Desvendando a Pharmakeia: Mais do que Magia, uma Manipulação da Alma

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Muitas vezes, ao lermos as Escrituras, passamos por palavras cujo significado parece óbvio, mas que escondem uma profundidade espiritual imensa. No recente estudo do podcast “Segundo o Espírito da Verdade do Evangelho”, a Pastora Sandra Ribeiro e o irmão Vinícius nos guiaram através de uma dessas palavras, encontrada na lista das “obras da carne”: a feitiçaria.
Baseando-se em Gálatas 5:20, a análise revela que a palavra original, Pharmakeia, vai muito além de rituais de magia, tocando em áreas da nossa vida que talvez nunca tenhamos associado a essa prática. O que o Espírito Santo quer nos revelar sobre este engano que seduz nações inteiras?
Desvendando a Pharmakeia: Mais do que Magia, uma Manipulação da Alma
Ao mergulharmos no texto de Gálatas, a segunda obra da carne listada após a idolatria é a “feitiçaria”. No grego, a palavra é Pharmakeia (G5331), da qual derivam nossos termos modernos como “farmácia” e “fármaco”.
A Origem da Palavra e sua Dupla Natureza
O léxico define Pharmakeia como: “o uso ou administração de drogas, envenenamento, feitiçaria, artes mágicas”. A pastora Sandra Ribeiro destaca a conexão direta com a idolatria, explicando que a feitiçaria é frequentemente estimulada por ela. A essência está na manipulação de substâncias.
Como explicado no estudo: “A natureza ela produz as ervas, não é? Das quais são feitos, inclusive, os medicamentos… que tanto pode ser para a saúde quanto para a morte, então dependendo aí da manipulação, como que é feito, como que é manuseado e quem está manuseando.”
A questão não está no elemento em si, mas na intenção por trás de seu uso. A ciência, quando movida pelo amor ao dinheiro e pela busca de glória humana, pode criar “curas” que, na verdade, geram dependência e novos males, aprisionando as pessoas em um ciclo de consumo — um sistema que desvia a confiança de Deus para as obras das mãos humanas.
A Raiz Espiritual: O Conhecimento do Bem e do Mal
Para entender por que a Pharmakeia é uma obra da carne, precisamos voltar ao Jardim do Éden. Quando o homem e a mulher comeram do fruto proibido, seus olhos da alma foram abertos para o conhecimento do mal. Eles rejeitaram a dependência do Criador para confiar em si mesmos.
O irmão Vinícius explica: “A partir do momento que o ser humano vai administrar o uso de drogas, o uso de elementos químicos… em prol de trazer vida, ele sempre vai trazer morte. Não tem como não haver alguma contraindicação… Porque é isso que o conhecimento do bem e do mal faz.”
Toda tentativa humana de produzir vida ou cura, apartada da perfeita vontade de Deus, estará inevitavelmente misturada com morte e prejuízo. Vivemos sob a “permissão de Deus”, mas a Sua vontade, que é “boa, perfeita e agradável”, só é experimentada quando andamos segundo o Espírito e renovamos nossa mente pela Sua Palavra.
Pharmakeia no Livro de Apocalipse: O Juízo sobre um Mundo Obstinado
A palavra Pharmakeia aparece de forma decisiva no livro de Apocalipse, revelando seu papel central nos eventos do fim dos tempos.
A Falta de Arrependimento em Meio ao Sofrimento
Em meio aos juízos da sexta trombeta, a Palavra de Deus nos mostra a dureza do coração humano:
“Nem ainda se arrependeram dos seus assassínios, nem das suas feitiçarias (pharmakeia), nem da sua prostituição, nem dos seus furtos.” – Apocalipse 9:21
Mesmo sob intenso sofrimento, a humanidade se recusa a abandonar a confiança em suas próprias invenções e soluções (os fármacos, as tecnologias, as ideologias), que são, em essência, a Pharmakeia moderna.
A Sedução da Babilônia e o Comércio de Almas
O Apocalipse descreve um sistema global, chamado de “Babilônia, a Grande”, que engana o mundo todo. Uma de suas principais ferramentas de sedução é a Pharmakeia.
“Pois os teus mercadores foram os grandes da terra, porque todas as nações foram seduzidas pela tua feitiçaria (pharmakeia).” – Apocalipse 18:23
O mais chocante é a lista de mercadorias negociadas por este sistema, que, ao final, inclui: “e corpos e almas de seres humanos.” Isso revela a dimensão espiritual profunda: a Pharmakeia não é apenas um comércio material, mas um sistema que aprisiona e negocia a própria essência das pessoas, suas almas.
Os ‘Feiticeiros’ (Pharmakeus) e o Destino Final
A Bíblia não condena apenas a prática, mas também o praticante. Em Apocalipse, encontramos a palavra Pharmakeus, que significa “aquele que prepara ou usa remédios mágicos; feiticeiro”. É, em essência, o “farmacêutico” do engano. O destino deles é claro:
“Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros (pharmakeus), aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte.” – Apocalipse 21:8
Como a pastora Sandra conectou com a pregação de Pedro em Atos 3, a salvação foi oferecida primeiramente a Israel. A rejeição do Messias, o “Autor da vida”, foi o ato que selou a necessidade de um tempo de juízo para que um remanescente se volte para Deus. Quem não ouvir o Profeta levantado por Deus, Jesus Cristo, será eliminado.
Conclusão: A Única Saída é Cristo
O estudo sobre Pharmakeia nos mostra que a “feitiçaria” bíblica é um sistema de engano sofisticado, enraizado na autossuficiência e na idolatria, que oferece soluções humanas em substituição à providência divina. É a tentativa de manipular a criação para obter vida e poder, resultando sempre em dependência, corrupção e morte.
A única saída deste sistema que domina o mundo é se voltar para Aquele que Pedro chamou de o “Autor da vida” (Atos 3:15). Somente no Senhor Jesus Cristo encontramos a verdadeira cura, a libertação e a vida eterna, escapando do juízo que virá sobre todos que confiam nas obras de suas próprias mãos.