Estamos numa corrida ou uma vida baseada na palavra de Deus que também é o bom combate da fé (2Tm 4:7); a luta entre as duas naturezas (Gl 5:17). Por isso, em cada uma delas, há tipos de armas e as formas certas de combate. Por exemplo quando se é arregimentado como soldado numa guerra de ordem física, se faz necessário está munido das armas adequadas para aquele tipo de situação, assim também, quanto às coisas espirituais, como diz as escrituras: Delas também falamos, não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com palavras ensinadas pelo Espírito, interpretando verdades espirituais para os que são espirituais” ou comparando realidades espirituais com realidades espirituais (1Co 2:13).

Aliás, o espiritual é a fonte de todas as coisas visíveis, se aprendermos a lutar com as armas que Deus nos deixou disponíveis, não teremos que ir à guerra humana para matar seres humanos, pois isso faz parte das obras do maligno, o ladrão que veio roubar, matar e destruir (Jo 10:10). É sobre isso que o apóstolo Paulo escreveu:

“Vocês não sabem que dentre todos os que correm no estádio, apenas um ganha o prêmio? Corram de tal modo que alcancem o prêmio. Todos os que competem nos jogos se submetem a um treinamento rigoroso, para obter uma coroa que logo perece; mas nós o fazemos para ganhar uma coroa que dura para sempre. Sendo assim, não corro como quem corre sem alvo, e não luto como quem esmurra o ar.” (1Co 9:24-26)

Mas a respeito das demais batalhas, a milícia entre as duas naturezas estão ocorrendo o tempo todo, dentro e fora de nós, pois a carne faz oposição ao espírito e o espírito, à carne. Sabemos que o mundo jaz no maligno (1Jo 5:19). Então, o que precisamos é prosseguir correndo a corrida que nos foi designada por Deus, olhando firmemente para Jesus que é a fonte da fé e que a concluiu perfeitamente, nos deixando um legado seguro, firme (Hb 12:1-2).

Ele nos mostrou como não estagnar, olhando para a velha vida em Adão (natureza humana), e avançando para o alvo, para ganhar o prêmio Nobel? Não. O prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus (Fp 3:13-14). Porque se a pessoa ficar prostrada olhando para essas coisas antiquadas, ficará para trás e outro que antes estava no último lugar, chegará ao primeiro lugar, porque avançou na confiança em Cristo Jesus. Como está escrito que alguns últimos serão primeiros, enquanto primeiros serão últimos (Mt 20:16).

E, em outra ocasião o Senhor disse para um homem que falou que iria segui-lo, mas primeiro, gostaria de voltar e se despedir da família: “Ninguém que põe a mão no arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus.” (Lc 9:62) Ora, a justificativa do homem era plausível, porém, não estava imbuído da natureza da fé que é a natureza espiritual (claro que Jesus ainda não tinha morrido e ressuscitado para dar essa nova vida aos seres humanos, mas essas coisas estão descritas para nossa instrução quanto à incapacidade do homem de pensar mais elevado por si mesmo). Porque o seu coração não cogita das coisas de Deus, mas dos homens (Mt 16:23). Perceba que Jesus não estava chamando discípulos para irem de pronto para o Céu, afinal, o que é ser discípulo? É ser aluno, aprendiz. Então, Jesus iria instruir no Caminho, na Verdade e na Vida e quando estivesse pronto, saberia quem realmente estava ali, estaria apto a receber o que os demais discípulos e apóstolos d’Ele receberam no Dia de Pentecostes quando o Espírito Santo veio sobre os homens que creram e viriam a crer no Filho de Deus, tornando-os filhos do Altíssimo, testemunhas da verdade.

E quanto a nós, estamos parados diante das muitas fraquezas da natureza humana ou absorvendo de Cristo seu conhecimento e sua graça através da verdade do seu evangelho?

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