos 12:1-2), que envolve uma “metanoia”, uma mudança radical na maneira de pensar, agora alinhada com a mente do Espírito. “Essa vida que agora vivo aqui no corpo,” dizia Paulo, “vivo-a na fé do Filho de Deus” (Gálatas 2:20).

A Engrenagem da Salvação: Ouvir, Crer, Invocar – A Urgência da Pregação

Finalmente, Romanos 10:14-15 estabelece a cadeia indispensável para a salvação:

“Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue [kerusso]? E como pregarão [kerusso], se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!”

Para que as pessoas invoquem o nome do Senhor Jesus e sejam salvas, é preciso crer. Para crer, ou seja, entender por verificação a veracidade dos fatos anunciados, é preciso ouvir a Palavra de Cristo Jesus. E para ouvir, é preciso que haja quem pregue – arautos enviados com a mensagem do Evangelho.

Conclusão: O Cerne da Mensagem – Jesus Cristo Crucificado

O estudo nos direciona ao cerne da pregação apostólica, que será mais explorado futuramente em 1 Coríntios 1:23: a proclamação de “Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios,” mas para os chamados, o poder e a sabedoria de Deus.

Que esta exploração do “Kerusso” nos inspire a buscar uma fé mais profunda, uma vida mais coerente e um compromisso renovado com a proclamação do Evangelho que verdadeiramente transforma.

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