A VERDADEIRA CIRCUNCISÃO | GÁLATAS 5 e COLOSSENSES 2 | IMERSOS NO ESPÍRITO

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Introdução: Além do Ritual, Rumo à Realidade Espiritual
Muitas vezes, lemos sobre a circuncisão na Bíblia e a associamos apenas a um antigo ritual judaico. Mas será que a Palavra de Deus, especialmente nos escritos do apóstolo Paulo, não nos aponta para um significado muito mais profundo e transformador? No estudo “A Verdadeira Circuncisão”, baseado principalmente em Gálatas 5 e Colossenses 2, a Pastora Sandra Ribeiro nos guia através das Escrituras para descobrir a essência espiritual por trás do símbolo físico. Partindo de Gálatas 5:2, mergulhamos em Colossenses 2:11 para entender uma circuncisão “não feita por mãos humanas”. O que isso realmente significa para nossa vida com Cristo?
O Despojamento em Cristo: A Circuncisão Espiritual (Colossenses 2:11)
O ponto central inicial é Colossenses 2:11:
“Nele também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo.”
A pastora destaca que essa circuncisão já aconteceu para aqueles que estão em Cristo. Não é um ato físico, mas um “despojamento” (apékdysis no grego, uma palavra rara que significa o ato de despir-se, de desnudar-se). Essa ação espiritual nos foi concedida pela nossa união com Cristo.
O Significado de “Despojamento” e a Vitória na Cruz
A palavra apékdysis vem de apékdyomai, que significa “despojar-se inteiramente”, “desarmar”. Isso nos remete diretamente a Colossenses 2:15: “E, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz.” A cruz, que aos olhos humanos parece vergonha e loucura (como Paulo argumenta em 1 Coríntios 1:18, 23), foi o palco onde Cristo desarmou as forças espirituais inimigas. Da mesma forma, em Colossenses 3:9, somos lembrados: “Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos.” Em Cristo, já fomos legalmente separados da velha natureza, embora a vivência disso seja um processo de fé e crescimento diário – a batalha entre a natureza carnal e a natureza espiritual.
A Batalha da Fé: Vivendo a Realidade Espiritual
A vida cristã, portanto, não se baseia no que vemos ou em rituais externos, mas na fé que se apropria dessa realidade espiritual já conquistada por Cristo. É uma luta constante, como a pastora enfatiza, onde a natureza que alimentamos mais (a carnal ou a espiritual, nutrida pela Palavra) prevalecerá. A dificuldade humana reside em colocar o Reino de Deus em primeiro lugar (Mateus 6:33) e desenvolver essa salvação que recebemos.
A Esperança Gloriosa: Despidos para Sermos Revestidos (2 Coríntios 5)
Analisando a palavra ekdyo (despir-se), a pastora nos leva a 2 Coríntios 5:4:
“Pois, na verdade, os que estamos neste tabernáculo gememos angustiados, não por querermos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida.”
A esperança do crente não é simplesmente “despir-se” do corpo físico (morrer), mas ser “revestido” com o corpo glorioso, a morada celestial. A circuncisão de Cristo nos prepara para essa transformação final, onde o que é corruptível será revestido de incorruptibilidade.
A Verdadeira Circuncisão é do Coração: Lições de Romanos, Gálatas e Filipenses
A parte mais extensa do estudo se debruça sobre a palavra peritome (circuncisão), contrastando o ritual judaico com a realidade espiritual.
Ritual vs. Realidade no Livro de Romanos
Em Romanos 2:25-29, Paulo é categórico: a circuncisão física só tem valor se a Lei for praticada (o que é impossível para o homem). Caso contrário, torna-se incircuncisão.
“Porque não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é somente na carne. Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra…” (Romanos 2:28-29).
A justificação não vem do ritual, mas da fé, como demonstrado em Romanos 4:9-12 ao analisar Abraão, que creu e foi justificado antes de ser circuncidado, tornando-se pai de todos os que creem, circuncisos ou não. Deus justifica ambos pela fé (Romanos 3:30).
A Irrelevância do Status Externo em Gálatas e Filipenses
Gálatas reforça essa verdade. Paulo confronta Pedro por sua hipocrisia ao separar-se dos gentios por medo dos “da circuncisão” (Gálatas 2:12). Ele afirma que o evangelho foi confiado a ele para os incircuncisos (gentios) e a Pedro para os circuncisos (judeus), mas operado pelo mesmo Espírito (Gálatas 2:7-8). A grande conclusão está em Gálatas 6:15:
“Pois nem a circuncisão é coisa alguma, nem a incircuncisão, mas o ser nova criatura.”
Em Filipenses 3:3, Paulo declara:
“Porque nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos a Deus no Espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne.”
Ele lista suas credenciais judaicas (Filipenses 3:5), mas as considera como refugo para ganhar a Cristo. Finalmente, Colossenses 3:11 resume:
“no qual não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo em todos.”
Conclusão: Nova Criatura em Cristo Pela Fé
O estudo nos leva a uma conclusão clara e libertadora: rituais externos e identidades baseadas na carne não têm valor para a justificação ou para a vida com Deus. A verdadeira circuncisão é uma obra interna do Espírito Santo no coração daqueles que creem em Jesus Cristo, separando-os do poder da velha natureza e unindo-os a Cristo. O que importa é ser uma “nova criatura”, vivendo pela fé no Filho de Deus, crescendo no conhecimento da Sua Palavra e permitindo que o Espírito Santo nos guie em verdade.
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