Vencendo as Porfias (Contendas): A Obra da Carne que Causa Divisão na Igreja

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Em nosso caminhar cristão, somos constantemente confrontados com desafios que testam nossa fé e nosso caráter. Um dos mais sutis e destrutivos é a “contenda”, uma das obras da carne listadas pelo apóstolo Paulo. Em nosso recente estudo bíblico, mergulhamos no significado da palavra grega Eris (contenda, porfia ou disputa) para entender como essa semente de discórdia opera e como podemos vencê-la através do Espírito.
O que a Bíblia Diz sobre a Contenda (Eris)?
O estudo começa em Gálatas 5:20, mas a primeira ocorrência que analisamos está em Romanos 1:29:
“Cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda [Eris], dolo e malignidade; sendo difamadores.”
O irmão Vinícius explicou que essa lista descreve a condição humana após a rejeição a Deus. A contenda, nesse contexto, é a disputa carnal, a discussão que nasce do ego e busca a autoafirmação. No entanto, existe uma “batalha” que é boa e necessária.
“É necessário para nós hoje, como filhos de Deus, […] não contender com a parte humana e através da parte humana, mas contender com a parte humana pelo Espírito. Ou seja, começando em nós particularmente, impor pelo Espírito, aquilo que o Espírito Santo nos conduz, impor sobre nós mesmos.”
Essa disputa deve ser interna, onde o Espírito convence alma e domina a nossa carne, e não uma rivalidade destrutiva contra nossos irmãos.
Você Vive na Luz ou nas Trevas? O Alerta Contra a Contenda
O apóstolo Paulo nos exorta em Romanos 13:13 a vivermos de uma maneira que reflita nossa nova identidade em Cristo:
“Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes.”
Logo, ser um “filho do dia” significa manifestar a luz de Cristo que habita em nós, explica a pastora e professora Sandra Ribeiro. A contenda, junto com outros vícios, pertence às obras das trevas. Como foi destacado no estudo, a diferença entre os filhos de Deus e os do mundo precisa ser visível. Não podemos viver como se a obra de Cristo não tivesse poder para nos transformar. O compromisso com a verdade da Escritura nos chama a abandonar a desonestidade, as discórdias e a inveja, permitindo que a luz dissipe toda a escuridão em nós.
A Manifestação da Contenda na Igreja: “Eu Sou de Paulo, Eu Sou de Apolo”
Um dos exemplos mais claros de como a Eris opera está na igreja de Corinto. Em 1 Coríntios 1:11, Paulo confronta a divisão:
“Pois a vosso respeito, meus irmãos, fui informado pela casa de Cloe, de que há contendas entre vós.”
Qual era a causa dessas contendas? O partidarismo. As pessoas diziam: “Eu sou de Paulo”, “Eu sou de Apolo”, “Eu sou de Cefas”. Estavam criando facções, elevando homens e quebrando a unidade do Corpo de Cristo. Paulo os repreende, questionando: “Acaso Cristo está dividido?” (v. 13).
O Sinal Máximo da Carnalidade na Igreja
Essa atitude era um sintoma de um problema mais profundo: a imaturidade espiritual. Em 1 Coríntios 3:3, Paulo é direto:
“Porque havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem?”
Ele os chama de “crianças em Cristo” (népios), incapazes de receber o “alimento sólido” da Palavra porque ainda estavam dominados pelas obras da carne. A presença de ciúmes, discussões e divisões é a prova de que a carne, e não o Espírito, está no controle.
A Lei da Colheita: O que Você Está Plantando?
Então, o sermão culmina com a lei espiritual da semeadura e colheita. Até mesmo a pregação do evangelho pode ser feita com a motivação errada, como Paulo aponta em Filipenses 1:15:
“Alguns, efetivamente, proclamam a Cristo por inveja e porfia [Eris]; outros, porém, o fazem de boa vontade.”
A questão central não é apenas o que fazemos, mas por que fazemos. Como a pastora Sandra Ribeiro concluiu, usando a analogia da agricultura:
“O que vai determinar a nossa colheita é a semente que a gente escolhe para plantar. […] Aquele que plantar na carne, da carne colherá. Quem plantar no Espírito, do Espírito colherá. Cada semente dá de acordo com a sua espécie.”
Se plantamos contenda, orgulho e divisão, colheremos destruição e estagnação. Mas se escolhermos plantar as sementes do Espírito — amor, paz, unidade — colheremos vida eterna e veremos o Corpo de Cristo edificado.
Conclusão: A Escolha de Andar como Filhos da Luz
Portanto, vencer a contenda é uma decisão diária de submeter nossa vontade à vontade do Espírito Santo. É escolher a unidade em vez da divisão, o amor em vez da inveja, e a edificação mútua em vez da disputa. Que possamos recobrar o juízo, como foi dito, e escolher as boas sementes que o Pai nos deu, para que nossa vida produza uma colheita farta para a glória do nosso Senhor Jesus Cristo.