IMERSOS NO ESPÍRITO: ELEUTHEROS, o LIVRE VERDADEIRO | GÁLATAS 5:1

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Introdução: Mergulhando na Liberdade Que Cristo Conquistou
Sejam bem-vindos a mais um estudo profundo da Palavra de Deus aqui no blog da Deus e Nós Igreja Online! Neste artigo, vamos explorar as riquezas compartilhadas pela Pastora Sandra Ribeiro e o irmão Vinícius em nosso encontro “Segundo o Espírito da Verdade do Evangelho“, focando no poderoso versículo de Gálatas 5:1:
“Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão.”
O que realmente significa essa liberdade? Como podemos vivê-la plenamente, guiados pelo Espírito Santo? Vamos mergulhar juntos neste tema essencial para a vida cristã.
O Campo de Batalha Espiritual em Gálatas
Para compreendermos a profundidade de Gálatas 5:1, é crucial revisitarmos o contexto da carta, como explorado no estudo. O apóstolo Paulo escreve aos Gálatas com urgência, combatendo a influência dos “judaizantes” – aqueles que se infiltravam nas comunidades cristãs para espiar a liberdade em Cristo e tentar impor novamente o jugo da Lei Mosaica, especialmente a circuncisão (Gálatas 2:4, 4:9-10).
Paulo relembra aos Gálatas que a salvação e a justiça vêm pela fé em Jesus Cristo, não pelas obras da Lei (Gálatas 2:16, 3:11). Ele contrasta a promessa feita a Abraão antes da Lei e antes da circuncisão (Gálatas 3:6-9, 16-18), mostrando que a fé sempre foi o caminho designado por Deus. Ele os chama de “insensatos” por começarem no Espírito e tentarem se aperfeiçoar pela carne (Gálatas 3:1-3). A Lei, explica Paulo, serviu para revelar o pecado e nos conduzir a Cristo (Gálatas 3:19, 24), mas agora, em Cristo, somos libertos dessa tutela.
Gálatas 5:1 – O Grito de Guerra pela Liberdade!
“Foi para a liberdade que Cristo nos libertou…” Este é o cerne da mensagem. Não fomos libertos por acaso ou como um efeito colateral. A liberdade foi o propósito da obra redentora de Cristo. Ele pagou o preço para nos arrancar da escravidão.
Desvendando “Eleutheros”: Mais Que Apenas Livre
O estudo aprofundou-se na palavra grega raiz para “liberdade” (eleutheria) e “libertou” (eleutheroó): “eleutheros”. Analisando seu significado, descobrimos que “eleutheros” não significa apenas alguém que deixou de ser escravo (alforriado), mas primariamente alguém que nasceu livre.
Esta é uma distinção crucial! Em Cristo, através do novo nascimento pelo Espírito Santo (João 3:3-8), nós não somos meramente ex-escravos do pecado remendados; nós recebemos uma nova natureza, uma natureza que é inerentemente livre, nascida de Deus. Como a Pastora Sandra explicou, há uma parte em nós (a carne) que ainda tende à escravidão, mas nossa verdadeira identidade, nossa alma unida ao Espírito de Cristo, é “eleutheros” – nascido livre.
A Liberdade Que o Mundo Não Conhece: Superando a Escravidão do Pecado
O estudo contrastou essa liberdade espiritual com a percepção mundana. Em João 8:33, os judeus religiosos argumentaram com Jesus:
“Somos descendência de Abraão e jamais fomos escravos de alguém; como dizes tu: Sereis livres?” Eles não compreendiam a escravidão mais profunda: a do pecado. Jesus responde: “Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado.” (João 8:34). A verdadeira libertação só vem por Ele: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” (João 8:36).
Como mencionado no estudo, a natureza humana, desde a concepção, está ligada a um corpo sujeito ao pecado. Mas Cristo nos oferece um novo nascimento, uma nova natureza espiritual que não está sob esse domínio.
