Melquisedeque e Dízimos
Este estudo bíblico analisa a profunda conexão entre o dízimo que Abraão entregou a Melquisedeque, o sacerdócio levítico que viria depois, e como ambos apontavam para a obra perfeita e definitiva de Jesus Cristo. Prepare-se para ver como a vinda do nosso Sumo Sacerdote eterno não apenas cumpriu, mas transformou o mandamento, estabelecendo uma nova aliança baseada na fé e na graça. Revogando os dízimos pelo perfeito cumprimento a partir do momento que Ele deu e recebeu. Quer entender como isso é possível? Verifique conosco à luz das Escrituras, segundo o Espírito Santo, que é eficaz em Si mesma (a si mesmo se explica e satisfaz) e nos dá entendimento do Santo.

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O Significado do Dízimo de Abraão a Melquisedeque
Sobre os dízimos em Abraão que o deu por Levi que é a tribo responsável pelos dízimos dos seus irmãos. Logo, como não havia essa tribo ainda, não tinha a obrigatoriedade nem também aqueles que os recebem, então, não havia essa prática constante. O que foi feito de forma única para legitimar o que haveria de vir como está escrito em Hebreus 7, objeto do nosso estudo.
Quem é Melquisedeque? Um Sacerdote Eterno
O escritor começa falando de um sumo sacerdote que é espiritual e não tem início de dias nem fim, nem pai e mãe nem linhagem humana. Cujo nome é rei de justiça e também rei de Salem que significa rei de paz, e isso é uma figura de quem é Jesus Cristo, o Filho de Deus.
“Melquisedeque aparece na história sem pai nem mãe, e não existem anotações sobre nenhum dos seus antepassados. Não há menção da origem nem do fim dos seus dias, sendo semelhante ao Filho de Deus; ele permanece sacerdote para sempre.” V.3 NBV-P
E esse sacerdócio é eterno por promessa do próprio Deus. Diz que esse Melquisedeque era superior a Abraão o qual recebeu as promessas de Deus aqui no mundo e a quem Abraão lhe deu os dízimos e por ele foi abençoado.
- “o que quer dizer, sem dúvida que o inferior é abençoado pelo superior.” V.7 NVI
- “Não há dúvida de que aquele que abençoa é maior do que aquele que é abençoado.” V.7 VFL
- “Vejam então como este Melquisedeque é importante: Até mesmo Abraão, o primeiro e o mais respeitado de todo o povo escolhido de Deus, deu a Melquisedeque a décima parte dos despojos que ele tomou dos reis com quem estivera lutando.” V.4 NBV-P
A Superioridade do Sacerdócio de Melquisedeque
A Lei requer que os que são levitas (da tribo de Levi) recebam os dízimos aqui no mundo e estes são da ordem de Arão e são seres humanos que estão sujeitos à morte por causa da corrupção da carne pecaminosa.
- “No caso dos sacerdotes, a décima parte é recebida por homens que um dia vão morrer. Mas, no caso de Melquisedeque, como dizem as Escrituras Sagradas, a décima parte foi recebida por alguém que continua vivo.” V.8 NTLH
- “Agora, aos sacerdotes descendentes de Levi é-lhes ordenado, pela Lei de Moisés, cobrar a décima parte de tudo ao povo, mesmo que sejam descendentes de Abraão.” V.5 OL
- “Este homem, porém, que não pertencia à linhagem de Levi, recebeu os dízimos de Abraão e abençoou aquele que tinha as promessas.” V.6 NVI
Mas Melquisedeque é de uma ordem eterna (espiritual), e, portanto, não pode morrer. Em seguida, diz que se houve mudança da ordem ou sacerdócio é necessário que a Lei também mude (v.12).
