O próprio Deus resplandeceu ou brilhou em nosso coração para iluminar o nosso entendimento para que possamos conhecer a glória de Deus que brilha no rosto de Jesus Cristo, o qual vive em nós pela união eterna de espírito, no coração novo que ele mesmo nos deu juntamente com o novo espírito (do homem), porque cada criança nasce com o seu próprio coração como bem sabemos. E, assim, nos tornamos filhos como o próprio Cristo. Por isso, diz que temos o mesmo espírito de fé porque a fé é espiritual e não natural, a fé que produz coisas eternas e não a fé natural que procede do mundo físico e está baseada nos 5 sentidos. Como está escrito:

“Aqueles que são dominados pela natureza humana pensam em coisas da natureza humana, mas os que são controlados pelo Espírito pensam em coisas que agradam o Espírito. Portanto, permitir que a natureza humana controle a mente resulta em morte, mas permitir que o Espírito controle a mente resulta em vida e paz. Pois a mentalidade da natureza humana é sempre inimiga de Deus. Nunca obedeceu às leis de Deus, e nunca obedecerá. Por isso aqueles que ainda estão sob o domínio de sua natureza humana não podem agradar a Deus.”

‭‭Romanos‬ ‭8‬:‭5‬-‭8‬ ‭NVT; compare demais versões.

Pelo contrário, essa fé traz à existência no mundo físico o que já é realidade no mundo espiritual. Em outras palavras, traz da quarta dimensão para a terceira, da mesma forma como Deus fez desde o Gênesis e em toda a Escritura Sagrada. Através da sua palavra trouxe à existência o que vemos a partir do que não vemos, essa é a comunicação dos mundos espiritual (a fonte) com o físico (criado).

Ele diz que temos esse tesouro em vasos de barro, está se referindo ao espírito do homem ou novo nascido, procedente de Deus de onde vem o poder d’Ele que está atuando em nós (Ef 3:20 e Cl 1:29), ou seja em nossa parte natural. Por isso, diz que trazemos a mortificação de Cristo Jesus no nosso corpo para que a sua vida se manifeste também em nosso corpo mortal, isso significa que o espírito que é a vida, vivificará o nosso corpo mortal ou dará de sua vida ao nosso corpo que está sujeito à morte, ainda que ele esteja se desgastando com o tempo, porém, se recebermos pela fé a vida que há no espírito, seremos restaurados, ainda que ele não seja eterno como o espírito que vai se renovando dia a dia, ou seja, as forças contrárias entre si presentes em nós. Para isso, precisamos fazer morrer os atos da carne através do corpo, pela novo modo de vida.

O morrer de Jesus é o fato dele nunca ter dado vazão à carne apesar dos apelos, pois Ele também era humano, assim como nós hoje, temos as duas naturezas em nós. Ele fez isso para nós. Ele foi a semente divina que morreu em nosso favor e germinou nos dando sua vida eterna. Por isso, o tesouro em vaso de barro. Ele é a fonte da vida e da luz. E como recebemos tudo isso? Pela fé, a mesma fé do Filho de Deus. E colocamos nossa atenção nas coisas que só são visíveis pela fé e não nas que estão bem diante de nós, pois aquelas são eternas e estas passageiras.

E onde está essa fé do Filho de Deus tão poderosa?

Na mesma natureza d’Ele, no nosso espírito que está em união eterna com o Espírito Santo que tem todo o poder. É o Espírito Santo, Pai, que guia nosso novo ser, Filho, nessa jornada da fé, através do seu alimento próprio que é a palavra e é a verdade eterna, pois ele é o nosso Guia que testifica da Verdade, porque é o Espírito da Verdade. Esse processo desencadeia o poder para a parte natural que necessita da glória de Deus e é tendenciosa e ávida a praticar as obras das trevas. Isso se dá tanto pelos frutos do nosso espírito que vai crescendo e gerando de acordo com a sua própria natureza, quanto pelos dons gerados do poder do Espírito Santo.

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