Sua Mente é INIMIGA de Deus? A Verdade Sobre a Carne e Como Vencê-la (Gálatas 5:20)

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Em nosso recente estudo bíblico, mergulhamos em um tema profundo e, por vezes, desconfortável das Escrituras: a inimizade. Partindo de Gálatas 5:20, que lista as obras da carne, focamos na terceira palavra, que muitas versões traduzem como “ódio”, mas cuja raiz grega, Echthra (G2189, Strong), revela um significado ainda mais amplo: inimizade, hostilidade e causa de inimizade.
A pastora Sandra Ribeiro explicou que essa palavra descreve algo “passivamente odioso, ou seja, é odioso até sem fazer nada, é gratuito”. É uma condição fundamental da nossa natureza humana decaída, uma força que se opõe ativamente a Deus.
A Inimizade que Une os Inimigos de Deus
Para ilustrar como essa inimizade opera no mundo, analisamos um momento crucial na Palavra de Deus:
Lucas 23:12 (NVI): “E, naquele mesmo dia, Pilatos e Herodes entre si se fizeram amigos; pois dantes andavam em inimizade um com o outro.”
É um paradoxo impressionante: o aprisionamento e a condenação do Príncipe da Paz uniram dois líderes que eram inimigos declarados. Isso revela uma verdade poderosa: a oposição a Cristo e à Sua verdade pode criar alianças inesperadas, pois “cada um vai dar de acordo com a sua espécie”. Enquanto o Senhor Jesus, mesmo sendo espremido, liberou paz e reconciliação, o mundo se une em sua hostilidade contra Ele.
O Coração do Problema: Por que a Mente da Carne NUNCA Obedecerá a Deus?
O epicentro do nosso estudo foi a passagem de Romanos, que escancara a raiz dessa hostilidade. Aprofundamos no versículo 7, comparando diversas traduções para extrair toda a sua riqueza.
Romanos 8:7 (Almeida 21): “A mentalidade da carne é inimiga de Deus, pois não está sujeita à lei de Deus, nem pode estar.”
Uma Inclinação Natural Contra Deus
Versões como ARC falam em “inclinação da carne”, a BLT em “mente humana pecadora” e a Edição Comum em “nossos instintos”. Todas apontam para a mesma verdade: a nossa natureza humana, deixada à própria sorte, pende naturalmente para longe de Deus. Como a pastora e professora Sandra Ribeiro ressaltou, essa inclinação já existia antes mesmo do pecado consumado no Éden. “Quando o mal ainda estava fora, não foi capaz de resistir. Imagina agora que está dentro, que está completamente corrompido.”
Absolutamente Incapaz de se Sujeitar
A passagem não diz apenas que a carne “não se sujeita”, mas que “nem mesmo pode estar” sujeita à lei de Deus. É uma declaração de incapacidade absoluta. A lei de Deus é espiritual e boa, mas a carne é fraca, vendida como escrava ao pecado. Tentar agradar a Deus por meio dos nossos próprios esforços e instintos carnais é uma tarefa impossível. É por isso que a NVT afirma categoricamente: “a natureza humana é sempre inimiga de Deus e nunca obedeceu às leis de Deus, e nunca obedecerá”.
A Solução na Cruz: Como Jesus Cristo Destruiu a Barreira da Inimizade
Se a carne é irremediavelmente inimiga de Deus, qual é a esperança? A resposta está na obra consumada de Jesus.
Efésios 2:16 (NVI): “e pela cruz reconciliar ambos com Deus em um só corpo, por meio dela destruindo a inimizade.”
A cruz não foi apenas um pagamento pelos pecados; foi o ato divino que demoliu a parede de hostilidade. Jesus Cristo, em Seu próprio corpo, absorveu toda a inimizade e a matou. Ele nos reconciliou com o Pai, oferecendo um novo caminho: uma vida não mais governada pela carne, mas pelo Espírito.
O chamado para nós é viver essa realidade. Como o irmão Vinícius complementou: a natureza carnal precisa estar “crucificada com Cristo. Como assim? Morta, inativa, inoperante. Não ter voz, não ter vez. Mas ser silenciada, cortada, podada, arrancada.”
A Escolha Decisiva: Amigo do Mundo ou Amigo de Deus?
O estudo conclui com uma escolha inevitável, apresentada de forma direta pelo apóstolo Tiago:
Tiago 4:4 (NVI): “Adúlteros, vocês não sabem que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Quem quer ser amigo do mundo faz-se inimigo de Deus.”
Não existe meio-termo. Não há como negociar com a carne ou flertar com o mundo e, ao mesmo tempo, manter uma amizade genuína com Deus. A mensagem é clara: qualquer inclinação para os valores, desejos e sistemas do mundo nos coloca em oposição direta ao nosso Criador, que agora é muito mais do que apenas Criador, mas é Pai, Irmão, Amigo, Guia e Mestre. Esse é o nosso Deus, o nosso Senhor Jesus Cristo.
Portanto, a vida cristã é uma escolha contínua. É abandonar os “pecados de estimação” e decidir, a cada dia, andar na luz, guiado pelo “casadinho perfeito para uma vida divina”: a Palavra de Deus e o Espírito Santo. Somente assim podemos fugir da inimizade e viver na paz que excede todo entendimento, produzindo frutos para a glória do Senhor Jesus Cristo.