IMERSOS NO ESPÍRITO: A FÉ IMPOSSÍVEL DE ABRAÃO: Como Crer Contra Toda Esperança | GÁLATAS 4:25-28 em ROMANOS 4:18-25

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Introdução: Mergulhando na Fé que Move Montanhas
Em nossa jornada “Imersos no Espírito”, exploramos as profundezas da Palavra de Deus para fortalecer nossa caminhada. Neste estudo, conduzido pela Pastora Sandra Ribeiro, mergulhamos em Romanos 4, focando na extraordinária fé de Abraão – uma fé que ousou crer no impossível, servindo de pilar para a nossa própria justificação em Cristo. Como podemos, hoje, aprender com o Pai da Fé a crer contra toda esperança humana?
A Promessa Divina Diante do Impossível (Romanos 4:18-19)
O apóstolo Paulo, em Romanos 4, nos apresenta Abraão em um cenário humanamente desolador. A promessa de ser “pai de muitas nações” soava absurda para um homem de quase cem anos, com um corpo “já amortecido”, e casado com Sara, estéril e também avançada em idade.
Romanos 4:18 (NVI): “Abraão, contra toda esperança, em esperança creu, tornando-se assim pai de muitas nações, como foi dito a seu respeito: ‘Assim será a sua descendência’.”
Romanos 4:19 (NVI): “Sem se enfraquecer na fé, reconheceu que o seu corpo já estava sem vitalidade, pois já contava cerca de cem anos de idade, e que também o ventre de Sara já estava sem vigor.”
Entendendo as Nuances: A Riqueza das Versões Bíblicas
Durante o estudo, comparamos diversas traduções da Bíblia (NVI, NTLH, TB, A21, VFL, ARA, RC, OL, NBV, Mensagem). Essa análise revelou nuances importantes: algumas versões falam do corpo de Abraão como “amortecido”, “sem vitalidade”, “praticamente morto”. Essa variedade nos ajuda a compreender a profundidade da situação: não se tratava de uma pequena dificuldade, mas de uma impossibilidade biológica gritante.
Realidade vs. Promessa: O Foco de Abraão
Um ponto crucial destacado pela Pastora Sandra é que Abraão não ignorou sua realidade física nem a de Sara. A versão A21 (Almeida 21) é particularmente clara: “E, sem enfraquecer na fé, considerou que o seu corpo já não tinha vitalidade…”. Ele teve consciência de sua limitação, mas não fixou seus olhos nela.
A fé de Abraão não foi fingimento. Ele não precisou “fazer de conta” que era jovem e vigoroso. Sua fé residia em desviar o foco de sua incapacidade para a capacidade d’Aquele que fez a promessa. Como ensinado na live: “Não depende da nossa realidade, depende do poder de Deus. (…) Ele [Abraão] estava depositando verdadeiramente a confiança dele em Deus.” Ele sabia que se a promessa se cumprisse, seria unicamente pela intervenção divina, não por capacidade humana.
A Fé Inabalável e a Justiça Creditada (Romanos 4:20-24)
Mesmo ciente das barreiras, a fé de Abraão não vacilou. Pelo contrário, fortaleceu-se.
Romanos 4:20-22 (NVI): “Mesmo assim não duvidou nem foi incrédulo em relação à promessa de Deus, mas foi fortalecido em sua fé e deu glória a Deus, estando plenamente convencido de que ele era poderoso para cumprir o que havia prometido. Em consequência, ‘isso lhe foi creditado como justiça’.”
O estudo também mencionou Gênesis 17, onde Abraão ri (v. 17) ao ouvir novamente a promessa. Essa “risada”, explicou a Pastora, não foi incredulidade em Deus, mas um reconhecimento da sua situação humana, da impossibilidade da situação do seu próprio corpo. Contudo, ele não permaneceu nesse estado, pois logo em seguida obedeceu à ordem divina da circuncisão (Gn 17:23-24), demonstrando sua submissão e confiança ativa.
Crucialmente, Paulo afirma que essa justificação pela fé não foi um evento isolado para Abraão:
Romanos 4:23-24 (NVI): “As palavras ‘lhe foi creditado’ não foram escritas apenas para ele, mas também para nós, a quem Deus creditará justiça, a nós, que cremos naquele que ressuscitou dos mortos a Jesus, nosso Senhor.”
Nossa fé no Deus que ressuscitou Jesus nos conecta diretamente ao legado de Abraão, tornando-nos também justos aos olhos de Deus.
O Coração do Evangelho: Morte e Ressurreição para Nossa Justificação (Romanos 4:25)
O capítulo culmina com um dos versículos mais densos e fundamentais do Evangelho:
Romanos 4:25 (NVI): “Ele foi entregue à morte por nossos pecados e ressuscitado para nossa justificação.”
A Pastora Sandra esmiuçou esse versículo:
- “Entregue à morte por nossos pecados”: Jesus precisou morrer para pagar o preço exigido pela justiça divina. Seu sangue derramado é a propiciação, a remissão, o perdão para nossas transgressões. Sem isso, não haveria base para o perdão.
- “Ressuscitado para nossa justificação”: A ressurreição de Cristo é a prova cabal de que o sacrifício foi aceito por Deus Pai. É o selo divino sobre a obra redentora. Porque Ele ressuscitou e vive, nós somos declarados justos (justificados) diante de Deus. Não por nossos méritos, mas pela fé na obra d’Ele. A ressurreição é a garantia da nossa justificação e futura glorificação.
Aplicações para Nossa Caminhada Hoje
A fé de Abraão nos ensina a:
- Focar em Deus, não nas circunstâncias: Reconhecer as dificuldades sem permitir que elas sufoquem nossa confiança no poder de Deus.
- Confiar na Palavra: Agarrar-nos às promessas de Deus, sabendo que Ele é fiel para cumprir.
- Entender a Justificação: Compreender que nossa posição diante de Deus não depende de nossa perfeição, mas da obra consumada de Cristo, acessada pela fé.
- Viver pela Fé: Assim como Abraão, sermos fortalecidos ao crer, dando glória a Deus mesmo antes de vermos o cumprimento total das promessas.
Conclusão: Fortalecidos na Promessa
O exemplo de Abraão em Romanos 4 não é apenas uma história antiga, mas um chamado vibrante para cada um de nós. Somos convidados a exercer uma fé que transcende a lógica humana, uma confiança que se ancora no caráter e no poder do Deus que chama à existência as coisas que não existem e que ressuscitou Jesus dentre os mortos. Que possamos, como Abraão, ser fortalecidos na fé, dando glória a Deus e vivendo na certeza da nossa justificação no Senhor Jesus Cristo.