Você Realmente Sabe o Que é Benignidade? A Verdade Sobre o Fruto do Espírito
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A palavra “benignidade” é frequentemente associada a um gesto simpático ou a uma atitude gentil. Mas, quando o apóstolo Paulo a lista como parte do Fruto do Espírito em Gálatas 5:22, ele está se referindo a algo muito mais profundo e transformador. Em um estudo bíblico conduzido pela Pastora Sandra Ribeiro e pelo irmão Vinícius, mergulhamos na essência dessa virtude divina para compreender não apenas seu significado, mas como ela é uma ferramenta poderosa de Deus para a nossa salvação.
Desvendando a “Chrestotes”: Mais Que uma Simples Bondade
O ponto de partida do nosso entendimento está na palavra grega original para benignidade ou amabilidade: Chrestotes (G5544, Strong).
Gálatas 5:22: “Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade (Chrestotes), bondade, fidelidade…”
Conforme explicado no estudo, Chrestotes não é apenas uma gentileza superficial. O termo significa bondade moral, integridade e retidão. Deriva de krestos, que descreve algo “próprio para o uso, útil, manejável e fácil de levar”. Em outras palavras, a benignidade do Espírito nos torna úteis para o Reino de Deus e nos torna dóceis à Sua condução, em oposição à rigidez e amargura do nosso próprio caráter.
A Bondade Divina: O Caminho para o Verdadeiro Arrependimento
A Escritura nos mostra que essa virtude não se origina em nós, mas em Deus, e tem um propósito claro: nos levar ao arrependimento.
Romanos 2:4: “Ou desprezas a riqueza da sua bondade (Chrestotes), e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?”
O irmão Vinícius enfatiza que a paciência de Deus em retardar a punição que merecemos é uma manifestação de Sua Chrestotes. É essa bondade, essa forma amável e íntegra com a qual Ele lida conosco, que nos dá a oportunidade de mudar de mente (metanoia, arrependimento) e de atitude. A natureza humana, por si só, é incapaz de praticar o bem puro. Como diz a Palavra em Romanos 3:12:
“Todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer”.
É por isso que precisamos desesperadamente da transformação que só o novo nascimento em Cristo Jesus pode oferecer.
A Bondade e a Severidade de Deus: Um Chamado à Permanência
Entender a benignidade de Deus também exige que consideremos o outro lado de Seu caráter justo: a severidade. Isso nos protege do orgulho e nos mantém em um estado de dependência d’Ele.
Romanos 11:22: “Considerai, pois, a bondade (Chrestotes) e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas para contigo, a bondade de Deus, se nela permaneceres; doutra sorte, também tu serás cortado.”
Este versículo é um poderoso lembrete de que a salvação, embora seja um dom gratuito, deve ser cultivada através da permanência na fé. Não somos salvos por pertencermos a um povo ou por méritos próprios, mas por estarmos enxertados em Cristo Jesus. A benignidade de Deus nos mantém n’Ele, mas a escolha de permanecer é nossa, e ignorá-la resulta em sermos “cortados”.
Construindo Sobre a Rocha da Verdade
A vida cristã é um chamado para viver na pureza do Espírito, e não na “mistura” do bem e do mal que o mundo oferece. O procedimento dos apóstolos, como descrito em 2 Coríntios 6:6, era “na pureza, no saber, na longanimidade, na bondade (Chrestotes), no Espírito Santo…”. Viver assim é como construir a casa sobre a rocha (Mateus 7:24-27). As tempestades virão, mas o alicerce na Palavra de Deus garante que não seremos destruídos.
Jesus: A Benignidade de Deus Encarnada
A manifestação suprema e visível da benignidade de Deus se deu na pessoa de Jesus Cristo. Ele é a bondade de Deus que se fez carne para nos resgatar.
Tito 3:4: “Quando, porém, se manifestou a benignidade (Chrestotes) de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos…”
Jesus é o “Senhor que salva”, o próprio Deus que se fez homem para pagar o resgate por nossas almas. Ele nos tirou de uma condição miserável, nos deu vestes novas e nos fez testemunhas de Sua graça, como explicou a pastora Sandra Ribeiro. Conforme Efésios 2:7, Deus fez isso “para mostrar nos séculos vindouros a suprema riqueza da sua graça, em bondade (Chrestotes) para conosco em Cristo Jesus.” Somos a expressão viva do Seu amor e poder transformador.
Conclusão: Um Chamado à Plena Comunhão
O estudo se encerra com a poderosa oração de Jesus em João 17, ministrada pela pastora, onde Ele roga ao Pai não apenas por Seus discípulos, mas por todos nós que creríamos por meio da mensagem deles. Ele pede que sejamos um com Ele e com o Pai, guardados do maligno e santificados na verdade, que é a Sua Palavra. Viver a benignidade do Fruto do Espírito é, em última análise, viver em unidade com Deus, permitindo que Seu caráter íntegro e puro se manifeste através de nós, para a Sua glória.






