Epithumeó: O Desejo Ardente no Evangelho – Ver o Filho, o Reino e a Páscoa | IMERSOS NO ESPÍRITO

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Bem-vindo a mais um estudo profundo da Palavra de Deus aqui na Deus e Nós Igreja Online! Hoje, mergulharemos no significado e nas implicações da palavra grega “Epithymeo” (ou Epithumeó), explorando como esse “desejo ardente” se manifesta no Evangelho, desde o anseio por ver os dias do Filho do Homem até a compreensão do Reino de Deus em nós e a importância da Páscoa na vida de Cristo e na nossa. Prepare seu coração para ser edificado!
Desvendando “Epithymeo”: O Anseio Pela Vinda de Cristo e o Reino Interior
No início de nossa jornada, encontramos a palavra “Epithymeo” (Strong G1937), que significa “girar em torno de algo, ter um desejo, anelar por, desejar, cobiçar, ansiar”. Em Lucas 17:22, Jesus dirige-se aos discípulos:
“Virá o tempo em que desejareis (Epithymeo) ver um dos dias do Filho do Homem, e não o vereis.”
Isso nos leva a uma reflexão crucial: o Reino de Deus não vem com aparência visível ou de forma que os homens esperavam, como os fariseus questionaram (Lucas 17:20). Jesus esclarece:
“não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós.” (Lucas 17:20b-21).
O verdadeiro Reino é uma realidade espiritual, internalizada naqueles que recebem Jesus como Senhor, uma preparação para o encontro futuro com Ele. Aqueles que O rejeitaram, mesmo O tendo diante de si, não O viram como realmente era. Nós, que cremos sem ver, somos chamados bem-aventurados.
O Desejo de Cristo na Páscoa e Sua Vitória Sobre o Maligno
O próprio Jesus experimentou esse “Epithymeo”. Em Lucas 22:15, Ele diz:
“Tenho desejado (Epithymeo) ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes do meu sofrimento.”
Esse era o desejo do Cordeiro de Deus de partilhar Seus últimos momentos com os Seus, cumprindo cada detalhe das Escrituras.
Esse sofrimento e entrega não foram em vão. Como lemos em Hebreus 2:14 (VFL):
“Os filhos são pessoas de carne e sangue. Por isso Jesus também se tornou como eles e participou da natureza humana deles. Ele fez isso para que, por intermédio da sua morte, pudesse derrotar aquele que tem o poder sobre a morte, isto é, o diabo.”
É fundamental entender que, embora Jesus tenha Se entregado voluntariamente, isso fazia parte do plano divino para vencer Satanás, que detinha o domínio da morte através do pecado. Jesus, sem pecado, tornou-Se o sacrifício perfeito.
A Luta Diária: Vivendo Pelo Espírito Para Vencer a Carne
A vida cristã é marcada por uma tensão constante, descrita em Gálatas 5:17:
“Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer.” Somos como em um “cabo de força”, e vencerá o lado que mais alimentarmos.
A exortação é clara: se recebemos a nova vida pelo Espírito, devemos andar com Ele, permitindo que Ele comande nossas vidas para não satisfazermos os desejos da carne. Isso não é sobre alimentar o corpo físico, mas sim a natureza pecaminosa. Precisamos desbloquear a mente de Cristo em nós e frutificar a semente do Reino, sabendo que, mesmo em nosso melhor, ainda conhecemos e profetizamos em parte.
O Exemplo de Paulo: Contentamento e a Pureza do Evangelho
O apóstolo Paulo nos oferece um exemplo poderoso de um ministério livre da cobiça. Em Atos 20:33, ele declara:
“De ninguém cobicei (Epithymeo) prata, nem ouro, nem vestes.”
Seu foco não estava nas riquezas terrenas, mas na pregação do Evangelho da Graça e do Reino (Atos 20:24-25).
Como podemos vencer a cobiça em nossas vidas? Recebendo do Espírito Santo a sinceridade e a verdade. Ao conhecê-Lo, nosso desejo se volta para o que Ele tem para nós em Si mesmo, e não para as coisas deste mundo ou o que pertence a outros. Podemos orar: “Pai, dá-me tudo aquilo que Tu tens para mim em Ti… Me prepara, me faz amadurecer e crescer para que eu possa Te honrar.” Essa oração sincera nos conduzirá ao propósito de Deus para nós no Corpo de Cristo.
A Lei Revela o Pecado, Mas Cristo Nos Traz Verdadeira Liberdade
A lei tem um papel fundamental, como Paulo explica em Romanos 7:7:
“Que diremos, pois? É a lei pecado? De modo nenhum! Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça (Epithymeo), se a lei não dissera: Não cobiçarás.” A lei expõe o que está na carne e condena o pecado.
Jesus Cristo já resolveu a questão do pecado. Embora ainda pequemos, não devemos usar isso como desculpa para vivermos atolados. Em Cristo, temos liberdade, como afirma 1 Coríntios 6:12 (NBV):
“Posso fazer qualquer coisa que eu quiser, mas algumas dessas coisas não são boas pra mim. Mesmo que me seja permitido fazê-las, eu recusarei se achar que elas terão um domínio sobre mim que não poderei facilmente deixar quando quiser.”
A verdadeira liberdade espiritual nos leva a fazer escolhas sábias, honrando a Deus com nosso corpo, não nos tornando escravos de nossos caprichos.
Mergulhados na Plenitude: O Poder Infinito de Deus em Nós
A oração de Paulo em Efésios 3:14-21 é um convite para experimentarmos a profundidade do amor de Cristo e o poder de Deus em nós:
“Oro que, das suas riquezas gloriosas e ilimitadas, ele conceda a vocês o poderoso fortalecimento interior por meio do seu Espírito Santo. E oro para que Cristo habite em seus corações, à medida que confiarem nele… para que… possam compreender a largura, o comprimento, a altura e a profundidade do amor de Cristo… e, dessa maneira, vocês ficarão cheios de toda a plenitude do próprio Deus. Agora, glória seja dada a Deus, que, pelo seu grandioso poder operando em nós, é capaz de fazer muito mais do que jamais ousaríamos pedir ou mesmo imaginar…”
Esse poder opera em nós, nos tornando capazes de viver além de nossas mais altas orações e esperanças. Isso só é possível quando vivenciamos a Palavra, colocando-a em prática.
Conclusão: Crescendo na Graça e no Pleno Conhecimento de Cristo
Assim, este estudo sobre “Epithymeo” nos desafia a direcionar nossos desejos para Deus, a viver pelo Espírito, a buscar contentamento e a exercer nossa liberdade em Cristo com sabedoria. Que possamos experimentar a paz que excede todo entendimento, crescendo diariamente na graça e no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.