QUEM AGRADAR: Deus ou aos homens? | GÁLATAS 5 | IMERSOS NO ESPÍRITO

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Introdução
Em um mundo que constantemente nos bombardeia com opiniões e expectativas, a pergunta fundamental para todo cristão ressurge com força: a quem buscamos agradar? Nossos corações humanos inclinam-se naturalmente para a aprovação humana, mas a Palavra de Deus nos chama a um padrão mais elevado. Este estudo bíblico, conduzido pela Pastora Sandra Ribeiro e o irmão Vinícius no podcast “Segundo o Espírito da Verdade do Evangelho“, mergulha nas profundezas dessa questão crucial, explorando como viver verdadeiramente imersos no Espírito em meio às pressões da carne e do engano mundano.
O Conflito Primordial: A Natureza Humana vs. o Espírito de Deus
A jornada cristã é marcada por uma tensão inerente. O apóstolo Paulo, em Gálatas 1:10, nos confronta diretamente:
“Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo.”
A Pastora Sandra Ribeiro destaca que “todas as vezes que a natureza humana nos puxa para ela, pode ter certeza que é para separar de Deus.” Essa natureza, herdada e inclinada ao erro, muitas vezes nos leva a buscar validação em fontes terrenas, esquecendo que nossa verdadeira identidade e paz residem em Cristo. Vemos isso na dificuldade de muitos em aceitar a plenitude do Evangelho, como alguns que, apegados à carne, rejeitam o Novo Testamento, não compreendendo que ele é o cumprimento e a chave para entender o Antigo. Sem Jesus Cristo, não há verdadeira paz com Deus.
A Armadilha da Ignorância e a Prioridade da Palavra
A falta de conhecimento da Palavra nos torna vulneráveis. “Ora, por que que os governantes se prevalecem da ignorância para arrastar multidões?“, questiona a pastora. Da mesma forma, no âmbito espiritual, a ignorância nos impede de acessar a plenitude da graça. Muitas vezes, priorizamos compromissos mundanos em detrimento do estudo da Palavra e da comunhão com Deus. “Cristo pode esperar,” pensamos, mas “Deus jamais vai obrigar nenhum dos seus filhos a seguir o seu caminho… A única forma de buscar ter intimidade com Deus é através da palavra dEle.” Se não conhecemos a Verdade, o Espírito Santo não pode nos conduzir plenamente, e ficamos à mercê dos padrões e enganos do mundo.
Desmascarando o Engano: Do Jardim do Éden aos Dias Atuais
O engano é uma tática antiga, mas eficaz. A pastora nos lembra do primeiro sofisma, a primeira mentira misturada com verdade, proferida pela serpente a Eva no Jardim (Gênesis 3). “É verdade que Deus disse que vocês não podem comer nenhuma das árvores…?”, uma distorção sutil que levou à queda. Hoje, o mesmo princípio opera: “o coração do homem é enganoso,” e somos bombardeados por informações que parecem lógicas, mas estão manipuladas para nos afastar da verdade divina.
Um exemplo contemporâneo disso foi o caso do vendedor de produtos supostamente orgânicos que, na verdade, os comprava em centrais de abastecimento comuns. Isso ilustra que, por mais convincente que algo pareça, “Deus é o único que não pode mentir… Todo homem é mentiroso e Deus é verdadeiro.”
A “Involução” Humana e o Chamado à Regeneração em Cristo
Essa submissão ao engano e à carne tem consequências drásticas. A pastora fala de “mutações deletérias” e uma “involução” espiritual e cognitiva na humanidade. “Tudo que é produzido no mundo é exatamente para produzir morte.” As pessoas estão se tornando cada vez mais irracionais, com capacidades diminuídas, não apenas pelo uso excessivo de tecnologia, mas como resultado de um sistema que ativamente trabalha contra os princípios divinos.
Felizmente, Deus providenciou um caminho de escape. Em 2 Pedro 1:4, lemos: “pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo.” Em Cristo, somos chamados a fugir dessa corrupção e a sermos regenerados, tornando-nos cada vez mais parecidos com Ele.
“Peitho”: A Convicção que Sustenta e Transforma
Ao longo do estudo, a palavra grega “Peitho” (que significa persuadir, confiar, estar convencido) é fundamental. Ela aparece em diversos contextos, mostrando a base da nossa fé e ação:
- Gálatas 5:10 (ARA): “Confio (peitho) de vós, no Senhor, que nenhuma outra coisa sentireis; mas aquele que vos perturba, seja quem for, sofrerá a condenação.” – A confiança do apóstolo na fidelidade dos cristãos e na justiça divina.
