IMERSOS NO ESPÍRITO: Você é Escravo da Lei ou Filho Livre da Promessa? | GÁLATAS 4:25-28

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Você já parou para pensar qual aliança rege a sua vida espiritual? Somos guiados pela tentativa de cumprir regras e leis para alcançar a Deus, ou vivemos na liberdade que vem pela fé na promessa d’Ele? No estudo profundo de Gálatas 4, versículos 25 a 28, conduzido pela Pastora Sandra Ribeiro e o irmão Vinícius, “Segundo o Espírito da Verdade do Evangelho“, somos confrontados com essa questão vital através da poderosa alegoria das duas alianças.
A Alegoria das Duas Alianças: Agar vs. Sara (Gálatas 4:25-26)
O apóstolo Paulo utiliza a história de Abraão e seus dois filhos, Ismael (nascido da escrava Agar) e Isaque (nascido da livre Sara), como uma ilustração de duas formas de se relacionar com Deus.
Agar: A Escravidão da Lei e a Jerusalém Terrena (v. 25)
Paulo explica que Agar representa a aliança feita no Monte Sinai, na Arábia. Essa aliança corresponde à “atual cidade de Jerusalém”, que, por se apegar à Lei mosaica na tentativa de justificação, “está escravizada com seus filhos” (Gálatas 4:25). Essa é a abordagem terrena, natural, que gera filhos para a escravidão, pois se baseia no esforço humano e na carne, incapaz de agradar a Deus ou de gerar a verdadeira vida espiritual. É a mentalidade que não compreende a obra redentora do Messias e permanece presa a rituais e preceitos externos.
Sara: A Liberdade da Promessa e a Jerusalém Celestial (v. 26)
Em contraste, Sara representa a “Jerusalém lá de cima”, a Jerusalém celestial, espiritual, invisível aos olhos naturais. Esta Jerusalém “é livre, a qual é a nossa mãe” (Gálatas 4:26). Ela representa a nova aliança firmada na promessa de Deus, recebida pela fé em Jesus Cristo. Nós, que cremos, somos filhos desta Jerusalém celestial, nascidos não segundo a carne ou a vontade humana, mas segundo o Espírito, através da promessa divina. A palavra grega para “de cima” ou “do alto” (Anō) carrega a ideia de algo celestial, oposto ao terreno, enfatizando a origem divina e espiritual da nossa filiação.
Nascidos do Alto: Vivendo na Realidade Espiritual
Essa distinção entre as duas Jerusaléns nos chama a uma nova realidade. Se nossa “mãe” é a Jerusalém celestial, então nossa cidadania e nossa perspectiva devem ser celestiais. Deus é Espírito, e busca adoradores que O adorem em espírito e em verdade (João 4:24). A vida cristã autêntica não é uma mera conformidade externa, mas uma transformação interna operada pelo Espírito Santo.
Buscando as Coisas do Alto (Colossenses 3:1-2)
Como filhos da Jerusalém livre, somos exortados: “Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra” (Colossenses 3:1-2). Nossa mentalidade precisa mudar. Não somos mais meros seres humanos presos à esfera terrena; pela fé, já fomos ressuscitados com Cristo Jesus e devemos viver de acordo com essa nova identidade, focando nas realidades eternas e espirituais.
Filhos da Promessa: A Alegria da Herança (Gálatas 4:27-28)
Paulo reforça nossa identidade ao citar o profeta Isaías e aplicar diretamente a nós a condição de filhos da promessa.
A Profecia de Isaías e a Vitória da Graça (v. 27)
“Pois está escrito: Regozije-se, ó estéril, você que nunca teve filho; grite de alegria, você que nunca esteve em trabalho de parto; porque mais são os filhos da mulher abandonada do que os daquela que tem marido” (Gálatas 4:27, citando Isaías 54:1).
A mulher estéril (Sara/Igreja da fé) se alegraria, pois seus filhos (nascidos pela promessa/fé) seriam mais numerosos que os da mulher que tinha marido (Agar/Israel sob a Lei). Isso aponta para a vasta colheita de filhos de Deus entre todas as nações através da fé em Cristo, superando a limitação da aliança baseada na Lei.
Como Isaque: Nossa Identidade como Herdeiros (v. 28)
A conclusão de Paulo é clara e direta para os crentes: “Vocês, irmãos, são filhos da promessa, como Isaque” (Gálatas 4:28). Nossa filiação não vem do esforço legalista (como Ismael, nascido “de modo natural”), mas do poder sobrenatural de Deus que cumpre Sua promessa pela fé (como Isaque, nascido “segundo o Espírito”). Somos herdeiros da mesma promessa feita a Abraão, justificados pela fé.
O Fundamento Inabalável: Fé, Graça e a Verdade Eterna
Todo esse entendimento se baseia na natureza de Deus e na Sua Palavra.
A Fé Exemplar de Abraão (Romanos 4)
A justificação sempre foi pela fé, como vemos no exemplo de Abraão. Ele creu em Deus “que dá vida aos mortos e chama à existência coisas que não existem, como se existissem” (Romanos 4:17). A promessa veio pela fé para que fosse pela graça, garantida a toda a descendência de Abraão – não só os judeus sob a Lei, mas todos (judeus e gentios) que compartilham da fé de Abraão em Cristo (Romanos 4:16).
A Palavra de Deus: Nossa Rocha Firme (Salmo 119:160)
A base de nossa esperança é a própria Palavra de Deus. “A soma da tua palavra é a verdade, e cada uma das tuas justas ordenanças dura para sempre” (Salmo 119:160 – NVI). As promessas de Deus são eternas e verdadeiras. Nosso fundamento é o Senhor Jesus Cristo, a Palavra Viva, e as Escrituras inspiradas pelo Espírito da Verdade. É nesta Palavra que somos santificados e encontramos o alicerce seguro para nossa vida.
Conclusão: Andando na Liberdade do Espírito
O estudo de Gálatas 4:25-28 nos desafia a examinar nosso coração: estamos vivendo como filhos da escrava Agar, presos a regras e esforços humanos, ou como filhos da livre Sara, desfrutando da liberdade gloriosa que temos em Cristo Jesus pela fé? A resposta define nossa experiência cristã. Somos chamados a viver como filhos da promessa, herdeiros de Deus, guiados pelo Espírito e com nossos corações e mentes fixos nas coisas do Alto, onde o Senhor Jesus Cristo reina.