O Rei da glória e sua dinastia real

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“Seu divino poder nos deu todas as coisas de que necessitamos para a vida e para a piedade, por meio do pleno conhecimento daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude. Por intermédio destas ele nos deu as suas grandiosas e preciosas promessas, para que por elas vocês se tornassem participantes da natureza divina e fugissem da corrupção que há no mundo, causada pela cobiça.”
2 Pedro 1:3-4
Veja, o que está sendo dito aqui é que o poder procede do próprio Deus, e sabemos que vem do Espírito e Deus é Espírito; Ele nos deu (passado), o que quer dizer ao receber Jesus como Senhor, recebemos o poder para tudo que necessitamos para viver essa vida que não terá mais fim, e a piedade que é a palavra grega eusebeia, utilizada no NT somente dirigida a Deus, e indicando o sentimento espontâneo do coração, diferente de eulabeia que tem o mesmo significado de piedade, reverência, mas a motivação é o temor ou cautela em relação a Deus, o que significa que existe uma diferença quanto à motivação da piedade. Enquanto a primeira é por amor; como resultado da obra de Jesus Cristo em nós descrito em Rm 5:5 e Tt 3:6. A outra é carnal ou humana. Porque na carne não habita bem algum (Rm 7:18), além de ter se tornado temerosa e escrava desde a queda de Adão e Eva (Gn 3:8,10; Rm 7:14; 8:15a), ou seja, no ser humano, na parte natural que é serva a condição transitória e terrena.
Perceba que tem um meio de adquirir esse poder ou tomar posse, manifestar em nós, através do pleno (total) conhecimento ou tanto quanto seja possível, daquele que é responsável por isso; quem é? Nosso eu? Será que esse conhecimento vem em saber mais sobre nós enquanto almas viventes ou seres humanos? Será que esse poder vem de nós? Se lermos com atenção as passagens supracitadas relacionadas a Romanos em nossas bíblias, teremos um claro “Não!” Está escrito que Ele nos chamou para a Sua própria e não nossa, glória; e aretē, palavra grega para hombridade (valor), ou seja, excelência, louvor, boa qualidade (referindo-se ao poder de Deus, vê Fp 4:8 OL), coisa que o ser humano não tem em si mesmo por melhor que faça. E também está escrito: “E este precioso tesouro está contido como que num recipiente de barro, ou seja, os nossos corpos fracos. E assim toda a gente pode ver que esse maravilhoso poder é mesmo de Deus, não vem de nós.” 2Co 4:7 OL (dynamis, poder).
Foi dessa maneira, ou seja, através da nova natureza selada com o Espírito Santo da promessa que Ele nos deu tais promessas, e o fato do Espírito dar testemunho (1Jo 2:21; 5:6,10-13), sabemos que é verdade, e essa certeza que é a fé vem pelo ouvir (Rm 10:17), dar crédito à palavra que é a verdade (Jo 17:17), o evangelho da salvação (1Co 15:2).
Pois como nos manteremos firmes apenas em promessas se não tivermos a certeza da garantia? Sabemos que vivemos por fé e não pelo que vemos (2Co 5:7) e aquele que prometeu é fiel (Hb 10:23). Assim, cremos e partilhamos, tomamos posse dessas coisas que o próprio Deus nos deixou de boa vontade para obtermos, através de Cristo Jesus que nos fez nascer de sua natureza espiritual. Porque de forma natural já havíamos nascido neste mundo. Isso se dá pelo Seu divino poder: dynamis, força, poder miraculoso, capacidade, abundância, ato poderoso, (operador de) milagre, obra de poder intrínseco no sentido físico e moral, ou seja, para corpo e alma (1Co 6:14; 2Co 13:4; Ef 1:19; 3:7,20; 2Tm 1:8; 1Pe 1:5 OL sobre a salvação para nós, Ele nos guarda, antes do fim dos tempos; 1Co 2:5; 2Co 6:7; 2Pe 1:16; Rm 15:13,19; 2Tm 3:5 versões). Essa palavra vem de dynamai: ser capaz ou possível, ter poderes para executar algo (2Tm 3:15).
A palavra grega para natureza aqui é physis, uma palavra derivada de phyo, um verbo primário, com significado de inchar ou soprar, usada no sentido implícito germinar ou crescer (brotar, produzir). Então, levando em consideração tanto o significado de physis que é crescimento por germinação ou expansão, ou ainda produção natural (descendência linear), um gênero, um tipo. Quanto a raiz, temos o que Jesus disse para Nicodemos acerca do espírito, comparando-o ao vento que sabe-se que existe, mas não se vê. Assim, são os nascidos do Espírito, nascidos d’Ele (a semente incorruptível de 1Pe 1:23), quando ele soprou do seu espírito em cada novo nascido, houve a germinação dessa semente divina e Deus está efetuando o crescimento (1Co 3:7; Cl 2:19), através da sua palavra, conforme cada um se alimenta dela (Mt 4:4; 1Co 3:2; Hb 5:13,14; 1Pe 2:2). É dessa forma que fugiremos dos valores e padrões fomentados no mundo (Gl 5:16,24-25; 1Jo 2:15-17).
“Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz“
1 Pedro 2:9
Mais uma vez, está se falando da natureza humana que está nas trevas por causa do espírito das trevas e da nova natureza espiritual que é luz, pois veio de Deus (1Co 2:12; 1Jo 4:6). É assim que se derrama luz nas trevas (Sl 18:28 ARA). Aleluia!