- Filipenses 1:6: “Estou plenamente certo (peitho) de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.” – A certeza na obra soberana de Deus.
- Filipenses 1:14: Irmãos “estimulados (peitho) no Senhor por minhas algemas” ousavam falar a Palavra com mais desassombro. A prisão de Paulo, paradoxalmente, encorajava outros.
- Filipenses 1:25: “E, convencido (peitho) disto, sei que ficarei e permanecerei com todos vós para vosso progresso e gozo da fé.” – A convicção de Paulo sobre seu ministério.
- Filipenses 3:3-4: Nós, que adoramos a Deus no Espírito, não “confiamos (peitho) na carne”, embora Paulo tivesse motivos carnais para se gloriar, ele os considerou perda.
- 2 Tessalonicenses 3:4: “Nós também temos confiança (peitho) em vós, no Senhor, de que não só estais praticando as coisas que vos ordenamos, como também continuareis a fazê-las.” – A confiança na obediência dos irmãos.
- 2 Timóteo 1:5: Paulo estava “certo (peitho)” de que a fé sem fingimento de Timóteo, herdada de sua avó Lóide e mãe Eunice, também habitava nele.
- 2 Timóteo 1:12: “Porque eu sei em quem tenho crido e estou certo (peitho) de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele Dia.” – A profunda segurança de Paulo no Senhor Jesus Cristo.
- Filemom 1:21: “Certo (peitho) como estou da tua obediência, eu te escrevo, sabendo que farás mais do que estou pedindo.”
- Hebreus 2:13: Citando Isaías, “Eu porei nele a minha confiança (peitho).” (referindo-se a Cristo Jesus).
- Hebreus 6:9: “Mas de vós, ó amados, esperamos (estamos persuadidos – peitho) coisas melhores e coisas que acompanham a salvação, ainda que assim falamos.”
- Hebreus 13:18: “Orai por nós, porque confiamos (estamos persuadidos – peitho) que temos boa consciência, como aqueles que em tudo querem portar-se honestamente.”
- 1 João 3:19: “E nisto conheceremos que somos da verdade e tranquilizaremos (peithomen – persuadiremos) o nosso coração perante ele.”
Essa “peitho” não é uma confiança cega, mas uma convicção firmada na Palavra de Deus e na obra do Espírito Santo que é o Senhor Jesus Cristo.
Maturidade Cristã: Obediência, Submissão e o Poder da Língua
A convicção em Cristo deve nos levar à ação e à maturidade. O estudo aborda a importância da obediência e do crescimento contínuo:
- Hebreus 13:17: “Obedecei a vossos pastores e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossa alma, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil.” A pastora enfatiza que essa submissão é àqueles que verdadeiramente guiam pela Palavra, não a líderes que exploram o rebanho. O crescimento dos fiéis traz alegria ao pastor, enquanto a estagnação e rebeldia causam tristeza.
- Tiago 3:1-3: “Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo. Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal é perfeito varão e poderoso para também refrear todo o corpo. Ora, nós pomos freio nas bocas dos cavalos, para que nos obedeçam; e conseguimos dirigir todo o seu corpo.” Este trecho alerta para a responsabilidade dos mestres e o desafio universal de controlar a língua. Dominar a fala é um sinal de maturidade e um passo para dominar todo o corpo.
Viver imerso no Espírito significa buscar essa maturidade, permitindo que a Palavra de Deus molde nosso pensar e agir, inclusive em como nos relacionamos com a liderança espiritual e como usamos nossas palavras.
Conclusão: A Escolha é Nossa, a Vitória é de Cristo
O estudo bíblico “QUEM AGRADAR: Deus ou aos homens?” nos chama a uma profunda reflexão e a uma decisão consciente. Não podemos servir a dois senhores. A busca pela aprovação humana nos afasta de Deus e nos enreda nas armadilhas do mundo. Mas, ao escolhermos agradar a Deus, fundamentados em Sua Palavra e guiados pelo Espírito Santo, encontramos a verdadeira liberdade, convicção (“peitho”) e crescimento na graça e no pleno conhecimento do Senhor Jesus Cristo. Devemos nos alimentar diariamente da Verdade, discernir os enganos e buscar a santificação, lembrando que Aquele que começou a boa obra em nós é fiel para completá-la. Amém?