“Pois, mudando o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança de lei. Pois aquele a respeito de quem se afirmam essas coisas pertence a outra tribo, da qual ninguém ainda serviu diante do altar, visto ser evidente que nosso Senhor procede de Judá, tribo da qual Moisés nada falou acerca de sacerdotes.” V.12-14 A21
Jesus Cristo: O Sacerdote da Nova Aliança
Jesus é sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque e não de Arão e recebeu por juramento do próprio Deus e não por linhagem humana, significando que foi segundo o poder de uma vida indestrutível, o que quer dizer, eterna! Esse juramento está registrado no Salmo 110:4 e este não pode ser revogado nem desfeito como está escrito:
“E isso é ainda muito mais evidente se, à semelhança de Melquisedeque, levanta-se outro sacerdote, não constituído segundo a lei de um mandamento humano, mas segundo o poder de uma vida indestrutível. Porque dele se dá este testemunho: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.” V.15-17 A21
Um Sacerdócio Estabelecido por Juramento Divino
- “Além disso, é preciso não esquecer que foi com um juramento que Deus fez de Cristo um sacerdote eterno. E isso não aconteceu com nenhum dos sacerdotes levitas. Só de Cristo está escrito: “O Senhor jurou e nunca há de alterar o seu intento: ‘Tu és sacerdote para sempre.’ ” Eis a razão por que Cristo nos pode garantir uma aliança com o seu Pai muito melhor do que a anterior.” V.20-22 OL
- “Portanto, a ordenança anterior é revogada porque era fraca e inútil, pois a Lei nunca havia aperfeiçoado coisa alguma e por isso foi introduzido uma esperança superior pela qual nos aproximamos de Deus.” V.18-19 NVI
- “Desse modo, o antigo requisito, por ser fraco e inútil, foi cancelado. Pois a lei nunca tornou perfeita coisa alguma. Agora, porém, temos certeza de uma esperança superior, pela qual nos aproximamos de Deus.” V.18-19 NVT
Então o que ele está dizendo é o seguinte: se o sacerdócio agora é de acordo com o juramento de Deus e não mais baseado em coisas humanas, logo é Cristo Jesus o novo sumo sacerdote e não Arão, cujo sacerdócio é eterno e que está em vigor permanentemente, ou seja, para sempre.
Como Cristo Cumpriu e Anulou a Lei do Dízimo
E, portanto, Cristo recebeu (em Melquisedeque) os dízimos dos patriarcas Abraão e por assim dizer, também de Levi (que recebe os dízimos dos seus irmãos judeus), e porque Jesus estava em Abraão, conforme a promessa (a semente) assim, Cristo também entregou os dízimos a Melquisedeque através de Abraão (v.9).
E Jesus é a semente de Abraão (Gl 3:16-18), por isso, Jesus entregou os dízimos a ele mesmo na pessoa de Abraão, e também o recebeu em Melquisedeque.
- “Pois, embora Levi não fosse ainda nascido, a semente dele estava nos lombos de Abraão, quando Melquisedeque lhe cobrou o dízimo.” V.10 OL
- “Embora Levi ainda não tivesse nascido, a semente da qual ele veio já estava no corpo de Abraão, seu antepassado, quando Melquisedeque se encontrou com ele.” V.10 NVT
Cumprindo assim a lei e os profetas e anulando em si mesmo as ordenanças justas de Deus para os homens já que Jesus Cristo era tanto homem quanto Deus (Fp 2:6-7), tendo em si mesmo as duas naturezas. Isso cumpre o que Davi (profeta) disse:
“— Quem sou eu ou quem é meu povo para trazer ao Senhor estas ofertas? Na realidade tudo vem do Senhor. Simplesmente estamos lhe dando daquilo que temos recebido do Senhor.” 1 Crônicas 29:14 VFL
E também está escrito em Rm 11:36 “Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas” NVI.
A Anulação do Mandamento Levítico em Cristo
Anulando assim essa Lei que era fraca e inútil por causa da fraqueza da carne e só servia para acentuar a corrupção dos seres humanos (veja Malaquias cap 1, 2 e 3). Pois ele nunca se deixou corromper pelo engano do pecado que conduz à morte, inclusive a ganância como denunciado pelo profeta.
