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Você já sentiu que algo por dentro corrói sua paz, sua alegria e até mesmo sua saúde? Muitas vezes, lutamos contra gigantes internos que parecem nos enfraquecer dia após dia. Neste estudo bíblico profundo, ministrado pela Pastora Sandra Ribeiro e o irmão Vinícius, mergulhamos nas Escrituras para desmascarar uma das obras da carne mais destrutivas — a inveja — e redescobrir o poder de cura e libertação contido na Santa Ceia do Senhor Jesus Cristo.

Assim, baseado em Gálatas 5, Provérbios 14, Hebreus 5 e 1 Coríntios 11, este ensino é um convite para sairmos da imaturidade espiritual e vivermos na plenitude da graça que nos foi oferecida.

A Inveja: O Câncer da Alma que Apodrece os Ossos

O apóstolo Paulo é claro ao listar as obras da carne, e entre elas, ele destaca a inveja.

“invejas, bebedices, orgias e coisas semelhantes a estas. Advirto-vos, como já vos preveni, que os que praticam tais coisas não herdarão o Reino de Deus.” (Gálatas 5:21)

Mas o que é, na sua essência, a inveja? A palavra grega original, Phthonos (G5355, Strong), significa corromper e destruir. Ela não é um simples desejo pelo que o outro tem; é um sentimento que consome e degenera a alma. A sabedoria de Provérbios nos dá a imagem perfeita para esse mal:

“O coração em paz dá vida ao corpo, mas a inveja apodrece os ossos.” (Provérbios 14:30)

Como um câncer, a inveja corrompe a estrutura que nos mantém de pé. É uma doença psicossomática: nasce na alma inquieta e sem paz, mas manifesta seus sintomas no corpo físico, gerando amargura, contenda e até doenças. A inveja foi o que motivou os líderes religiosos a entregarem Jesus à morte (Mateus 27:18). Ela é a raiz de uma competição que leva à morte, a manifestação da carne que milita contra o Espírito.

O Antídoto para a Carnalidade: Saindo do Leite Espiritual

Se a inveja e outras obras da carne são tão destrutivas, por que ainda lutamos tanto com elas? A resposta, segundo as Escrituras, está ligada à nossa maturidade espiritual. O autor de Hebreus faz uma advertência séria àqueles que, pelo tempo, já deveriam ser mestres, mas continuam como crianças.

“Mas o alimento sólido é para os adultos, os quais, pelo exercício constante, se tornaram aptos para discernir tanto o bem quanto o mal.” (Hebreus 5:14)

Muitos cristãos se contentam com o “leite” — os ensinos básicos e elementares —, mas Deus nos chama para o “alimento sólido”. A maturidade não vem apenas com o tempo de igreja, mas com o “exercício constante” da Palavra. É preciso praticar o ensino da justiça, exercitar nossas faculdades espirituais para, então, discernir (entender) o que agrada a Deus.

Isso exige uma metanoia, uma mudança radical de mente. Precisamos abandonar a mentalidade carnal, que gera inveja e contenda, e abraçar a mente de Cristo, alimentando a nova natureza que nasceu do alto.

A Santa Ceia: O Remédio Divino que NUNCA te Contaram

É aqui que chegamos ao ponto mais libertador deste estudo: a Santa Ceia. Por muito tempo, um entendimento incorreto de 1 Coríntios 11 gerou medo e condenação, afastando os filhos de Deus da maior fonte de cura e comunhão.

“Pois quem come e bebe sem discernir o corpo do Senhor, come e bebe para sua própria condenação.” (1 Coríntios 11:29)

Muitos interpretam “cear indignamente” como cear após ter cometido algum pecado. Mas, se fosse assim, quem poderia participar? A pastora Sandra Ribeiro esclarece: cear indignamente não é sobre ter pecado, mas sobre não discernir o valor e o poder do corpo de Cristo. É olhar para a sua falha e considerá-la maior que o sacrifício perfeito do Cordeiro de Deus. É desonrar a obra da cruz, diminuindo seu poder de purificação.

O Poder Curador do Corpo e do Sangue

Quando participamos da Ceia com o entendimento correto, recebemos um duplo benefício divino:

1. 🍞 O Corpo (Pão): Representa a saúde para o nosso corpo físico. Jesus levou sobre si nossas dores e enfermidades. Ao comermos o pão, declaramos pela fé: “pelas suas pisaduras fomos sarados” (Isaías 53:5). Recebemos a saúde que Ele comprou para nós.
2. 🍷 O Sangue (Cálice): Representa a purificação de nossa alma e consciência. O sangue de Cristo estabeleceu uma Nova Aliança e nos purifica de todo pecado (1 João 1:7). Ele nos torna justos diante de Deus, silenciando toda acusação e removendo a condenação.

A Ceia não é para lembrar de nossos pecados, mas para anunciar a morte do Senhor Jesus Cristo e a vitória que Ele nos deu sobre o pecado e a morte. É um memorial d’Ele, não de nossas falhas. O CORDEIRO DE DEUS é MAIOR do que todo e qualquer pecado.

Conclusão: Viva na Plenitude da Graça de Cristo

O chamado de Deus para nós é claro: abandonar a mentalidade que nos adoece e nos aprisiona. Devemos parar de dar mais valor ao nosso pecado do que ao sangue de Jesus. A inveja apodrece os ossos, mas o Corpo de Cristo nos traz cura. A culpa nos condena, mas o Sangue de Cristo Jesus nos justifica.

Que possamos crescer na graça e no pleno conhecimento de Cristo Jesus, avançando do leite para o alimento sólido, e participar da mesa do Senhor Jesus não com medo, mas com a ousadia de filhos amados, recebendo vida, saúde e a certeza de que no Senhor Jesus Cristo, somos mais do que vencedores. Amém?