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Em um mundo que busca incessantemente por tranquilidade, mas só encontra ruído e ansiedade, a Palavra de Deus nos revela uma paz que não depende de circunstâncias: a paz que é um fruto do Espírito. Em nosso recente estudo, mergulhamos nas Escrituras para entender a essência da Eirene (G1515, Strong) — a paz divina que guarda o coração e a mente daqueles que estão em Cristo Jesus.

Este não é um artigo sobre técnicas de relaxamento, mas um convite para descobrir a fonte de uma paz inabalável que nos sustenta mesmo durante as mais violentas tempestades.

A Falsa Paz do Mundo e o Alerta Profético

Muitos se apegam à promessa de um futuro tranquilo, baseado em segurança humana e acordos terrenos. No entanto, o apóstolo Paulo nos alerta sobre essa ilusão.

“Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e de modo nenhum escaparão.” — 1 Tessalonicenses 5:3

A paz que o mundo oferece é condicional e frágil. O estudo nos mostrou que, quando a humanidade sem Deus acreditar ter alcançado o auge de sua autossuficiência e segurança, virá o juízo. Essa “paz” é, na verdade, o prenúncio da destruição para aqueles que rejeitaram o Senhor Jesus. Nós, como Igreja, somos chamados a discernir os tempos e a nos firmar não nessa paz passageira, mas na paz que vem do alto.

O Segredo da Paz Genuína: A Santificação Integral do Nosso Ser

A fonte da verdadeira paz não está em nossas emoções ou no ambiente ao nosso redor, mas na obra que Deus realiza dentro de nós. O apóstolo Paulo revela o plano de Deus para nos conservar íntegros até a vinda de Cristo Jesus.

“O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.” — 1 Tessalonicenses 5:23

Este versículo é fundamental, pois nos mostra a composição completa do filho de Deus. Como foi explicado na pregação, o ser humano natural é uma “alma vivente”. Porém, ao nascermos de novo, recebemos o Espírito de Deus, tornando-nos um ser trino: espírito, alma e corpo. A paz de Deus opera de dentro para fora, começando em nosso espírito recriado, influenciando nossa alma (mente (pensamentos), coração (emoções) e a consciência) e se refletindo em nosso corpo. A santificação não é apenas sobre comportamento externo, mas sobre permitir que Deus alinhe e governe cada parte do nosso ser.

Recebendo a Paz de Deus Continuamente

A vida cristã não é isenta de lutas, perseguições e dificuldades. Então, como podemos ter paz em todas as circunstâncias? A resposta está em quem é o nosso Provedor.

“Ora, o Senhor da paz, ele mesmo, vos dê continuamente a paz em todas as circunstâncias. O Senhor seja com todos vós.” — 2 Tessalonicenses 3:16

A paz não é algo que conquistamos, mas um presente que recebemos continuamente do “Senhor da paz”. Como recebemos? Pela fé. Como foi dito, “a fé é a mão invisível que tira do mundo espiritual aquilo que nós precisamos no mundo físico”. Ao fixarmos nossos olhos em Jesus, o autor e consumador da nossa fé, extraímos de Sua presença a paz que o mundo não pode dar nem tirar.

Uma Condição Essencial: Jesus como SENHOR, não como Servo

Um dos maiores obstáculos para experimentar essa paz é um entendimento distorcido do papel de Jesus em nossa vida. Muitos O querem como Salvador, mas não como Senhor. Querem os benefícios do Reino sem a submissão ao Rei. A pregação foi clara: a salvação, e consequentemente a paz, vem do reconhecimento de Jesus como Senhor.

Ele não é um “garçom” celestial para atender aos nossos caprichos. Ele é o Senhor a quem devemos obedecer. Quando entregamos o governo de nossa vida a Ele, encontramos o verdadeiro descanso e a segurança que nossa alma anseia.

Protegendo a Nossa Paz: A Fuga e a Comunhão

Finalmente, a Palavra nos dá instruções práticas sobre como guardar essa paz. Não se trata apenas de uma atitude passiva, mas de ações deliberadas.

“Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor.” — 2 Timóteo 2:22

A instrução é dupla e poderosa:

1. Fugir: Há uma única coisa da qual devemos correr, essa é a imoralidade sexual, expressa também pelas paixões carnais, que são inimigas diretas da paz interior.
2. Seguir com os Outros: A paz não é para ser vivida em isolamento. Somos instruídos a buscar a paz “com os que, de coração puro, invocam o Senhor”. A comunhão com irmãos e irmãs que estão na mesma jornada fortalece, protege e nos mantém no caminho certo.

Assim, a verdadeira paz é um fruto que brota de um relacionamento rendido ao Senhorio de Jesus Cristo, cultivado pela Palavra e protegido pela comunhão santa. Que possamos buscar essa paz, viver nela e transbordá-la para um mundo que tanto precisa.