- “Ora, daqueles sacerdotes tem havido muitos, porque a morte os impede de continuar em seu ofício;” V.23 NVI
- “Ainda há outra diferença. Os outros sacerdotes eram muitos porque quando um morria outro tinha que o substituir. Mas Jesus permanece para sempre e por isso não precisa de transmitir a outros a sua função sacerdotal. É por isso que ele pode salvar definitivamente todos quantos se aproximam de Deus por meio dele. É que ele está sempre vivo para interceder a favor deles.” V.23-25 BPT09DC
Logo, era de um sumo sacerdote como Jesus Cristo que era necessário, uma vez que somente ele continua em sua função eternamente.
“Ora de um sacerdote assim é que nós precisávamos! É santo; não há nele qualquer pecado ou imperfeição. Deus separou-o dos pecadores e elevou-o ao mais alto dos céus. Não é como os outros sacerdotes. Não tem necessidade de oferecer sacrifícios todos os dias, primeiramente pelos seus próprios pecados, depois pelos do povo. Ele ofereceu sacrifício pelos pecados do povo de uma vez para sempre, quando se ofereceu a si mesmo em sacrifício. Os homens a quem a Lei de Moisés confere o sumo sacerdócio são imperfeitos. Mas o juramento de Deus, pronunciado depois do tempo da lei, eleva o Filho ao sumo sacerdócio, e este é perfeito para sempre.” V.26-28 BPT09DC
Dízimo e a Nova Aliança para os Cristãos
Portanto, ao receber e entregar os dízimos nas pessoas de Melquisedeque e dos patriarcas, respectivamente, Jesus anulou esse mandamento Levítico nele mesmo (Ef 2:15). Por isso, ele nunca ressaltou dízimos a não ser nos Ais para os fariseus e mestres da Lei em Mateus 23:23-24 e se prestar atenção nos versos 16-22 desse capítulo verá que o contexto do que Jesus está falando é o que descreve o profeta Malaquias nos capítulos citados acima.
Da Obrigação à Oferta Voluntária por Fé
Nós, porém não somos judeus na carne ou humanamente falando e essa Lei nunca foi para os gentios, assim como em todas as cartas do apóstolo Paulo que é o apóstolo para os gentios ele nunca tratou de dízimos, apenas de ofertas voluntárias como expressão de gratidão a Deus e amor pelos irmãos. Porque se foi revogado, por aquele que tem autoridade máxima e eterna, revogado está para sempre. Não por vontade humana, mas pelo perfeito sumo sacerdócio eterno e irrevogável de Cristo Jesus, nosso Senhor através do qual recebemos a promessa do Espírito pela fé prometida a Abraão como herdeiro do mundo como está escrito:
- “A promessa de que seria herdeiro do mundo não veio a Abraão ou à sua descendência por meio da lei, e sim por meio da justiça da fé.” Romanos 4:13 NAA
- “Prevendo a Escritura que Deus justificaria os gentios pela fé, anunciou primeiro o evangelho a Abraão: “Por meio de você todas as nações serão abençoadas”. Isso para que, em Cristo Jesus, a bênção de Abraão chegasse também aos gentios, para que recebêssemos a promessa do Espírito por meio da fé. Irmãos, humanamente falando, como ninguém pode anular nem acrescentar algo a uma aliança humana que tenha sido ratificada, assim é nesse caso. As promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. A Escritura não diz: “E aos seus descendentes”, como se falasse de muitos, mas de um só, “ao seu descendente”, que é Cristo. Agora, o que digo é: a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não anula a aliança previamente estabelecida por Deus, de modo que invalide a promessa.” Gálatas 3:8, 14-17 NVI
Parabéns minha pastora Sandra pelo estudo, que o Espírito santo de Deus continue lhe conduzindo com tanta revelação dentro da palavra. Hoje os ambiciosos pelo dinheiro prega o contrário do que está escrito.