A vida segundo o Espírito

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“Nós sabemos que a lei é espiritual, mas eu sou humano e fraco; sou um escravo do pecado.”
Romanos 7:14 BLT
“Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado.”
ARC
O termo carne corresponde tanto a matéria do corpo quanto à natureza humana, ela é a parte afetada pelo pecado e se tornou corrupta, serva do pecado (Rm 7:14). Tomemos por exemplo, Caim, cujo próprio nome (Qayin: o mesmo que qayn de qūn: canto ou lamento (num funeral), lamentação, prantear; num sentido original de estabilidade; uma lança (como ferindo com firmeza); lança. Qayin, o nome do primeiro filho, um jogo de palavras em cima da afinidade com qānāh: erigir, obter, obter especialmente pela compra (vender), por implicação possuir, adquirir, comprar, ter sido servo, ser comprado), e também segundo o dicionário etimológico de nomes bíblicos Caim: aquisição, possessão, algo adquirido ou alcançado ou seja, traz em sua raiz essa verdade e que João atesta em 1Jo 3:12 que corresponde ao que o Senhor Jesus falou em Jo 8:44.
Então em Romanos 8 descreve a vida pelo Espírito. O pecado está na carne (v.3) e como o corpo humano é feito de carne, logo todos os seres humanos carecem da glória de Deus que é o Espírito. Então, se foi por meio do Espírito que vivemos, pois antes estávamos mortos em pecados (Ef 2:1-5). Logo, por ele devemos andar (Gl 5:25), porque se assim fizermos, não satisfaremos os desejos da carne que é inimizade contra Deus (Rm 8:7) que é vida e luz (Jo 1:4), pois essas obras são das trevas (Rm 13:12; Ef 5:11) e resulta em morte (Rm 6:21).
Esse tipo de mentalidade ou forma de pensar, conduz à esses tipos de atos que são cada vez piores. Por isso, as almas que estão presas à carne não conseguem agradar a Deus, porque se apegam ao pó, a matéria corrompida (v.7-8). Mas nós que nascemos do Espírito (do alto), não estamos (pessoa=alma) na carne (v.9), porque temos uma esperança firme (Hb 6:19) que na redenção esse processo de santificação ou separação dessas coisas (luz e trevas) estará concluído e a nossa alma será completamente envolvida pelo Espírito (2Co 5:4; Hb 7:7 ARC, NVI, NVT). Assim, o corpo que teremos será um corpo glorioso como o de Jesus glorificado. Mas até lá, estamos nesse processo, o qual a nossa alma está sendo regenerada juntamente com o corpo em santificação gradativa (v.18-23) como habitação temporária do Espírito Santo em nós como garantia do que está por vir (2Co 1:22; 5:5).
Agora que nascemos de Cristo (a semente incorruptível) nosso DNA (espiritual) é d’Ele, pois viemos d’Ele (1Jo 4:6). Então, por um lado (da natureza humana), o corpo morrerá um dia, ou seja, tem prazo porque este corpo não é eterno, por causa do pecado (exceto se Jesus vier para nos reunir com ele no arrebatamento, antes. Pois assim, seremos como Enoque que não provou a morte como os demais; ele é uma figura disso). Isso acontece por causa do pecado cujo salário é a morte (Rm 6:23).
Por outro lado, o novo nascido, o espírito é vida por causa da justiça (v.10). A justiça da Cruz, a troca divina onde Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornasse justiça de Deus (2Co 5:21). Em outras palavras, ele foi entregue à morte por nossos pecados e ressuscitado para nossa justificação (Rm 4:25). Porque a palavra de Deus é a Lei d’Ele e como ele opera e ela diz: “a alma que pecar, essa morrerá” (Ez 18:4).
Isso mostra que estamos falando de almas que vivem em corpos ou almas viventes ou ainda seres humanos. Todavia, como Jesus não tinha pecado (1Jo 3:5; Hb 4:15), não conheceu (2Co 5:21) nem cometeu pecado (1Pe 2:22), sua alma não poderia ter morrido (At 2:23-24); e, por esse motivo que ele foi ressuscitado para que nós recebêssemos essa justificação. Essa é a justiça! Agora, o Espírito do que ressuscitou Jesus dentre os mortos, ou seja, ressuscitou a sua alma e ao retornar ao seu corpo fraco, humano que estava morto, foi revestido da vida plena, própria de si mesmo, o Espírito vivificante; se este Espírito habita em nós (alma e corpo, o que o torna templo do Espírito Santo), ele vivificará também os nossos corpos mortais (v.11 e Fp 3:21).
Então, ele diz que não devemos nada à carne (onde habita o pecado) para vivermos como seus escravos, dominados por ela (v.12). Porque se assim procedermos, estaremos destinados à reinar em vida? Claro que não! Morreremos por causa dos atos praticados por meio do corpo, como propagação de injustiça estaremos consumindo o fôlego de vida, pois são atos estabelecidos exatamente com esse propósito (Jo 10:10 e 1Jo 3:8), pois nos afasta de Deus que é o Espírito que nos garante a vida da qual é a fonte.
Lembra das palavras de Jesus em João 6:63? Exatamente por isso, os filhos de Deus são guiados pelo seu Espírito para que essa vida seja acrescentada mais e mais (v.12-14). Isso é crescimento espiritual e se traduz em vida de todas as formas. Veja, como Deus estabeleceu desde o Gênesis quando deu ordem à terra que produzisse as vidas vegetais. Assim como a terra germina a semente e faz crescer a planta, assim também, Deus dá o crescimento espiritual, dada às devidas proporções. Isso está descrito em Isaías 61:11, Marcos 4:26-29 e mais aplicadamente ao espírito em Marcos 4:30-32 e 1Co 3:6-9.
E, finalmente, não recebemos espírito de escravidão novamente para temor como ocorreu com Adão e Eva ao comer o fruto do conhecimento das duas naturezas. Veja com atenção Gênesis 3:7-10. Não foi do mesmo que recebemos, mas o Espírito de filiação por meio de Jesus Cristo (Ef 1:5) e por ele clamamos Aba, Pai! (v.5 e Gl 4:6).