O Segredo da Alegria Que Permanece (Mesmo na Dor) | Fruto do Espírito | Ceia do Senhor Jesus
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Muitas vezes, confundimos a felicidade passageira, que depende de circunstâncias favoráveis, com a verdadeira alegria que a Palavra de Deus nos promete. Mas e se houvesse uma alegria tão profunda que pudesse coexistir com a dor, a tribulação e a incerteza?
Neste estudo bíblico conduzido pela Pastora Sandra Ribeiro e pelo irmão Vinícius, mergulhamos no significado de Chará (alegria, em grego), um dos gomos essenciais do Fruto do Espírito. Descobrimos que essa não é uma emoção superficial, mas uma força divina que nos sustenta e nos fortalece de dentro para fora.
A Diferença Essencial: Alegria vs. Felicidade
O ponto de partida da nossa jornada está em compreender a distinção fundamental que a Palavra nos revela. A felicidade, em sua raiz, está ligada a “boa sorte” ou “bom sucesso”. Ela depende de fatores externos: uma conquista, uma boa notícia, um momento favorável. No entanto, a Bíblia nos apresenta algo superior.
Gálatas 5:22: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,”
A alegria (Chará) mencionada aqui não é uma reação, mas uma essência. Ela brota da nossa nova natureza no Senhor Jesus Cristo e permanece inabalável, pois sua fonte não está nos acontecimentos, mas no próprio Deus. Como o apóstolo Paulo expressa em sua carta aos filipenses, a comunidade de fé era sua fonte de alegria espiritual.
Filipenses 4:1: “Portanto, meus irmãos, a quem amo e de quem tenho saudade, minha alegria e coroa, permaneçam assim firmes no Senhor, ó amados!”
Essa firmeza, essa capacidade de permanecer, está diretamente ligada à alegria que vem do Espírito. Ela não nega a dor, mas nos capacita a atravessá-la com esperança.
Fortalecidos na Tribulação: O Processo Divino que Gera Perseverança
Como essa alegria se manifesta na prática, especialmente quando enfrentamos dificuldades? O sermão utiliza analogias poderosas para ilustrar o processo de fortalecimento que Deus opera em nós.
Assim como a uva precisa ser esmagada para produzir o vinho e o trigo sovado e assado para se tornar pão, somos moldados através das provações. A tribulação não vem de Deus, mas Ele a utiliza para extrair de nós o nosso melhor, para que o óleo do Espírito seja liberado.
Colossenses 1:11: “sendo fortalecidos com toda a força, segundo o poder da sua glória, em toda a perseverança e paciência; com alegria,”
É na nossa fraqueza que a provisão do Espírito se torna evidente. Quando reconhecemos que não temos força própria, abrimos a porta para acessar o poder que Ele já disponibilizou para nós. Não se trata de negar a luta, mas de entender que cada desafio é uma oportunidade para recebermos mais do nosso Pai celestial e crescermos espiritualmente. Esse crescimento exige um exercício constante, uma decisão diária de “colocar a mão na massa” e viver a Palavra.
Nossa Identidade em Cristo Jesus: Mais Valiosos que o Ouro de Ofir
Um dos maiores obstáculos para vivermos essa alegria é uma visão distorcida do nosso próprio valor. Muitas vezes, nos sentimos pequenos ou insignificantes diante dos problemas. Contudo, a Palavra de Deus nos revela uma verdade transformadora: para Deus, somos a Sua maior preciosidade.
1 Tessalonicenses 2:19-20: “‘Pois quem é a nossa esperança, ou alegria, ou coroa em que exultamos, na presença de nosso Senhor Jesus em sua vinda? Não sois vós? Sim, vós sois realmente a nossa glória e a nossa alegria!”
O apóstolo Paulo via a igreja, as almas salvas e em crescimento, como sua recompensa e motivo de exultação. Nosso valor não é medido por ouro, prata ou qualquer bem material – que para Deus, é como o “asfalto da Jerusalém Celestial”. Nosso valor é medido pelo preço que foi pago por nós: o sangue precioso de Jesus.
Ele não se entregou por riquezas, mas por almas. Quando um pecador se arrepende, ele não é mais definido pelo seu passado, mas se torna “justiça de Deus em Cristo Jesus”. Apegar-se à identidade de “pecador” depois de ter sido justificado é invalidar a obra perfeita e consumada da cruz. Somos filhos amados, a coroa de glória do Pai.
Comunhão e Memória: A Celebração da Santa Ceia do Senhor Jesus
Para selar essa verdade em nossos corações, o estudo nos conduziu a um momento sagrado de comunhão: a Santa Ceia. Ao participarmos do pão e do suco da videira, lembramos do sacrifício de Jesus de forma tangível.
- O Pão: Representa Seu corpo, que foi moído por nossas transgressões. Ao comê-lo, declaramos pela fé que “pelas suas pisaduras, fomos sarados”, recebendo a saúde divina em nosso corpo.
- O Cálice: Simboliza Seu sangue, derramado para o perdão dos nossos pecados, que nos lava e nos torna mais alvos que a neve.
Este ato profético não é apenas uma lembrança, mas uma declaração de que pertencemos a Ele, anunciando Sua morte e ressurreição até que Ele venha. E também é um ato de manutenção para cura contínua, sempre que precisarmos, até que recebamos corpos gloriosos do e no Senhor Jesus.
Conclusão: A Oração de Jesus por Nós e a Bênção Final
O encerramento do estudo foi marcado pela leitura da oração sacerdotal de Jesus em João 17, um momento em que ouvimos o próprio Cristo Jesus intercedendo por nós. Ele não pediu para que fôssemos tirados do mundo, mas para que fôssemos guardados do maligno e santificados na verdade da Sua Palavra.
A bênção final, baseada em 2 Tessalonicenses 3:1-5, reforçou o chamado para que a Palavra do Senhor Jesus se espalhe rapidamente e para que nossos corações sejam guiados ao amor de Deus e à paciência de Cristo.
Que possamos viver essa alegria que não se abala, firmados na verdade de quem somos em Cristo e fortalecidos a cada dia pelo Seu Espírito.
