Como Ser Aperfeiçoado no Amor de Deus? | Ceia do Senhor Jesus

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O que significa verdadeiramente amar como Deus ama? Muitas vezes, pensamos no amor como um sentimento ou uma ação que exige nosso esforço. Mas, e se o verdadeiro amor — o amor Ágape — fosse a própria essência de uma nova natureza que recebemos de Deus?
Neste estudo bíblico, em dia de Comunhão dos santos, mergulhamos no primeiro fruto do Espírito, o AMOR (Ágape, Strong G26), com base nos textos de Gálatas 5:22 e, principalmente, 1 João 4. Descobrimos que ser aperfeiçoado no amor de Deus não é sobre tentar mais, mas sobre permitir que a semente que Ele plantou em nós cresça e transforme tudo o que somos.
O Amor Ágape: A Essência de Quem Nasceu de Deus
O apóstolo João é categórico ao iniciar sua explanação sobre a origem e a natureza do verdadeiro amor. Ele nos convida a entender que este amor não é uma emoção humana, mas a própria marca da filiação divina.
1 João 4:7-8: “Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor [ágapē] procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor.”
O irmão Vinícius explica que esse amor é “puro, isento de interesses exclusos, de interesses próprios da natureza carnal”. Não é um amor que depende de circunstâncias, amizades ou status, mas um amor que procede do Espírito Santo e nos capacita a agir com firmeza e brandura, de acordo com a vontade de Deus.
Esta não é uma capacidade que possuímos naturalmente. A Bíblia deixa claro que a manifestação suprema deste amor veio de Deus para nós, antes mesmo que pudéssemos amá-lo:
1 João 4:10: “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.”
Entender isso é fundamental: o amor não começa em nós; ele é uma resposta ao amor que recebemos d’Ele.
A Semente de Luz: Como o Amor de Deus Cresce em Nós
Mas como esse amor perfeito se aperfeiçoa em nós, que somos imperfeitos? A resposta está em uma poderosa analogia explorada durante o estudo pela pastora Sandra Ribeiro: o recebimento de uma semente espiritual.
Quando nascemos de novo, recebemos o Espírito de Cristo, que é como uma pequena semente de luz. Embora Deus seja imenso e o Todo-Poderoso, Ele inicia em nós um processo de crescimento, assim como uma semente de mostarda, que é a menor das sementes, mas se torna uma grande árvore.
“Imaginem que essa semente espiritual, que nós recebemos, que é Cristo em nós… ela precisa se expandir de tal maneira que tome toda a nossa alma, que torne a nossa alma como é Deus, como é Jesus: luz.”
Este processo de “aperfeiçoamento” não significa que o amor de Deus seja falho e precise de melhora. Pelo contrário, significa que nós, como filhos, precisamos crescer e permitir que essa luz divina se expanda, iluminando as áreas de trevas da nossa alma e nos conformando ao caráter de Cristo Jesus. É por meio desse crescimento que o perfeito amor lança fora o medo, pois o medo gera tormento, mas a segurança em Cristo traz paz e confiança.
Obedecer por Amor: Por que os Mandamentos de Deus Não São um Peso
Muitos cristãos sentem o peso da obrigação ao tentar seguir os mandamentos de Deus. No entanto, o estudo nos mostra uma perspectiva transformadora, baseada na nova natureza que recebemos.
1 João 5:3: “Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos.”
Por que não são penosos? Porque a obediência deixa de ser uma luta de força de vontade e se torna o fluir natural da vida do Espírito em nós. Não somos nós que nos esforçamos para cumprir regras; é a própria natureza de Deus em nós que nos capacita a viver de uma forma que O agrada. Como confirma o apóstolo Paulo em Filipenses 2:13, “é Deus quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade”.
Viver os mandamentos de Deus é simplesmente viver de acordo com quem nos tornamos no Senhor Jesus Cristo.
Comunhão e Memória: Celebrando a Ceia do Senhor Jesus Cristo
O estudo culminou em um momento prático e profundo de adoração: a celebração da Santa Ceia. Este ato não é um mero ritual, mas uma poderosa proclamação do amor Ágape de Deus.
- O Pão: Representa o corpo de Jesus Cristo, moído por nossos pecados. Ao participarmos dele, lembramos que “pelas suas pisaduras, fomos sarados” (Isaías 53:5) e recebemos a saúde divina para nosso corpo.
- O Vinho: Simboliza o Seu sangue, o sangue da Nova e Eterna Aliança, derramado para o perdão dos pecados. Ele nos purifica e nos declara justos diante de Deus, lembrando-nos que “nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Romanos 8:1).
Ao cearmos, anunciamos a morte sacrificial de Jesus Cristo — o maior ato de amor da história — e Sua ressurreição, até que Ele venha em glória.
Conclusão: Um Chamado à Plenitude do Amor de Cristo
Ser aperfeiçoado no amor de Deus é uma jornada de crescimento contínuo. É permitir que a semente de luz que Ele plantou se torne a força dominante em nossas vidas, transformando nossa alma. Como orou o apóstolo Paulo, e nós oramos hoje:
Que Cristo habite pela fé nos vossos corações, e que, arraigados e alicerçados em amor, possais compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus. (Efésios 3:17-19)