De Inimigos de Deus a Filhos: A Verdade Sobre a Amizade com o Mundo

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Você já parou para pensar no que a Bíblia realmente quer dizer com a expressão “inimigo de Deus”? Em um estudo bíblico profundo, a Pastora Sandra Ribeiro e o irmão Vinícius mergulharam nas Escrituras para desvendar o significado da palavra grega Echthros (inimigo), revelando uma jornada transformadora que todo cristão precisa compreender: a passagem da condição de inimizade para a de filiação, e os perigos que ameaçam essa nova identidade.
Nossa Condição Original: Inimigos no Entendimento
Antes de conhecermos a graça salvadora, nossa posição era clara. O apóstolo Paulo, em Colossenses 1:21, nos define de forma direta:
“E a vós outros, também que outrora éreis estranhos e inimigos (Echthros), no entendimento pelas vossas obras malignas.”
Como explicado no estudo, essa inimizade não era apenas por atos, mas residia em nossa mente e consciência. “Éramos inimigos no entendimento… tínhamos em nós a limitação de um guia das trevas, que tornava o nosso entendimento, a mente da nossa alma, obscurecida.” Somente através do sacrifício de Jesus Cristo que fomos reconciliados, apresentados a Deus como “santos, inculpáveis e irrepreensíveis” (v. 22).
A Ordem no Exército de Cristo: Como Lidar com o Irmão Desordenado
Uma vez parte da família de Deus, somos chamados a viver em ordem. Mas o que fazer quando um irmão se desvia? Em 2 Tessalonicenses, capítulo 3, Paulo nos dá instruções precisas e surpreendentes, comparando a igreja a um exército.
O Alerta do Soldado Fora de Posição
A ordem é para se afastar de quem anda de forma errada. A palavra grega para “desordenadamente” (ataktos) remete a um soldado “fora de posto”. O irmão Vinícius ressalta a gravidade disso: “Se ele tá desordenado, ele não tá com a consciência de que lá é um campo de batalha… o que vai acontecer com ele quando o sniper, o inimigo, perceber que ele tá fora de posição? Sozinho. Desprotegido.”
Essa desordem se manifesta em rebeldia aos ensinamentos e, muitas vezes, em se intrometer na vida alheia em vez de cuidar das próprias responsabilidades.
A Correção com Amor: Advertir, Não Tratar Como Inimigo
Apesar da seriedade, a instrução final é de amor e restauração. Paulo conclui em 2 Tessalonicenses 3:15:
“Todavia não o considereis por inimigo (Echthros), mas adverti-o como irmão.”
O objetivo do afastamento não é punir, mas levar o irmão ao arrependimento (“para que fique envergonhado”), como explica a pastora Sandra Ribeiro. A correção deve ser feita com base na Palavra, visando restaurar a ordem no Corpo de Cristo, sem jamais desejar o mal ou tratar o outro como um adversário irreconciliável.
A Escolha Decisiva: Amigo do Mundo ou Amigo de Deus?
A condição de inimizade pode, infelizmente, ser retomada por uma escolha consciente. Tiago é incisivo sobre isso em Tiago 4:4:
“Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.”
Não há meio-termo. Tentar agradar a Deus e ao sistema mundano é uma impossibilidade espiritual. Essa escolha nos coloca em oposição direta ao nosso Criador e nos afasta da vitória já conquistada por Cristo, que, segundo Hebreus 1:13, está assentado à direita do Pai “até que eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés”.
A Batalha Final: A Apostasia e o Destino dos Inimigos
O conceito de “inimigo” atinge seu clímax nas profecias do fim dos tempos. Em Apocalipse 11:5, vemos o poder dado às Duas Testemunhas contra seus adversários:
“Se alguém pretende causar-lhes dano, sai fogo da sua boca e devora os inimigos”.
Este período será precedido pela “apostasia”, a grande separação mencionada em 2 Tessalonicenses 2. Conforme o estudo, isso não é apenas um desvio de doutrina, mas a remoção de Cristo do centro do coração das pessoas, que “amaram mais a injustiça do que a verdade que poderia salvá-las”. A igreja infiel, o joio, permanecerá para enfrentar o governo do anicristo, aquele que se opõe a Cristo Jesus.
Conclusão: Permaneça Fiel à Mensagem da Cruz
Assim, a jornada de inimigo a filho é um presente da graça, efetivado pelo sacrifício de Jesus Cristo. Manter-se nessa posição de filho amado exige vigilância, obediência e uma rejeição clara à amizade com o mundo. A mensagem da cruz, como cantada no início do estudo, deve ser nossa proclamação e nosso alicerce até o fim. Que cada um de nós escolha diariamente andar em ordem, em amor e em fidelidade, para que jamais voltemos à condição de inimigos, mas cresçamos como filhos para a glória de Deus.