Por que Deus purifica o coração pela Fé? Entenda o Espírito da Verdade

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Você já parou para pensar por que a fé é o mecanismo escolhido por Deus para nos conectar a Ele? Não se trata apenas de “acreditar”, mas de uma convicção que transforma a própria estrutura da alma. No estudo bíblico ministrado pela Pastora Sandra Ribeiro e pelo irmão Vinícius, com a parcipação do amado irmão Isaque, mergulhamos nas profundezas do livro de Atos e na carta aos Gálatas para compreender como o Espírito Santo estabelece a fidelidade (fé) em nós e purifica o coração sem fazer acepção de pessoas.
Abaixo, apresentamos os principais “pratos” servidos neste banquete espiritual, analisando a teologia bíblica sobre a salvação, a sabedoria apostólica e o juízo vindouro.
O Fruto do Espírito: Entendendo a Fidelidade (Pistis)
O estudo inicia-se com a análise de Gálatas 5:22, focando no fruto do Espírito conhecido como “Fidelidade” ou “Fé”. No grego original (Pistis), essa palavra carrega um peso muito maior do que a simples lealdade humana.
“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade…” (Gálatas 5:22)
Conforme explicado no estudo, Pistis refere-se à convicção da verdade de algo, especificamente uma crença forte e bem-vinda de que Jesus é o Messias e o Governador de todas as coisas. É uma confiança que nasce de Deus e nos une a Ele. Não é uma fé cega, mas uma fé lógica e certeira, a certeza das coisas que não vemos, mas cremos pelos resultados verdadeiros que o Espírito produz em nós e através de nós.
Deus purifica o coração pela Fé, sem distinção
Ao avançarmos para o livro de Atos, encontramos uma das declarações mais libertadoras do Novo Testamento. Em Atos 15:9, no contexto do Concílio de Jerusalém, Pedro declara:
“E não fez diferença alguma entre eles e nós, purificando os seus corações pela fé.”
A Pastora Sandra Ribeiro destacou que Deus não faz acepção de pessoas. Não importa se é judeu ou gentio, homem ou mulher, escravo ou livre. O procedimento de Deus não mudou: Ele purifica o coração daqueles que creem.
Esta purificação é o que nos permite nascer do alto. É a instauração de Jesus como Senhor na consciência da alma. Diferente do sistema da Lei, que era um fardo insuportável, a fé de que Jesus é o Senhor nos traz um jugo suave, onde a transformação do caráter ocorre de dentro para fora pelo Espírito, e não por imposição externa.
Sabedoria Apostólica: O Caso de Timóteo
Um ponto alto do estudo foi a análise de Atos 16:1-3, onde Paulo circuncida Timóteo. Surge a pergunta: se a salvação é pela graça e a circuncisão nada vale, por que Paulo fez isso?
“Paulo quis que este fosse com ele e, tomando-o, o circuncidou, por causa dos judeus que estavam naqueles lugares; porque todos sabiam que seu pai era grego.” (Atos 16:3)
A explicação trazida na live é cirúrgica: tratava-se de estratégia evangelística para não criar escândalo ou barreira para a mensagem. Como a mãe de Timóteo era judia, a falta da circuncisão seria um tropeço para os judeus ouvirem o Evangelho.
Entretanto, a Pastora ressaltou que, posteriormente, com Tito (que era grego), Paulo não cedeu (Gálatas 2). Isso nos ensina sobre maturidade espiritual: saber quando ceder para ganhar almas e quando resistir para defender a verdade do Evangelho, evitando que a “meninice espiritual” impeça o avanço da Palavra.
Metanoia e o Dia do Juízo
O estudo também abordou a seriedade do julgamento divino em Atos 17:31, onde é dito que Deus estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou: Jesus Cristo.
Hoje vivemos no tempo da paciência de Deus, onde o Espírito Santo convence o homem do pecado. Porém, o convite é para o arrependimento, ou Metanoia (Atos 20:21).
A Metanoia não é apenas remorso, mas uma mudança de mente. É quando o Espírito Santo organiza o caos interior — assim como Deus organizou o caos na criação — colocando cada sentimento, pensamento e vontade no seu devido lugar. É dar as costas para o pecado e olhar fixamente para Jesus, permitindo que Ele governe.
A Mesa Real: Comunhão dos santos e Cura
O estudo encerrou-se com a ministração da Santa Ceia do Senhor Jesus, lembrando que o corpo de Jesus Cristo foi moído para que tivéssemos saúde e paz. Participar da mesa não é um ritual vazio, mas um ato de fé onde recebemos a vida de Deus e a certeza de uma consciência lavada pelo sangue da Nova Aliança.





