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Você já parou para analisar a “semente” que sai da sua boca todos os dias? Na nossa caminhada cristã, a transformação não é apenas externa, mas uma mudança profunda de natureza. No estudo bíblico desta semana, a Pastora Sandra Ribeiro e o irmão Vinícius nos conduziram a um banquete espiritual, explorando as raízes gregas do Novo Testamento para entendermos o que significa, de fato, viver o “Fruto do Espírito”.

Neste artigo, resumimos os pontos altos dessa ministração poderosa sobre a conduta do cristão, o perigo das “palavras torpes” e a certeza de que Deus completará a obra em nós.

O Mapa de Deus: Criados para Boas Obras (Agathos)

O estudo iniciou-se relembrando Gálatas 5:22 e aprofundando o conceito grego de Agathos (bom, útil, de natureza excelente). Não fomos salvos para ficar parados, mas para caminhar em um trajeto já desenhado por Deus.

“Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.” (Efésios 2:10)

Então, o irmão Vinícius, explicou que Deus, em Sua presciência, já sabia o resultado final e preparou o caminho. É como um mapa. Não devemos olhar para trás nem estagnar. Mesmo que, como crianças espirituais, a gente tropece no início, o chamado é para o avanço, para o desenvolvimento e para a próxima fase de maturidade.

A Troca de Natureza: Do “Tirar” para o “Doar“

Uma das marcas mais visíveis da conversão é a mudança na forma como lidamos com o próximo e com o trabalho. A análise de Efésios 4:28 revelou algo profundo sobre a alma humana.

“Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado.”

Logo, a palavra grega para furto aqui é Klepto (tomar para si, roubar). O Espírito Santo não apenas nos convence a parar de tirar o que é dos outros, mas implanta em nós uma natureza generosa. Ele dá ânimo e coragem para trabalhar, não apenas para o sustento próprio, mas para sermos abençoadores. A mente vazia é oficina de coisas ruins; a mente ocupada com o bem produz provisão e honra.

O Que é “Palavra Torpe”? (Muito Além do Palavrão)

Este foi o ponto central e mais impactante do estudo. Ao lermos Efésios 4:29, somos instruídos a não deixar sair da nossa boca nenhuma “palavra torpe”. Mas o que isso significa?

“Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e assim transmita graça aos que ouvem.”

A Pastora Sandra Ribeiro destacou o significado original de “torpe” (Sapros):

• Podre ou apodrecido;
• Corrompido;
• Gasto e sem valor;
• Impróprio para uso;
• Inútil.

Muitos cristãos acreditam que apenas palavras de baixo calão são torpes. No entanto, toda palavra inútil, pessimista, que não edifica ou que é “podre” (morta), é considerada torpe.

Se a boca fala do que o coração está cheio, o que estamos comunicando? Palavras inúteis são sementes ruins. Não podemos esperar colher saúde e vida de Deus se passamos o dia semeando morte e inutilidade com nossa língua. A instrução é clara: nossa boca deve transmitir Graça (Favor imerecido).

A Lei da Semeadura nas Palavras

Em Efésios 6:8, fomos lembrados de que “cada um, se fizer alguma coisa boa, receberá isso outra vez do Senhor”.

A vida é um jardim. Cada frase é um conjunto de sementes. Se plantamos palavras de vida, colhemos vida. Se plantamos palavras corrompidas, colhemos corrupção. O irmão utilizou a analogia de colocar a mão no fogo: se você se expõe à situação (falar o mal), você se queimará. Deus é justo e recompensará o bem que fazemos e falamos, seja em público ou em segredo.

A Certeza da Obra Completa

Para finalizar o ensinamento e preparar os corações para a Santa Ceia, fomos consolados com a promessa de Filipenses 1:6:

“Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao dia de Cristo Jesus.”

A obra de salvação e santificação não começou por nossa vontade, mas por iniciativa de Deus. A palavra “completar” aqui (Epiteleo) significa levar a um fim, executar, aperfeiçoar.

Apesar das nossas falhas e da nossa carne fraca, Deus é fiel ao Seu projeto. Ele não nos deixa pela metade. A nossa parte é confiar, submeter-se e continuar plantando no Espírito, sabendo que Ele está aperfeiçoando cada detalhe até o grande dia do nosso encontro com o Senhor Jesus Cristo.

Comunhão e Encerramento

Assim, a live foi encerrada com o momento solene da Ceia do Senhor Jesus Cristo, onde lembramos do corpo moído de Cristo (para nossa cura física e emocional) e do sangue derramado (para nossa justificação). É um ato de memória e de renovação da aliança.

Assista ao Estudo Completo Abaixo:

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