Comunhão dos santos: Eleuthería e Eleutheróô, a LIBERDADE | GÁLATAS 5 | IMERSOS NO ESPÍRITO

- Pegue sua Bíblia e vamos conhecer ao Senhor Jesus Cristo em Sua Palavra.
- Bíblia offline de estudos em Android: MyBible
- Bíblia online, via aplicativo ou site: YouVersion (Android, IOS)
Fomos chamados para a liberdade! Mas o que essa liberdade conquistada por Cristo realmente significa em nosso dia a dia? Como podemos vivê-la sem cair nas armadilhas do legalismo ou da licenciosidade? Neste estudo profundo baseado em Gálatas 5:1, exploramos os conceitos de eleuthería (liberdade) e eleutheróô (libertar) para desvendar como andar firmes no Espírito e vencer a luta contra a carne.
O Fundamento: “Foi para a Liberdade que Cristo nos Libertou” (Gálatas 5:1)
O ponto de partida de nossa jornada é o poderoso versículo de Gálatas 5:1: “Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão.” Diversas traduções (NVI, VFL, NVT, BLT, etc.) reforçam a mesma verdade central: a obra de Cristo teve como propósito nos tornar genuinamente livres.
Mas livres de quê? O contexto imediato e as comparações lidas no estudo apontam para a libertação do “jugo de escravidão” que, para os Gálatas, significava voltar às práticas e exigências da Lei Mosaica como meio de justificação ou santificação. Como explicado, “quando a gente se afasta da liberdade? Quando volta para a escravidão da lei.”
Desvendando a Liberdade: O Significado de Eleuthería
A palavra grega para liberdade usada aqui é eleuthería. O estudo a define não como uma “liberdade imaginária” ou “licenciosidade” (fazer o que bem entendemos), mas como a “verdadeira liberdade [que] consiste em viver como devemos, não como queremos”. Isso porque a nossa vontade carnal é frequentemente contrária à vontade do Espírito (Romanos 8:7).
Liberdade não é Pretexto para a Carne
A liberdade cristã não nos dá carta branca para satisfazer os desejos pecaminosos. Pelo contrário, somos advertidos: “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor” (Gálatas 5:13). Da mesma forma, Pedro exorta: “Como livres que sois, não usando, todavia, a liberdade por pretexto da malícia, mas vivendo como servos de Deus” (1 Pedro 2:16). A verdadeira liberdade se manifesta no serviço amoroso e na rejeição do mal.
Liberdade e a Consciência Alheia
Nossa liberdade também deve ser exercida com responsabilidade, considerando os outros. Paulo aborda isso em 1 Coríntios 10:29 ao falar sobre alimentos sacrificados a ídolos: “…Pois por que há de ser julgada a minha liberdade pela consciência alheia?” A explicação dada no estudo é clara: “a nossa liberdade não pode ser pressuposto para a queda de ninguém, especialmente das pessoas que são fracas na fé”. O amor e a edificação do corpo de Cristo devem guiar nossas escolhas.
Onde o Espírito Habita, Reina a Liberdade
A fonte dessa liberdade genuína é o próprio Deus: “Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade” (2 Coríntios 3:17). Andar no Espírito nos capacita a discernir o que convém e edifica, evitando que sejamos escravizados por qualquer coisa, mesmo que lícita (1 Coríntios 6:12, 10:23).
A “Lei Perfeita da Liberdade”: Integridade em Ação (Tiago)
Tiago complementa a visão paulina ao falar da “lei perfeita, lei da liberdade” (Tiago 1:25). Não se trata de voltar à Lei Mosaica, mas de internalizar a vontade de Deus revelada em Cristo. Quem “considera atentamente” essa lei e “nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar”.
Isso exige coerência, como ressaltado no estudo ao citar Tiago 2:12: “Falai de tal maneira e de tal maneira procedei como aqueles que hão de ser julgados pela lei da liberdade.” Devemos evitar a hipocrisia, alinhando nossas palavras e ações, pois Deus conhece o coração.
A Batalha Interior: Vencendo a Carne pelo Espírito (Romanos 7-8)
A experiência cristã envolve uma luta constante, descrita vividamente por Paulo em Romanos 7: o desejo de fazer o bem, mas a dificuldade imposta pela lei do pecado que age em nossos membros. A solução não está em tentar cumprir a lei pela força própria, mas em reconhecer nossa necessidade e clamar como Paulo: “Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor!” (Romanos 7:25).
Isso nos leva a Romanos 8: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte” (Romanos 8:1-2). O estudo enfatiza que, para vencer a carne, precisamos nos alimentar espiritualmente, fortalecendo o Espírito dentro de nós através da Palavra e da comunhão com Deus.
“É o Espírito que corta esse veneno da serpente que tem na nossa carne“, Pastora Sandra Ribeiro.
Eleutheróô: O Poder Libertador de Cristo
Se eleuthería é o estado de liberdade, eleutheróô é o verbo, a ação de libertar. O estudo destaca seu significado: “tornar livre, colocar em liberdade do domínio do pecado”. Vimos como essa ação divina opera:
- Pela Verdade: “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará [eleutheróô]” (João 8:32). Conhecer e aplicar a Palavra de Deus é essencial.
- Pelo Filho: “Se, pois, o Filho vos libertar [eleutheróô], verdadeiramente sereis livres” (João 8:36). A liberdade é um ato direto de Jesus.
- Do Pecado para a Justiça: “E, uma vez libertados [eleutheróô] do pecado, fostes feitos servos da justiça” (Romanos 6:18). E ainda: “Agora, porém, libertados [eleutheróô] do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna” (Romanos 6:22). Fomos libertos de algo para algo.
- Pela Lei do Espírito: Como já visto, “a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou [eleutheróô] da lei do pecado e da morte” (Romanos 8:2).
Vivendo na Liberdade Conquistada
A liberdade que temos em Cristo não é automática ou passiva. Ela requer nossa cooperação com o Espírito Santo. Precisamos escolher diariamente andar no Espírito, nos alimentar da Palavra, rejeitar as obras da carne e usar nossa liberdade para servir a Deus e aos outros em amor. Como alertado em 2 Pedro 2:19, devemos ter cuidado com aqueles que prometem liberdade enquanto eles mesmos são “escravos da corrupção”, pois “aquele que é vencido fica escravo do vencedor”. Que escolhamos ser vencidos pelo Espírito de Deus!
Permaneçamos firmes na liberdade para a qual fomos chamados, crescendo na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo, o único que pode verdadeiramente nos libertar.