QUAL CORAÇÃO VOCÊ ESCOLHE: Escravidão ou Liberdade? | Gálatas 5 | IMERSOS NO ESPÍRITO

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Introdução: Mergulhando na Essência dos Nossos Desejos
Na nossa jornada “Imersos no Espírito”, a Pastora Sandra Ribeiro e o irmão Vinícius nos conduzem por uma análise reveladora da palavra grega Epithymeo – um termo que encapsula o desejo intenso, a cobiça e o anseio. Este estudo bíblico profundo nos convida a refletir: nossos desejos nos levam à escravidão ou à verdadeira liberdade em Cristo Jesus? Com base em Gálatas 5 e outros textos cruciais, vamos desvendar como o Espírito Santo nos guia.
Epithymeo: O Desejo que Define Destinos (Romanos 13:9)
O ponto de partida da nossa reflexão é Romanos 13:9:
“Pois isto: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não cobiçarás [Epithymeo], e, se há qualquer outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”
O irmão Vinícius destaca que, enquanto Jesus instruiu os fariseus (ainda não salvos e sem o Espírito Santo) a “Amarás o teu Deus acima de todas as coisas e o teu próximo como a ti mesmo”, o Apóstolo Paulo, escrevendo à Igreja (aqueles que já receberam o Espírito), foca no “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Por quê? Porque, para os filhos de Deus, o amor a Deus já deveria ser uma realidade interna, estabelecida pela presença do Espírito. O desafio passa a ser a manifestação prática desse amor divino no relacionamento com o próximo.
A Alma Antes de Cristo: Um Protagonismo Perdido
Antes de nascermos do alto, somos alma e corpo, e o “espírito das trevas” age de forma oculta, como se fosse a própria alma. A pastora Sandra Ribeiro descreve isso como um “envelopamento do espírito das trevas sobre a alma”, onde a alma perde o protagonismo da sua própria existência, tornando-se coadjuvante.
“A alma perdeu a si mesma… Aquele que quiser ganhar a sua alma… deve renunciar a si mesmo, porque a alma perdeu o seu protagonismo, ela foi vendida como escrava ao pecado. Então outro passou a ser o seu senhor.”
Essa condição impedia um verdadeiro amor a Deus, pois o “deus” no coração era, na verdade, esse espírito enganador, promovendo o egoísmo e a auto-adoração.
A Lei e a Graça: Da Incapacidade à Capacitação Divina
O Propósito da Lei: Revelar o Pecado e Apontar para Cristo
Por que Deus deu a Lei, sabendo da incapacidade humana de cumpri-la?
“Para mostrar justamente porque eram tão orgulhosos… E eu acredito que um pouco mais do que isso, é para mostrar para o ser humano mesmo que é necessário alguém mais forte… indicar o Messias.”
A Lei tinha a finalidade de ressaltar o pecado, dar nome às transgressões e mostrar a necessidade de um Salvador. As cerimônias e rituais do Antigo Testamento eram sombras, figuras que apontavam para a realidade em Cristo Jesus, que trata da alma, e não apenas do corpo.
Liberdade em Cristo: A Lei Cumprida pelo Amor no Espírito
Para a Igreja, a vida não é mais sob a condenação da Lei, mas sob a graça capacitadora do Espírito Santo.
“Se vivemos pelo Espírito, então a gente cumpre toda a lei. Por quê? Porque o amor… vivendo pelo Espírito, vai fazer com que esse cumprimento ocorra.”
Isso não anula os padrões de Deus, pois Ele não muda. Matar, roubar, adulterar continuam sendo pecado. A diferença é que, em Cristo, recebemos uma nova natureza e o poder do Espírito para vivermos de acordo com o caráter divino, não por esforço próprio, mas pela obra transformadora de Deus em nós.
Alertas do Deserto: Aprendendo com os Erros de Israel (1 Coríntios 10)
O Apóstolo Paulo, em 1 Coríntios 10:6, 11, usa as experiências de Israel no deserto como exemplos e advertências:
“Ora, estas coisas se tornaram exemplos [typos] para nós, a fim de que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram… Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa.”
A cobiça, a idolatria (assentar-se para comer e beber e levantar-se para divertir-se, esquecendo-se de Deus), a imoralidade e a murmuração dos israelitas resultaram em juízo. Eles beberam da “pedra espiritual que os seguia, e a pedra era Cristo”. Contudo, não entraram na Terra Prometida física, o que prefigura que a mera observância externa da Lei não garante a entrada na verdadeira Terra Prometida – a Pátria Celestial, que é alcançada pela fé em Cristo e pela vida no Espírito.
A Igreja Universal: Além das Denominações
A verdadeira Israel de Deus é formada por todos aqueles, judeus e gentios, que estão unidos ao Senhor Jesus Cristo pelo Seu Espírito, independentemente de placas denominacionais.
“A Igreja de Cristo é uma única organização que é mundial… formada por almas que estão em união com o Espírito de Cristo Jesus.”
Liderança Espiritual Autêntica: Maturidade e Dons do Espírito (1 Timóteo 3:1)
Ao abordar 1 Timóteo 3:1, “Se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja”, a Pastora Sandra explora o significado de episcopê (supervisão, ofício de um ancião).
“Significa que não pode ser alguém jovem… não necessariamente jovem de idade, mas jovem espiritualmente… alguém que não tem muito conhecimento da palavra de Deus e não sabe enfrentar as hostes espirituais.”
A liderança na igreja não é para neófitos, mas para aqueles que demonstram maturidade espiritual, testados e aprovados pelo Espírito Santo. Em 1 Coríntios 12, Paulo fala sobre os Pneumatikos (espirituais), referindo-se a pessoas cheias do Espírito, capacitadas com dons para edificar o corpo de Cristo. Deus não envia “crianças” espirituais para batalhas complexas, pois Ele equipa Seus servos no tempo certo e com as ferramentas certas.
O Privilégio Incompreensível da Nossa Salvação (1 Pedro 1:12)
O estudo culmina com a profunda verdade de 1 Pedro 1:12:
“A eles [os profetas do Antigo Testamento] foi revelado que, não para si mesmos, mas para vós outros, ministravam as coisas que, agora, vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho, coisas essas que anjos anelam [Epithymeo] prescrutar.”
Os patriarcas e profetas anunciaram uma salvação que eles mesmos não experimentariam plenamente em vida, mas que estava destinada a nós, a Igreja. A grandeza dessa salvação é tal que até os anjos desejam intensamente compreender a profundidade do plano de Deus em transformar pecadores em filhos.
“Olha só, até os anjos desejam, anseiam, cobiçam saber, entender melhor, investigar melhor, olhar para dentro de nós para saber que plano extraordinário foi esse que Deus fez em favor dos homens.”
Conclusão: Escolhendo o Coração que Vive em Liberdade
Este estudo nos chama a valorizar a graça de nosso Senhor Jesus Cristo. Os desejos do nosso coração (Epithymeo) podem nos levar por dois caminhos: o da cobiça pecaminosa, que gera escravidão, ou o do anseio pelas coisas de Deus, que, guiado pelo Espírito Santo, nos conduz à verdadeira liberdade e ao cumprimento do Seu propósito. A escolha é nossa, mas a capacitação vem d’Ele.
Este foi um resumo do estudo bíblico “QUAL CORAÇÃO VOCÊ ESCOLHE: Escravidão ou Liberdade?”. Para um aprofundamento completo, assista à pregação completa: