“Jesus é o Salvador”: Então DEIXE JESUS SER SEU SENHOR! | Gálatas 5 | Imersos no Espírito

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Em nossa jornada de fé, uma tensão fundamental muitas vezes nos assombra: vivemos debaixo da lei, com suas regras e acusações, ou na liberdade da graça, guiados pelo Espírito Santo? Em um estudo bíblico profundo sobre Gálatas 5, a Pastora Sandra Ribeiro e o irmão Vinícius desvendaram essa questão, mostrando que muitos cristãos, embora confessem Jesus como Senhor, e assim sejam salvos, apenas reconhecem Jesus como Salvador, ainda não O experimentaram plenamente, ainda não o reconheceram em seu viver completo que verdadeiramente Jesus é o Senhor de suas vidas.
Este artigo resume as chaves reveladas nessa pregação para que você possa, de uma vez por todas, abandonar a mentalidade de escravidão e viver a realidade da sua nova identidade em Cristo.
Guiados pelo Espírito: O Fim do Domínio da Lei
O ponto de partida da nossa reflexão está em Gálatas 5:18 (NVI):
“Mas, se vocês são guiados pelo Espírito, não estão debaixo da lei.”
Muitas vezes, não compreendemos a profundidade dessa afirmação. A lei, como a Palavra nos ensina, foi dada para apontar a transgressão. Ela é um espelho que revela nossa falha. Contudo, quando somos guiados pelo Espírito de Cristo, nosso foco muda. Conforme explicou a Pastora Sandra:
“Se a gente segue com o próprio Espírito Santo, com o próprio Deus, seguimos a sua vontade, que é boa, perfeita e agradável, a gente não vai precisar de algo para nos pontuar transgressões, porque a gente vai estar fazendo a vontade d’Ele.”
Isso ecoa o que o apóstolo Paulo afirma em Romanos 6:14:
“Pois o pecado não os dominará, porque vocês não estão debaixo da lei, mas debaixo da graça.”
Viver guiado pelo Espírito é viver consciente da justiça de Deus em nós, e não mais consciente dos nossos pecados.
Sua Dívida foi Paga: A Crise de Identidade do Cristão
Uma das maiores contradições na vida de muitos filhos de Deus é a insistência em se identificar como “pecadores”. A Palavra declara que o “escrito de dívida” que era contra nós foi cravado na cruz (Colossenses 2:14). Se a dívida foi totalmente paga pelo sacrifício de Jesus, por que insistimos em agir como devedores?
A analogia usada no estudo é poderosa:
“Se você vai a um restaurante e você paga o que você consumiu, você não pode mais ser cobrado… Ora, será que a nota que Deus tem, esse inscrito de dívidas, não é válido? Quem fez isso foi o próprio Deus encarnado. Será que não tem valor?”
Quando um cristão, purificado pelo sangue de Cristo, continua a se ver primariamente como pecador, ele, sem perceber, anula a graça de Deus e age como se a obra de Jesus fosse inútil ou insuficiente, como Paulo adverte em Gálatas 2:21.
Mas a Liberdade da Graça é uma Desculpa para o Pecado?
Essa é a objeção mais comum: “Ah, então se sou justo e livre da lei, posso pecar à vontade?”. A resposta é um retumbante não! A pastora classifica essa ideia como uma “tolice gigantesca”. Seria o mesmo que ser resgatado de um poço de lama apenas para, voluntariamente, pular de volta para se sujar um pouco mais. O Pai pagou o preço mais alto para nos tirar do domínio das trevas; por que desejaríamos voltar para lá? A verdadeira liberdade em Cristo não nos leva a pecar, mas nos capacita a não pecar.
Salvador e/ou Senhor? A Revelação da Parábola do Filho Pródigo
Muitos de nós após nascer do alto, declarando que “Jesus é o Senhor”, não crescemos nesse entendimento, mas nos apegamos unicamente ao fato de Jesus ser o “Salvador”, mas relutamos em nos submeter ao Seu “Senhorio”. Queremos as bênçãos, mas não o Abençoador. A análise da parábola do Filho Pródigo revelou algo chocante:
- O filho que partiu: Queria a herança (as bênçãos), mas não a presença do pai.
- O filho que ficou: Também não desfrutava da presença do pai. Ele se via como um servo, e não um filho, reclamando que nunca pôde fazer uma festa com seus amigos, sem incluir o pai.
Ambos os filhos representam desequilíbrios perigosos: um rejeita o senhorio, enquanto o outro, mesmo estando perto, reconhecendo o senhorio, não compreende o amor e a identidade de filho. Nossas almas precisam se humilhar sob a poderosa mão de Jesus, nosso Senhor, do nosso Senhor Jesus Cristo, para que possamos verdadeiramente receber o amor do Pai e reconhecer que Ele também é o Senhor, também é o nosso irmão e também é o nosso Salvador.
O Caminho da Vitória: Deixando o Espírito Conduzir
Se nossa natureza humana é fraca e inclinada ao erro, como podemos viver essa nova vida? A resposta está na condição apresentada nas Escrituras: “Se se deixarem orientar pelo Espírito…”. A orientação do Espírito não é forçada; é um convite. Nós precisamos permitir que Ele nos guie.
O Segredo do “Dunamis” e a Condução “Agô”
No estudo, dois termos gregos foram destacados para aprofundar nosso entendimento:
- Dunamis: Significa poder, força, capacidade, energia. É a palavra da qual deriva “dinamite”. Quando nos sentimos fracos, é o dunamis do Espírito Santo que opera em nós, nos dando a força que não temos para viver para Deus. Assim, “o fraco diz: sou forte!”.
- Agô: A palavra usada para “guiados”. Seu significado é extraído da vida de um pastor que conduz suas ovelhas. Não é arrastar à força, mas guiar com cuidado, propósito e relacionamento. É o mesmo termo usado para descrever Jesus sendo conduzido pelo Espírito ao deserto (Lucas 4:1).
Ser guiado pelo Espírito, portanto, é ser conduzido como uma ovelha pelo seu Pastor, recebendo d’Ele a força (dunamis) para seguir o caminho.
Conclusão: Vivendo a Realidade da Nova Vida em Cristo
A mensagem central é um chamado à maturidade. É tempo de parar de nos vermos como pecadores miseráveis e abraçarmos nossa identidade de justos em Cristo. É tempo de submetermos cada área da nossa vida ao Senhorio de Jesus, e não apenas buscá-Lo como um Salvador para momentos de crise.
Ao nos deixarmos guiar pelo Espírito, descobrimos que a vida cristã não é sobre nosso esforço para cumprir a lei, mas sobre nossa rendição ao poder que já habita em nós, isto é, o Senhor Jesus Cristo em nós que é a nossa esperança.
Amém 🙏🏻 Glória a Deus nosso Pai que nos amou tanto assim. Que possamos compreender que a subserviência da nossa essência humana (a alma) é para o nosso próprio bem para podermos desfrutar da condição de ser filhos de Deus e não mais das trevas que são os escravos da carne. É para nos dar autonomia sobre nossas próprias faculdades interiores que foram subjugadas ao pecado por meio de uma mentalidade corrompida desde a concepção devido à queda de Adão.