Não é por FORÇA e nem por VIOLÊNCIA, mas É PELO ESPÍRITO SANTO | GÁLATAS 5 | IMERSOS NO ESPÍRITO
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Bem-vindos a um mergulho profundo nas Escrituras! Neste estudo bíblico transformador, conduzido pela Pastora Sandra Ribeiro e o irmão Vinícius, com a participação do irmão Elio, exploramos o significado e o impacto da “persuasão” (do grego peíthō) conforme apresentado em Gálatas, capítulo 5, e suas ramificações em nossa jornada de fé. Prepare-se para descobrir como o Espírito Santo opera em nós, não pela força humana, mas pelo Seu poder sutil e eficaz.
A Dupla Face da Persuasão: Verdade ou Engano?
O estudo inicia com uma análise da palavra grega peíthō, central em Gálatas 5:7 (contextualizando a pergunta “Quem vos impediu… ou persuadiu… a não obedecerdes à verdade?”). A Pastora Sandra Ribeiro explica que peíthō significa “persuadir, induzir alguém pelas palavras a crer”. Ela ressalta a dualidade desse conceito:
“Essa persuasão, convencer, induzir alguém, isso pode ser (…) a obedecer a verdade ou a respeito de algo que não é verdadeiro. Algo que depende do objetivo, depende do intuito, da motivação do coração.”
Um exemplo impactante dessa persuasão negativa é encontrado em Mateus 27:20: “Mas os principais sacerdotes e os anciãos persuadiram (peíthō) o povo a que pedisse barrabás e fizesse morrer Jesus.” Vemos aqui como líderes religiosos, que deveriam guiar para a verdade, usaram sua influência para o engano, motivados pela cegueira espiritual e desconhecimento das profecias.
O Perigo de Confiar nas Riquezas e a Batalha pela Alma
A discussão avança para os perigos da confiança mal direcionada, exemplificada em Marcos 10:24: “…filhos, quão difícil é para os que confiam (peíthō) nas riquezas entrar no reino de Deus.” A pastora esclarece:
“Olha só, não é a questão da pessoa ser rica, não é isso. É colocar as riquezas como seu Deus. É colocar a riqueza em primeiro lugar.”
Em Lucas 11:22, Jesus fala sobre um “mais valente” que vence aquele que confiava em sua armadura (peíthō). A explanação conecta isso à condição humana:
“A raça humana (…) ela não sabe, mas ela está sendo controlada por um valente mais forte (…) levando a alma pelos desejos carnais (…) exatamente para incitar a alma, persuadir a alma a ficar com as coisas terrenas (…) e negligenciar, não dar ouvidos para Deus.”O “mais valente” que vence é o Espírito Santo, libertando-nos dessa persuasão mundana.
Lições de Fé Genuína: Parábolas que Confrontam
Duas parábolas são destacadas para ilustrar a diferença entre a fé aparente e a genuína:
- O Rico e Lázaro (Lucas 16:31): Mesmo que alguém ressuscite dos mortos, aqueles que não ouvem a Moisés e os profetas não se deixarão persuadir (peíthō). Isso demonstra que a verdadeira fé não se baseia em sinais espetaculares, mas na confiança na Palavra de Deus, como Lázaro, que, apesar da miséria terrena, confiou em Deus.
- O Fariseu e o Publicano (Lucas 18:9): O fariseu confiava (peíthō, no contexto de estar persuadido de sua própria justiça) em si mesmo, enquanto o publicano reconhecia sua necessidade de misericórdia. A pastora adverte sobre a aplicação dessa parábola, lembrando que, após a obra de Cristo, não nos colocamos mais como “miseráveis pecadores” da mesma forma, pois fomos justificados. Contudo, a humildade e o repúdio à autojustiça permanecem lições cruciais.
A Obra de Deus: Invencível e Perseverante
O conselho de Gamaliel em Atos 5:38-39 é trazido à luz: “…se este conselho ou esta obra vem de homens, perecerá; mas se é de Deus, não podereis destruí-los…”. Isso ilustra que, apesar das perseguições e oposições, como as enfrentadas pelos apóstolos, a obra iniciada por Deus é indestrutível. O irmão Vinícius complementa:
“Por mais que a igreja (…) esteja no estado que está atualmente, separada (…) ainda assim o Espírito Santo nos une (…) À medida que isso for crescer, vai levedar toda a massa.”
Mesmo diante da tentativa de persuasão (peíthō) das multidões contra Paulo em Atos 14:19, onde ele foi apedrejado e dado por morto, sua missão, sendo de Deus, continuou.
Persuadidos pela Graça: O Elo Inquebrável com Deus
O estudo mostra o lado positivo da persuasão. Em Atos 13:43, Paulo e Barnabé “os persuadiam a perseverar na graça de Deus.” Essa é a persuasão que edifica e fortalece. A convicção de Paulo em Romanos 8:38 é um clímax: “Porque eu estou bem certo (peíthō, estou persuadido) de que nem a morte, nem a vida (…) poderá nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.”
A pastora Sandra reforça:
“Não existe elo mais forte e indissolúvel do que o que Cristo Jesus fez por nós.”
Liberdade na Consciência: Vivendo na Verdade de Cristo
A questão da consciência é abordada com Romanos 14:14: “Eu sei, estou persuadido (peíthō) no Senhor Jesus, de que nenhuma coisa é de si mesma impura, salvo para aquele que assim a considera; para esse é impura.” A pastora enfatiza:
“Se isso [as boas novas de Jesus] não está estabelecido em nossa consciência (…) se uma pessoa considera uma coisa (…) impura, sendo que ela não é (…) isso é por causa da consciência.”
Ela explica que, em um mundo corrompido, viver pela fé e pela consciência renovada no Senhor Jesus Cristo, e não por regras externas sobre o que é puro ou impuro (como alimentos), é essencial. O que importa é a fé firmada na verdade, não a fraqueza na fé que leva a escrúpulos desnecessários.
Concluindo: A Força do Temor do Senhor Jesus e a Confiança em Deus
O estudo se encerra com duas passagens poderosas de 2 Coríntios:
- 2 Coríntios 1:9: “Contudo, já em nós mesmos tivemos a sentença de morte, para que não confiemos (peíthō) em nós, e sim no Deus que ressuscita os mortos.” Mesmo em face da morte iminente, a confiança de Paulo se volta para Deus.
- 2 Coríntios 5:11: “E assim, conhecendo o temor do Senhor, persuadimos (peíthō) os homens; e somos cabalmente conhecidos por Deus; e espero que também a vossa consciência nos reconheça.”
A mensagem final é clara: nossa confiança não deve residir em nossas próprias forças ou entendimento, mas no Deus Todo-Poderoso. E, conhecendo a reverência devida ao Senhor, somos chamados a persuadir outros para a Sua verdade, vivendo de forma que nossa própria consciência e a dos outros reconheçam a obra de Deus em nós.
Este estudo nos lembra que a verdadeira transformação e perseverança vêm “não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos” (Zacarias 4:6).