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Você já sentiu uma felicidade que, assim como veio, foi embora? O mundo nos oferece picos de euforia que dependem de acontecimentos, conquistas ou sensações. Mas a Bíblia fala de algo muito mais profundo e duradouro. Ela fala de uma alegria que é um fruto do Espírito Santo.

No nosso último estudo bíblico, conduzido pela Pastora Sandra Ribeiro e o irmão Vinícius, mergulhamos no significado da verdadeira alegria, ou Chará (em grego – G5479, Strong), como descrita em Gálatas 5:22:

“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.”

Essa alegria não é um sentimento passageiro, mas uma satisfação divina e um contentamento que o Senhor Jesus planta em nós, independe das circunstâncias que nos cercam.

A Maior Festa do Céu: A Alegria Pela Salvação

Qual é a maior fonte de alegria para Deus? Jesus nos dá a resposta de forma clara e emocionante. Em Lucas 15:7 e 10, Ele declara:

“Digo-vos que assim haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento. […] Eu vos afimo que, de igual modo, há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.”

A palavra para arrependimento aqui é metanoia, que significa uma mudança completa de mente e direção. A maior alegria, tanto no céu quanto para o Corpo de Cristo na Terra, é ver uma alma ser resgatada da morte eterna para a vida em Jesus. Cada pessoa salva nos aproxima do dia perfeito em que estaremos todos reunidos em glória com o Pai.

Do Medo ao Júbilo: O Encontro Transformador com Cristo Ressurreto

Poucos momentos na história ilustram tão bem a transformação da tristeza em alegria quanto o reencontro dos discípulos com Jesus após a Sua ressurreição. Trancados e com medo, eles viviam a ausência de seu Mestre. De repente, Jesus aparece no meio deles, como narrado em Lucas 24.

A reação inicial foi de pavor, pois pensavam ver um fantasma. Mas Jesus os acalma e lhes dá a prova definitiva de Sua ressurreição física e glorificada:

“Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho.” (Lucas 24:39)

Um Corpo Glorioso: A Promessa da Ressurreição

Para provar Sua materialidade, Jesus comeu peixe e mel na presença deles. Como a pastora Sandra explicou, Ele não comeu por necessidade, pois Seu corpo glorioso – semelhante ao que receberemos – não depende de alimento, bebida ou sangue para se manter. A vida vem do próprio Espírito. Esse momento foi tão impactante que, mesmo repletos de alegria, eles mal podiam acreditar.

O medo deu lugar a uma certeza inabalável. Por isso, o texto conclui: “Então, eles, adorando-o, voltaram para Jerusalém, tomados de grande júbilo.” (Lucas 24:52). A covardia foi substituída por uma alegria que os impulsionou a adorar a Deus publicamente no templo.

A Alegria Que Nasce na Tribulação e Permanece

Como essa alegria divina pode florescer em meio às dificuldades da vida? Jesus usa uma das analogias mais poderosas das Escrituras para explicar esse mistério. Em João 16:21-22, Ele compara a nossa jornada de fé com a de uma mulher em trabalho de parto:

“A mulher, quando está para dar à luz, sente tristeza, porque é chegada a sua hora; mas, depois de ter dado à luz a criança, já não se lembra da aflição, pelo prazer de haver nascido um homem no mundo. Assim também vós agora, na verdade, tendes tristeza; mas outra vez vos verei, e o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria, ninguém vo-la tirará.”

Logo, as tribulações são como as dores do parto: intensas e difíceis, mas temporárias. Elas geram em nós um fruto eterno. A alegria que nasce desse processo é tão profunda e transformadora que apaga a memória da dor. Esta é a alegria que o mundo não pode dar e, mais importante, que ninguém pode roubar de nós, pois está selada pelo Espírito Santo.

A Chave Para a Alegria Completa: Pedir em Nome de Jesus

Finalmente, Jesus nos ensina como acessar e viver nessa alegria plena. Em João 16:24, Ele nos entrega a chave:

“Até agora, nada tendes pedido em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa.”

Então, pedir “em nome de Jesus” não é usar uma fórmula mágica. É alinhar nosso coração e nossas petições à vontade e ao caráter de Cristo, revelados em Sua Palavra. Quando desejamos o que Ele deseja e pedimos segundo o Seu coração, Ele nos atende. E a resposta a essas orações nos enche de uma alegria completa, pois vemos o Reino de Deus se manifestar em nós e através de nós.

A verdadeira alegria, portanto, não é uma busca, mas uma consequência. É o fruto de uma vida rendida ao Espírito Santo, fundamentada na certeza da salvação, fortalecida pela realidade da ressurreição e completada por uma comunhão íntima com o Pai, através do nome de Jesus, o nosso Senhor.