Livres Para Quê? A Responsabilidade da Verdadeira Liberdade
Essa liberdade conquistada por Cristo não é um passe livre para vivermos de qualquer maneira. O apóstolo Pedro adverte:
“Como livres que sois, não usando, todavia, a liberdade por pretexto da malícia, mas vivendo como servos de Deus.” (1 Pedro 2:16).
Da Escravidão do Pecado à “Escravidão” de Cristo (Romanos 6)
Paulo desenvolve essa ideia em Romanos 6. Ele nos lembra: “Porque, quando éreis escravos do pecado, estáveis isentos em relação à justiça.” (Romanos 6:20). Agora, libertos do pecado, nos tornamos “servos da justiça” (Romanos 6:18). O estudo enfatizou que essa “escravidão a Cristo” é uma escolha consciente: é melhor servir à justiça, cujo fruto é a santificação e a vida eterna, do que servir ao pecado, cujo fim é a morte. É a alma, fortalecida pelo Espírito, sujeitando a carne à obediência de Cristo.
Um Só Corpo, Sem Distinções (1 Coríntios 12, Gálatas 3)
Uma das manifestações mais gloriosas dessa liberdade é a unidade que ela cria no Corpo de Cristo. As barreiras que dividem a humanidade são derrubadas:
“Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito.” (1 Coríntios 12:13).
Gálatas 3:28 é ainda mais explícito:
“Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.”
O estudo ressaltou que no Espírito não há gênero (referenciando a diferença entre teknon – filhos/filhas – e huios – filhos no sentido espiritual maduro). Somos uma nova criação, unidos pelo mesmo Espírito.
Filhos da Promessa: A Alegoria de Sara e Hagar (Gálatas 4)
Para ilustrar a diferença entre viver pela carne/lei e viver pelo Espírito/promessa, Paulo usa a alegoria de Hagar e Sara (Gálatas 4:21-31).
- Hagar: A escrava, representa a antiga aliança (Lei Mosaica), o nascimento segundo a carne, a Jerusalém terrena e a escravidão. Seu filho, Ismael, nasceu do esforço humano.
- Sara: A livre, representa a nova aliança (Graça), o nascimento segundo o Espírito, a Jerusalém celestial (nossa mãe espiritual – v. 26) e a liberdade. Seu filho, Isaque, nasceu pelo poder da promessa divina.
A conclusão é clara: “Lança fora a escrava e seu filho, porque de modo algum o filho da escrava será herdeiro com o filho da livre.” (Gálatas 4:30). Isso significa que devemos rejeitar toda tentativa de confiar em nossos próprios esforços (carne) ou em rituais (lei) para a salvação ou santificação. “E, assim, irmãos, somos filhos não da escrava, e sim da livre.” (Gálatas 4:31). Somos herdeiros pela promessa, pelo Espírito!
Vivendo na Liberdade do Espírito: Um Chamado à Vigilância
A liberdade em Cristo não é passividade, mas uma vida ativa guiada pelo Espírito Santo. O chamado de Gálatas 5:1 é para permanecermos firmes e não nos deixarmos submeter novamente à escravidão, seja da lei ou do pecado (as obras da carne listadas adiante em Gálatas 5). Devemos usar nossa liberdade não para satisfazer nossos desejos egoístas, mas para servir a Deus e aos outros em amor (Gálatas 5:13).
Conclusão: Permaneça Firme na Liberdade!
O estudo baseado em Gálatas 5:1 nos lembra que fomos chamados para uma liberdade gloriosa em Cristo Jesus. Somos “Eleutheros” – nascidos livres pelo Espírito! Rejeitemos qualquer jugo de escravidão, seja legalista ou pecaminoso. Abracemos nossa identidade como filhos da promessa, vivendo e andando no Espírito, firmes na liberdade que o Senhor Jesus Cristo conquistou para nós na cruz.
Assista ao Estudo Completo
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