Comunhão dos santos: O FUNDAMENTO INABALÁVEL DE CRISTO | Gálatas 5 | IMERSOS NO ESPÍRITO

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O que um lençol de linho, um vaso de pedra e a fundação de um prédio podem nos revelar sobre a obra completa de Jesus Cristo? Em um mergulho profundo nas Escrituras, guiado pelo Espírito da Verdade, descobrimos como um único verbo grego, Keimai (G2749, Strong; ser posto, deitar, estar estabelecido), desvenda a solidez da nossa fé e a certeza da nossa vitória.
Este estudo, baseado nos ensinamentos compartilhados na Comunhão dos santos, Segundo o Espírito da verdade do Evangelho, revela como cada passo de Jesus, desde seu sepultamento até a sua ressurreição, estava perfeitamente alinhado para cumprir as promessas de Deus e nos estabelecer sobre um fundamento que jamais pode ser abalado.
A Humildade do Rei: O Símbolo Secreto no Sepultamento de Cristo
O ponto de partida da nossa jornada é o sepultamento de Jesus. Em Lucas 23:53, lemos:
“E, tirando-o do madeiro, envolveu-o num lençol de linho e o depositou num túmulo aberto em rocha, onde ainda ninguém havia sido sepultado (keimai).”
A palavra keimai aqui descreve algo colocado de forma passiva. Assim como em seu nascimento Jesus foi deitado em uma simples manjedoura, em sua morte, seu corpo foi depositado em um túmulo emprestado. A Pastora Sandra Ribeiro destaca a profundidade disso: “Para Deus não importa o cadáver, para Deus não importa o corpo que já está morto. (…) O essencial não é o que é visto. O essencial é aquilo que é invisível aos olhos.”
Esta cena nos ensina que a glória de Deus não está na pompa terrena, mas na essência espiritual e no cumprimento do Seu propósito.
A Transformação da Matéria: O Poder Oculto na Santa Ceia do Senhor Jesus
O estudo nos leva às bodas de Caná, em João 2:6:
“Estavam (keimai) ali seis talhas de pedra que os judeus usavam para as purificações.”
As talhas, que “estavam postas” ali, foram o recipiente do primeiro milagre de Jesus, onde a água se tornou vinho. Este evento é uma chave para entendermos o poder real da Santa Ceia. Quando participamos do corpo e do sangue de Jesus Cristo, não estamos apenas em um ato simbólico. Como explicado na pregação, estamos nos conectando com o Deus que transforma a matéria.
Uma Consciência Firmada no Cordeiro
“Ao tomarmos da ceia, não é para saciar a fome física, mas é a consciência no cordeiro. Uma consciência lavada, remida pelo sangue do Senhor Jesus.” A fé na Ceia libera o poder de Cristo para transformar o pão e o vinho naquilo que nosso corpo precisa, seja cura, nutrição ou prevenção, pois Ele é o Criador de toda a matéria.
O Fim da Maldição Hereditária: A Prova na Cruz
Na crucificação, a palavra keimai reaparece. Em João 19:29, diz:
“Estava (keimai) ali um vaso cheio de vinagre.”
Este momento não foi um acaso. Ao receber o vinagre, Jesus cumpre as Escrituras e declara: “Está consumado!”. Este ato encerra o ciclo da antiga aliança, simbolizado pela profecia: “os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram”. A pastora esclarece com firmeza: “Em Cristo Jesus não tem mais isso. Toda maldição… todo cumprimento da lei cessa, se esgota em Cristo Jesus. (…) Quem não tem uma consciência estabelecida na nova aliança… vai aceitar a condenação.”
Na cruz, Jesus absorveu toda a justa exigência da Lei, quebrando o poder da maldição hereditária e nos oferecendo uma nova identidade baseada na justiça de Deus.
O Mistério do Túmulo Vazio e a Tampa da Arca da Aliança
O clímax da revelação se encontra em João 20:5-7 e 12, onde os discípulos encontram o túmulo vazio. Os lençóis de linho estavam “ali postos (keimai)” e o lenço que cobria sua cabeça estava “deixado (keimai)” num lugar à parte. A organização e a ausência do corpo eram provas irrefutáveis de que Ele não fora roubado, mas ressuscitara.
A revelação mais poderosa, no entanto, vem com a visão de Maria Madalena: dois anjos, um à cabeceira e outro aos pés de onde o corpo de Jesus esteve. Esta imagem é um espelho perfeito do propiciatório, a tampa da Arca da Aliança, onde dois querubins ficavam sobre o lugar da expiação.
“Isso aqui que ela viu foi a tampa da Arca da Aliança. Significa que aquelas imagens… do Antigo Testamento estavam cumpridas verdadeiramente em Cristo Jesus.” O corpo de Cristo foi o verdadeiro propiciatório, o lugar onde a ira de Deus contra o pecado foi completamente esgotada, nos garantindo acesso direto ao Pai.
O Único Fundamento que Ninguém Pode Abalar
Com a obra de Cristo completa, o apóstolo Paulo nos dá a aplicação final em 1 Coríntios 3:11:
“Porque ninguém pode lançar outro fundamento além do que foi posto (keimai), o qual é Jesus Cristo.”
Jesus não é apenas parte da nossa fé; Ele é a base, o alicerce sobre o qual toda a Igreja e toda a nossa vida deve ser construída. Qualquer outra base — seja sabedoria humana, filosofias ou outras religiões — não pode se sustentar. Como o irmão Vinícius ressaltou: “Porque se fosse fundamentado na sabedoria humana… não poderia permanecer. Mas como é n’Ele, d’Ele, por Ele e para Ele, permanece.”
Removendo o Véu: Enxergando a Glória de Cristo na Palavra
Finalmente, o estudo aborda por que tantos leem a Bíblia, mas não compreendem sua mensagem central. Em 2 Coríntios 3:15, Paulo afirma:
“Mas até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto (keimai) sobre o coração deles.”
Tentar se aproximar de Deus pelas obras da Lei, sem a revelação de Cristo, coloca um véu que impede o entendimento. “O véu é a carne, o véu é o muro de inimizade com Deus”, pois a carne está contaminada pelo pecado. Foi o corpo rasgado de Jesus que rompeu esse véu, e é somente ao nos convertermos a Ele que o véu é retirado de nosso coração, permitindo-nos ver a glória de Deus.
Conclusão: Uma Fé Firmada na Verdade Eterna
Desde o túmulo até o trono, a Palavra de Deus nos mostra que a nossa fé está firmada em uma obra real, completa e eterna. Cristo é o nosso fundamento inabalável, a nossa cura na comunhão, o fim de toda maldição e a prova viva da ressurreição. Que possamos, a cada dia, edificar nossas vidas sobre esta Rocha, crescendo no conhecimento e na graça do nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo.