A Chave Para Amar Como Jesus Amou | Entendendo o Amor Ágape de Deus

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Você já se perguntou se o amor que sentimos no dia a dia é o mesmo amor que Deus tem por nós? Ou se realmente expressa o amor que Ele é em nós? Muitas vezes, nosso amor é condicional, baseado em sentimentos que vêm e vão. No entanto, a Bíblia nos apresenta um amor de natureza completamente diferente, um amor que é a própria essência de Deus.
Em um estudo bíblico profundo baseado em Gálatas 5:22, “Mas o fruto do Espírito é amor…”, exploramos a chave para entender e viver esse amor divino. A resposta está em uma única palavra grega: Ágape (G26, Strong).
Ágape vs. Phileo: Mais do que um Sentimento, uma Essência
O Novo Testamento utiliza diferentes palavras para “amor”, e compreender a diferença entre elas é fundamental. O estudo destacou duas principais:
O Amor Phileo: A Afeição Humana
- Este é o amor baseado na afeição, na amizade e nos sentimentos (que são pautados nos sentidos). É o carinho que sentimos por amigos e familiares. Como explicado na pregação, o Phileo está mais ligado ao “coração” humano, a algo “mais sensitivo”. Ele é natural, humano, e é instável e egoísta, pois depende das nossas emoções e circunstâncias.
O Amor Ágape: O Amor Divino
- O Ágape, por outro lado, é o amor que vem de Deus e que é Ele próprio, que é o Espírito. Não é apenas um sentimento, mas é o novo ser daquele que nasceu do Senhor Jesus, é uma decisão, um princípio e uma ação que nasce da nova vontade que é formada à medida que o Espírito se desenvolve em cada um de nós. A pastora Sandra Ribeiro o descreveu como “uma raiz profunda”, algo que “envolve a consciência e a vontade”. É um amor que não se baseia no que o outro merece, mas na própria natureza de quem ama, que é agora um espírito com o Senhor Jesus, ou seja, um com Deus. Isso é Deus e Nós!
O Alerta de Jesus: Quando a Aparência Ocupa o Lugar da Essência
Jesus nos alertou que a ausência do amor Ágape seria um sinal dos tempos. Em Mateus 24:12, Ele diz:
“E, por se multiplicar a iniquidade, o amor (ágape) se esfriará de quase todos.”
Este esfriamento acontece quando a prática religiosa se torna apenas externa, sem a transformação interna que só o Espírito de Deus pode realizar. Foi exatamente o que Jesus criticou nos fariseus:
“Mas ai de vós, fariseus, porque dais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as hortaliças e desprezais a justiça e o amor (ágape) de Deus. Devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas.” – Lucas 11:42
Eles cumpriam rituais, mas seus corações estavam distantes da essência de Deus. Suas ações eram como o amor Phileo – uma demonstração externa de amizade e camaradagem – mas lhes faltava a raiz do Ágape, que produz verdadeira justiça e transformação de caráter.
É Impossível Produzir Ágape: Ele Precisa Ser Recebido
Uma das verdades mais libertadoras do estudo é que o ser humano natural não consegue produzir o amor Ágape. Não é algo que alcançamos com esforço próprio. Jesus deixou isso claro ao dizer:
“Sei, entretanto, que não tendes em vós o amor de Deus.” (João 5:42).
Então, como o recebemos? Através da nova vida em Cristo Jesus. O amor Ágape é um fruto do Espírito Santo que habita em nós, que recebemos Jesus como Senhor das nossas almas.
O diálogo entre Jesus e Pedro é a ilustração perfeita disso. Após a ressurreição, Jesus pergunta três vezes:
- “Simão, filho de João, tu me amas (agapaō) mais do que estes?” (João 21:15)
Jesus usa o verbo para o amor divino, Ágape. Pedro, em sua limitação humana, responde:
- “Sim, Senhor, tu sabes que te amo (phileō).”
Pedro só conseguia oferecer o amor humano, a afeição (Phileo). Ele precisava entender o amor do Espírito Santo, que agora estava unido à sua alma (João 20:22) para ser capacitado a amar com o amor Ágape, um amor essencialmente verdadeiro, sacrificial e incondicional.
Permanecer no Amor: Obediência como Prova de Conexão
Viver nesse amor não é um evento único, mas um processo contínuo de “permanecer” n’Ele. E como fazemos isso? Jesus nos dá a resposta:
“Como o Pai me amou (agapaō), também eu vos amei (agapaō); permanecei no meu amor (ágape). Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor.” – João 15:9-10
A obediência aos ensinamentos do Senhor Jeus Cristo é uma forma de ganhar Seu amor, pois nos mantemos conectados à fonte desse amor, cuja é o próprio Amor. É como um galho que precisa permanecer na videira para receber a seiva e dar fruto.
E a expressão máxima desse amor é o sacrifício:
“Ninguém tem maior amor (ágape) do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos.” – João 15:13
Jesus não apenas ensinou sobre esse amor; Ele o expressou em sua máxima ao se sacrificar e entregar Sua vida (psique, alma) por nós, quando ainda éramos falhos e limitados em nosso amor por Ele.
Conclusão: Um Amor que Lança Fora o Medo e a Vingança
O amor Ágape muda tudo. Ele transforma nossa motivação – não agimos mais por medo da punição, mas por uma nova natureza que deseja agradar ao Papai (Aba, em aramaico) celestial. Ele transforma nossas reações – não revidamos o mal com o mal, pois entendemos que a justiça pertence a Deus.
Como o apóstolo Paulo nos ensina em Romanos 12:19:
“Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor.”
Deixar de revidar não é fraqueza; é a maior demonstração de que estamos operando a partir do amor Ágape. É a prova de que somos verdadeiramente Seus discípulos, pois é nesse amor que o mundo nos reconhecerá.