A mudança de ordem e o jejum (Parte 6)

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Em “A Mudança de Ordem e o Jejum (Parte 6)”, vamos explorar a profunda transformação que ocorre quando a vida do Espírito Santo preenche nosso ser. Desvendaremos a incompatibilidade entre o “remendo novo” da vida eterna e a “roupa velha” de nossa natureza corruptível, compreendendo como essa dinâmica impacta nossa jornada de fé. Analisaremos a angústia de Jesus no Getsêmani, o verdadeiro significado do jejum e como o Espírito Santo se torna nosso alimento e arma na luta contra o pecado. Prepare-se para descobrir como a Palavra de Deus ilumina o caminho da transformação à imagem de Cristo, revelando a verdadeira saciedade que só o Espírito pode oferecer.
Continue no estudo bíblico “A mudança de ordem e o jejum (Parte 6)” para aprofundar seu entendimento:
Remendo Novo em Roupa Velha: A Incompatibilidade entre o Corruptível e o Incorruptível
Em outras palavras, o remendo de pano novo seria uma porção ou parte da matéria incorruptível do novo corpo como resultado da vida do Espírito em nós colocado em roupa velha (corpo dessa matéria feita do pó), que segundo Rm 8:5-8 se traduz em inimizade contra Deus; ou seja, querer fazer voluntariamente, de coração os atos próprios de quem é celestial como Jesus (Jo 8:23) e só vai forçar a velha e mostrar ainda mais sua debilidade, incapacidade e até rasgar. E é exatamente o que vai acontecer na redenção do corpo humano que será destruído pelo poder da vida eterna, o Espírito que nos foi dado e essa é a garantia, porque é a verdade (1Jo 2:21; 5:11-13), mas não vai se perder nada porque seremos transformados. De qualquer maneira, ”Digo-lhes isto, irmãos: O corpo feito de carne e sangue não pode ter parte no reino de Deus. Nem o que é mortal pode ter a imortalidade.“ 1Co 15:50 VFL.
Imagem Terrena e Imagem Celestial: Suportando o Peso da Corrupção
”À semelhança do homem terreno, assim também são os da terra. E à semelhança do homem celestial, assim também são os do céu. Assim como TROUXEMOS a imagem do homem terreno, TRAREMOS também a imagem do homem celestial.“ 1 Coríntios 15:48-49 A21
A palavra destacada no grego é phoreō: ter um peso, desgastar como veste ou um ornamento constante: suportar, desgastar; de phoros: uma carga (que está sendo transportada), é substantivo de pherō: trazer o que é produzido, uma taxa sobre isso (pessoal). Ou seja, Jesus suportou o peso do pecado em si mesmo (pessoa física) por cada um de nós.
Jesus no Getsêmani: O Peso da Angústia e a Separação do Corruptível
Nesse corpo dessa matéria o peso é a corrupção da carne, enquanto ser humano e quanto ao novo será de glória como está descrito em 2Co 4:16-18, é o que está sendo produzido em nós por causa de Cristo Jesus. Essa palavra destacada deixa evidente do que aconteceu com Jesus no Getsêmani (jardim da prensa no monte das oliveiras, Lc 22:39), por outra palavra já estudada anteriormente no devocional (estudo bíblico) “A fraqueza da carne e o poder do Espírito” sobre a humanidade de Jesus.
Ademoneō, de derivado de adeō, estar farto a ponto de repugnância, estar mentalmente aflito, cheio de pesos, sentir-se muito pesado; essa é a palavra para a angústia de Jesus descrita em Mc 14:33, sobre sua alma sendo oprimida. As duas naturezas são opostas entre si e por isso, não se pode misturar o que é corruptível com o incorruptível e essa separação total será manifesta na redenção como resultado dessa santificação ou separação do mundo (Jo 17:17) onde de fé em fé através do poder contido no evangelho (Rm 1:16-17) somos transformados segundo à imagem de Cristo Jesus com a glória que vem dele que é o Espírito (2Co 3:18).
Jejum e Fragilidade Espiritual: A Vida no Espírito e a Verdadeira Saciedade
Sendo assim, o jejum ou a abstinência de alimentos só serve para mostrar ainda mais essa fragilidade em relação as coisas espirituais, pois a vida está no Espírito o qual dará vida ao corpo mortal (Rm 8:11). Assim, quando o Espírito é acrescido daquilo que lhe é próprio, espírito e vida (Jo 6:63), ele produz o fruto para saciar a alma sedenta e faminta das coisas que realmente satisfaz (Gl 5:22-23). Mas alguém vai perguntar: por que Jesus jejuou durante 40 dias no deserto?
O Jejum de Jesus: Cumprimento das Escrituras e Revelação da Verdadeira Luz
Ele cumpriu os 40 anos dos israelitas no deserto e precisava ser aperfeiçoado no sofrimento, passando por todas as coisas que os seres humanos passam, mas sem pecado e cumprir toda a escritura para apresentar a obra perfeitamente consumada no ápice da cruz para dar o verdadeiro descanso sabático às almas daqueles que creem nele, tanto judeus como gentios. Para ficar claro que não é a comida física, como foi no Gênesis que os pais da humanidade tinham muitas árvores belas e cujos frutos eram bons para alimentos. Mas naquele determinado fruto proibido por Deus, havia a morte e ela não é algo que se pode tocar, mas toca no físico com severidade, aquele fruto era físico, mas o mal contido nele não era. Era ela, a morte que não poderia ter entrado nos homens, mas entrou por escolha deles.
A Vitória de Jesus: O Espírito como Alimento e Arma da Milícia
Agora, Jesus que é a verdadeira luz veio revelando o oculto e tornou puros todos os alimentos (Mc 7:19). Mostrando que o mal já está dentro do coração dos homens e os escraviza ao pecado através das obras da carne, gerando a morte. Através da sua perfeita obediência (no Espírito) por tudo que sofreu e destruir aquele que tem o poder da morte, o Diabo. Os 4 primeiros capítulos de Hebreus explica bem todas essas questões. O jejum que Jesus fez no deserto não ajudou em nada a vencer Satanás, pelo contrário, a sua força vinha do ser interior, o Espírito; qualquer um no lugar de Jesus aceitaria qualquer proposta do Maligno para satisfazer sua justa necessidade física e real. Jesus venceu pela palavra de Deus que era o seu verdadeiro alimento como ele mesmo disse:
- “Jesus explicou: “O meu alimento é fazer a vontade de Deus, que me enviou, e terminar a sua obra.” João 4:34 OL;
- E “Mas Jesus respondeu: “Não! Porque as Escrituras dizem: ‘Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.’ ”” Mateus 4:4 OL.
Ele resistiu ao Diabo não por força humana, mas pelo Espírito, mostrando as armas certas da nossa milícia (2Co 10:3-4).
[CONTINUA: A mudança de ordem e o jejum (Parte 7)]