Como Ser JUSTO Diante de Deus SEM Obras! | GÁLATAS 4:21-24 em ROMANOS 3 | IMERSOS NO ESPÍRITO

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Como podemos, sendo falhos, ser considerados justos diante de um Deus perfeitamente santo? É possível alcançar a justiça pelas nossas próprias obras, seguindo regras e leis? Este estudo profundo, parte da série “Imersos no Espírito” da Deus e Nós Igreja Online, em Segundo o Espírito da Verdade do Evangelho, mergulha na Palavra para desvendar essa questão crucial. Iniciando com a alegoria das duas alianças em Gálatas 4, a Pastora Sandra Ribeiro nos conduz a uma análise reveladora de Romanos 3, mostrando como a verdadeira justiça vem unicamente pela fé em Jesus Cristo, e não pelas obras da Lei.
O Ponto de Partida: As Duas Alianças em Gálatas 4
O apóstolo Paulo, em Gálatas 4, utiliza uma poderosa ilustração histórica para contrastar duas realidades espirituais: a escravidão sob a Lei e a liberdade na Promessa.
A Aliança da Escravidão: Hagar e o Monte Sinai
Lendo Gálatas 4:21-24, a pastora destaca:
“Digam-me vocês, os que querem estar debaixo da lei: Acaso vocês não ouvem a lei? Pois está escrito que Abraão teve dois filhos, um da escrava [Hagar] e outro da livre [Sara]. O filho da escrava nasceu de modo natural, mas o filho da livre nasceu mediante promessa. Essas coisas são usadas aqui como ilustração; estas mulheres representam duas alianças. Uma aliança procede do monte Sinai e gera filhos para a escravidão…” (Paráfrase baseada em Gálatas 4:21-24 NVI/NBV).
Essa primeira aliança, simbolizada por Hagar e associada ao Monte Sinai (onde a Lei foi dada), representa o esforço humano natural para agradar a Deus através da obediência à Lei. Contudo, como a semente gera segundo sua espécie, essa aliança só pode gerar filhos para a escravidão, pois a natureza humana caída é inerentemente incapaz de cumprir perfeitamente a Lei divina.
A Aliança da Liberdade: Sara e a Promessa Cumprida
Em contraste, a aliança representada por Sara, a mulher livre, nasceu “mediante promessa”. Isaque não foi fruto do esforço natural, mas de uma intervenção divina, um cumprimento da promessa de Deus. Isso aponta para a Nova Aliança em Cristo, onde não somos aceitos por nossos méritos, mas pela graça de Deus através da fé na Sua promessa cumprida em Jesus.
Desvendando Romanos 3: A Chave para a Justiça Divina
Para aprofundar a compreensão dessas duas realidades, o estudo se volta para Romanos 3, um capítulo fundamental que expõe a condição humana e a solução divina.
A Verdade Inconveniente: TODOS Pecaram (Romanos 3:9-18, 23)
A pastora enfatiza que a Palavra é clara ao nivelar toda a humanidade:
“Bem, então, nós, os judeus, somos melhores do que os outros? Não, nada disso! Pois já mostramos que todos os homens são igualmente pecadores, quer sejam judeus ou gentios. Como afirmam as Escrituras: ‘Não há ninguém que faça o bem, nenhum sequer.'” (Paráfrase baseada em Romanos 3:9-12 NBV).
Citando diversos Salmos e Profetas, Paulo (e a pastora no estudo) demonstra que a corrupção humana é universal. O versículo 23 resume: “Pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus” (Romanos 3:23). Isso acaba com qualquer pretensão de superioridade ou de alcançar a justiça por pertencimento étnico ou religioso.
Para Que Serve a Lei, Então? (Romanos 3:19-20)
Se a Lei não pode nos tornar justos, qual seu propósito? A resposta está em Romanos 3:19-20:
“Assim, tudo o que a lei diz, diz aos que vivem sob ela, para que toda boca se cale e todo o mundo seja culpável diante de Deus. Portanto, ninguém será declarado justo diante dele pelas obras da lei; pois, mediante a lei, vem o pleno conhecimento do pecado.” (Paráfrase baseada em Romanos 3:19-20 NBV/NVI).
A Lei funciona como um espelho ou um padrão perfeito. Sua função não é salvar, mas revelar nossa condição de pecadores, calar nossas desculpas e nos tornar conscientes da nossa necessidade desesperada de um Salvador. Quanto mais conhecemos a Lei, mais evidente fica nossa incapacidade de cumpri-la.
A Maravilhosa Solução: Justiça PELA FÉ em Cristo! (Romanos 3:21-26)
Aqui reside o coração do Evangelho! Paulo revela uma justiça que vem de Deus, separada da Lei:
“Mas agora se manifestou uma justiça que provém de Deus, independente da lei, […] justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que creem. […] sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus. Deus o ofereceu como sacrifício para propiciação [ou expiação] mediante a fé, pelo seu sangue…” (Paráfrase baseada em Romanos 3:21-25 NVI/NBV).
A pastora explica esses termos cruciais:
- Justiça de Deus: Não a nossa, mas a que Ele provê.
- Independente da Lei: Não baseada em nossa obediência.
- Mediante a Fé: O canal pelo qual recebemos essa justiça.
- Gratuitamente por Sua Graça: É um presente imerecido.
- Redenção: O preço pago por Cristo para nos libertar.
- Propiciação: O sacrifício de Jesus que satisfez a justa ira de Deus contra o pecado, desviando-a de nós.
Deus, em Sua presciência, reteve o castigo de pecados passados, aguardando o sacrifício de Jesus Cristo (como um “crédito divino”, analogia usada na pregação), e agora demonstra Sua justiça ao justificar o pecador que crê em Jesus.
A Fé Invalida a Lei? De Modo Nenhum! (Romanos 3:27-31)
Se somos salvos pela fé, a obediência não importa mais? Paulo antecipa a objeção:
“Onde está, então, o motivo de vanglória? Foi excluído. Por qual lei? Pela lei das obras? Não, mas pela lei da fé. […] Anulamos então a lei pela fé? De maneira nenhuma! Ao contrário, confirmamos a lei.” (Romanos 3:27, 31 NVI).
A justificação pela fé exclui toda possibilidade de nos orgulharmos, pois não fizemos nada para merecê-la. Longe de anular a Lei, a fé genuína a estabelece. Como explicado na live, o Espírito Santo que recebemos pela fé nos transforma interiormente, circuncidando os desejos pecaminosos e nos capacitando a viver de uma forma que agrada a Deus, cumprindo o propósito moral da Lei a partir de um coração regenerado – não por obrigação externa, mas por nova natureza.
Conclusão: Escolhendo a Liberdade da Graça
O estudo nos deixa com uma clareza vital: tentar viver sob a Lei é permanecer na escravidão da aliança antiga, focada na carne e no esforço humano fadado ao fracasso. Abraçar a justificação pela fé em Cristo é entrar na liberdade gloriosa dos filhos de Deus, vivendo pela Nova Aliança, capacitados pelo Espírito Santo.
Discernir entre o natural (Lei, obras, esforço humano) e o espiritual (Graça, fé, obra de Jesus Cristo, poder do Espírito) é essencial para a maturidade cristã e para não sermos enganados por misturas que diluem o Evangelho. Somos chamados a viver não mais como pecadores culpados, mas como justos no Senhor Jesus Cristo, crescendo na graça e no conhecimento d’Aquele que nos amou e se entregou por nós.