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Qual é a verdadeira motivação por trás de nossas ações, especialmente no serviço a Deus? Será que, mesmo sem perceber, permitimos que sentimentos como inveja e rivalidade influenciem nosso caminhar? Em um recente estudo bíblico ao vivo, a Pastora Sandra Ribeiro e o irmão Vinícius nos conduziram por uma profunda reflexão sobre as obras da carne, focando em um dos sentimentos mais destrutivos: a inveja, ou Phthonos em grego (G5355, Strong).

Desse modo, este artigo resume as lições cruciais compartilhadas nessa pregação, explorando a batalha espiritual entre a nossa natureza carnal e a nova vida que recebemos no Espírito Santo.

A Raiz da Inveja

O estudo se aprofunda em Gálatas 5:21, que lista a inveja entre as obras da carne e adverte: “aqueles que praticam essas coisas não herdarão o reino de Deus”.

Análise de Gálatas 5:21

A pastora e professora Sandra Ribeiro destaca que a palavra grega para inveja, Phthonos, descreve um sentimento corrosivo, uma deterioração da alma. Ela explica: “É uma raiz de deterioração. Foi pela inveja a motivação no coração dos homens, que entregaram Jesus Cristo para ser crucificado“. Essa mesma natureza, que vive para satisfazer os desejos carnais, está em oposição direta ao Reino de Deus.

O chamado é para a maturidade espiritual. Usando a analogia do Corpo de Cristo, a pregação nos lembra que a Igreja deve crescer em unidade, e não em competição. Um corpo não pode ter membros atrofiados ou em conflito uns com os outros.

O Evangelho Pregado por Motivos Impuros

É possível pregar a verdade do Senhor Jesus Cristo com um coração errado? O Apóstolo Paulo confirma que sim, e o estudo nos leva a essa análise crucial sobre a intenção por trás do serviço.

Filipenses 1:15 e a Rivalidade no Ministério

Com base em Filipenses 1:15, o irmão Vinícius expõe como alguns, na época de Paulo, aproveitavam-se de sua prisão para anunciar a Cristo, não por amor, mas “por inveja e porfia”. O desejo deles era o autoengrandecimento, “conseguir o seu lugar ao sol”.

Logo, isso nos ensina uma lição poderosa: “Deus não é da forma como as pessoas pensam. Deus sonda a mente e o coração. Ele sabe por qual motivo as pessoas estão fazendo o uso da sua palavra“. A recompensa divina não está no ato em si, mas na pureza da motivação que o impulsiona.

Os Frutos Amargos de um Coração Corrompido

A inveja nunca vem sozinha. Ela é o sintoma de uma condição mais profunda da alma, que gera uma série de frutos malignos.

1 Timóteo 6:4 e o Interesse Doentio por Contendas

O estudo conecta a inveja ao orgulho e às falsas doutrinas, citando 1 Timóteo 6:4. Pessoas que se desviam da sã doutrina demonstram um “interesse doentio por controvérsias e contendas acerca de palavras, que resultam em inveja, brigas e difamações”.

Tito 3:3 e a Lembrança de Quem Éramos

Para nos lembrar da transformação que Cristo operou, a pregação nos leva a Tito 3:3, que descreve nossa antiga vida:

“Pois nós também, outrora, éramos néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros”.

Pois essa era nossa condição natural, e somente pela graça de Deus fomos libertos.

O Zeloso Cuidado do Espírito: Um Amor que Luta por Você

Asim, este foi o ponto culminante do estudo: a revelação de que o oposto da inveja carnal não é a indiferença, mas um zelo santo e protetor que vem do próprio Deus.

A Revelação Impactante de Tiago 4:5

Analisando Tiago 4:5, a professora Sandra Ribeiro desvenda um dos mistérios mais belos da nossa relação com Deus:

“Ou supondes que em vão afirma a Escritura: É com ciúme que por nós anseia o Espírito que ele fez habitar em nós?”.

Ela explica que este não é um ciúme pecaminoso, mas um desejo fervoroso e ardente. “O Espírito que Deus pôs em nós está cheio de desejos violentos contra o pecado, para nos limpar, para nos manter limpos. Ele vigia sobre a nossa alma com forte zelo, com forte ardor.” O Espírito Santo luta ativamente contra a nossa carne para que a alma, comprada pelo sangue de Cristo, permaneça pura e dedicada exclusivamente a Ele.

Conclusão: Escolhendo a Vontade de Deus em Vez do Mundo

Então, o estudo encerra com um chamado prático e urgente, fundamentado em 1 João 2:15-17:

“Não amem os costumes do mundo, não amem os valores do mundo. O amor do mundo sufoca o amor do Pai… O mundo e seus desejos vão passar, mas quem faz o que Deus quer, está garantido na eternidade”.

Portanto, a verdadeira vida no Espírito começa quando submetemos nossas motivações ao Senhor Jesus Cristo. Somente aqueles que permitem que a semente de Deus cresça dentro de si são capazes de fazer a Sua vontade e produzir frutos dignos do Reino. Que possamos, a cada dia, examinar nosso coração e escolher viver sob o governo zeloso do Espírito Santo. Amém?