A TROCA DIVINA: Pecado pela GRAÇA e a Morte pela JUSTIÇA| GÁLATAS 5 | IMERSOS NO ESPÍRITO

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Você já se sentiu preso tentando agradar a Deus através de regras e esforços próprios? A carta aos Gálatas traz um alerta poderoso sobre essa armadilha. Neste estudo bíblico profundo, baseado em Gálatas 5:4 e expandido por outros textos cruciais, a Pastora Sandra Ribeiro e o irmão Vinícius, no podcast “Segundo o Espírito da Verdade do Evangelho“, nos guiam a entender a diferença vital entre viver pela lei e viver na graça libertadora de Cristo – a verdadeira troca divina.
O Alerta de Gálatas 5:4: Separados de Cristo, Caídos da Graça
O ponto de partida é direto e impactante:
Gálatas 5:4 (ARA): “De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes.”
A pastora enfatiza, comparando diversas versões bíblicas (NTLH, TB, NVT, A21, VFL, ARC, BLT, Católica, OL, NBV, Mensagem, ARA), que a mensagem é consistente: buscar ser aceito por Deus através da obediência à lei resulta em separação de Cristo e perda do acesso à Sua graça. Por quê? Porque a graça é o caminho estabelecido por Deus através de Jesus, o Messias prometido. Voltar à lei é negar a suficiência da obra de Cristo, é tentar se purificar por um meio que nunca teve o poder de transformar, apenas de mostrar o pecado. Como explicado, é como dizer “só nascendo de novo”, mas mesmo um renascimento na mesma “matéria” corrupta não resolveria – a solução precisava vir de fora, de Deus.
A Limitação da Lei e a Corrupção da Carne
A lei, embora santa e espiritual, encontra um obstáculo intransponível: a natureza humana decaída. A pastora explica que a “carne”, nossa constituição física e seus desejos após a Queda, está corrompida pelo pecado. Consequentemente, o próprio “sangue” (a vida, a essência) que deveria, sob a lei antiga, fazer propiciação, também está contaminado.
“A carne não produz nada que se aproveite… se o sangue que deveria fazer o pagamento… está sujo, então não tem como fazer esse pagamento.”
Citando Hebreus, que afirma que “não há redenção de pecados se não pelo derramamento de sangue”, fica claro que era necessário um sangue perfeito, imaculado: o de Jesus Cristo, oferecido pelo Espírito Eterno (Hebreus 9:14). A lei foi dada para ressaltar as transgressões, para que o pecado fosse reconhecido (Romanos 5:20), não para ser o meio de salvação. A promessa da justificação pela fé veio antes da lei (a Abraão), indicando o plano superior de Deus.
Desvendando “Katargeo”: A Anulação do Poder do Pecado
Um conceito chave explorado é o da palavra grega Katargeo (καταργέω). Seu significado, derivado de kata (abaixo de) e argeo (estar ocioso, inativo, derivado de ergon – trabalho), inclui:
- Tornar indolente, inativo, inoperante.
- Privar de força, influência, poder.
- Fazer cessar, anular, abolir.
- Separar de, liberar de.
A pastora aplica isso de forma brilhante: Cristo veio para tornar o “corpo do pecado” katargeo – “desempregado”, inativo em seu domínio sobre nós. A lei não podia fazer isso. O estudo cita a parábola da figueira estéril (Lucas 13:7), onde a árvore infrutífera estava “ocupando inutilmente [katargeo] a terra”. A aplicação se estende: a incredulidade humana não pode anular (katargeo) a fidelidade de Deus (Romanos 3:3), e a fé não anula (katargeo) a lei, mas a confirma pelo Espírito (Romanos 3:31). Se a herança viesse pela lei, a fé seria anulada (katargeo) e a promessa cancelada (katargeo) (Romanos 4:14).
Romanos 6: Crucificados com Cristo, Livres para Viver
O ápice da aplicação de Katargeo está em Romanos 6:
Romanos 6:6 (ARA): “sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído [katargeo], e não sirvamos o pecado como escravos.”
Este versículo, analisado em múltiplas versões (NTLH, NBV, OL, Católica, BLT, NVI, ARC, VFL, NVT, TB, Mensagem), revela a verdade posicional do crente:
- Nosso “Velho Homem” Morreu: A antiga natureza pecadora, o “eu” que vivia sob o domínio do pecado, foi legalmente crucificado com Cristo. Diante de Deus, isso é um fato consumado.
- O Corpo do Pecado “Destruído/Desfeito”: O corpo, como instrumento do pecado, teve seu poder dominante anulado (katargeo). Ele foi “desempregado” de sua antiga função.
- Libertos da Escravidão: O propósito é claro: “não sirvamos mais ao pecado como escravos”. Fomos libertos para viver uma nova vida.
Vivendo a Nova Identidade: De Escravo a Filho
A pastora enfatiza que essa realidade espiritual precisa ser vivida na prática. Não é automático. A vida cristã é vivida “pela fé do Filho de Deus” (Gálatas 2:20). A alma, agora habitada pelo Espírito Santo, precisa aprender a se sujeitar a Ele para vencer os desejos remanescentes da carne.
É um processo de crescimento:
- Alimentação Espiritual: Precisamos do “leite genuíno espiritual” (1 Pedro 2:2) para crescer.
- Renovação da Mente: A Palavra lava nossa consciência e transforma nossa maneira de pensar.
- Subjugação da Carne: O Espírito nos capacita a dizer “não” aos velhos hábitos e desejos.
- Fruto do Espírito: O caráter de Cristo (amor, alegria, paz, etc.) é desenvolvido em nós, substituindo as obras da carne.
Quem nasce de novo e cresce espiritualmente deixa de ser uma “marionete” dos desejos da carne ou das influências externas e passa a viver como filho de Deus, refletindo Sua justiça e buscando agradá-Lo.
A Unidade Inabalável no Corpo de Cristo
O estudo conclui com uma forte ênfase na unidade da Igreja. Se todos os crentes têm o mesmo Senhor, isto é, o Senhor Jesus, o mesmo Espírito e a mesma fé (Efésios 4:4-6), a divisão denominacional baseada em interpretações humanas ou legalismos é contrária ao plano de Deus. A verdadeira Igreja é um corpo espiritual, unido em Cristo, transcendendo barreiras geográficas ou temporais, incluindo os santos que já estão na glória. O chamado é para pensar com a “mente de Cristo” (1 Coríntios 2:16), buscando a unidade do Espírito.
Oração e Conclusão: Firmados na Graça
As orações finais baseadas em Efésios 3:14-21 e Efésios 1:15-23 reforçam o desejo por um profundo conhecimento e experiência do amor, poder e sabedoria de Deus. A essência da mensagem é um retorno à simplicidade e poder do Evangelho: a justificação não vem por nossos esforços na lei, mas pela fé na obra consumada do Senhor Jesus Cristo – a maravilhosa troca divina que nos deu graça e vida em lugar de pecado e morte. Devemos confiar na fidelidade de Deus e crescer nessa graça abundante.