A expansão da luz

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“Conheço um homem em Cristo que há catorze anos foi arrebatado ao terceiro céu. Se foi no corpo ou fora do corpo, não sei; Deus o sabe. E sei que esse homem—se no corpo ou fora do corpo, não sei, mas Deus o sabe— foi arrebatado ao paraíso e ouviu coisas indizíveis, coisas que ao homem não é permitido falar. Nesse homem me gloriarei, mas não em mim mesmo, a não ser em minhas fraquezas.”
2Co 12:2-5
Que relato interessante temos aqui. Ele dá dois testemunhos sobre a mesma coisa. Esse testemunho é sobre o ser espiritual, o qual a linguagem não é compreendida pelo homem natural. Ele diz não saber se no corpo ou fora dele, mas sabemos pelo que ele mesmo escreveu em 1Co 15:50, carne e sangue não herdarão o reino de Deus e o próprio Jesus Cristo disse que se não nascer do alto ou de Deus não pode ver nem entrar no reino de Deus. Logo, o novo aspecto é em semelhança da carne ou do corpo humano, mas a matéria é indestrutível, não afetada pelo mal.
Essa experiência foi tão real que ele mesmo não saberia distinguir se estava em corpo físico ou não. E ele diz que nesse homem (espírito dado por Cristo no novo nascimento), ele se gloriará, mas não em si mesmo (corpo e alma, ser humano), porque ele como um ser espiritual em estatura de varão, ou seja, plenamente desenvolvido ou expandido sabia distinguir sua natureza humana da espiritual.
Veja, o ser espiritual não tem o propósito de se vangloriar de sua superioridade porque ele é superior por excelência e não cogita das coisas deste mundo, como os seres humanos naturais. Porque elas são passageiras e ele é eterno. Logo, a única coisa que ele se vangloriava era nas fraquezas (da carne), porque é aí que o poder espiritual tem oportunidade de se manifestar e prevalecer sobre as tentações e demais obras do maligno, uma vez que enquanto a carne está forte (bem alimentada, cheia de si), ela se opõe fortemente contra a natureza espiritual como vimos.
Pois só quando estamos angustiados ou em apuros é que suplicamos por favor ou ajuda de Deus (a nossa alma). Caso contrário, achamos que temos força própria e nos tornamos autossuficientes e não aprendemos a confiar em Deus, mas em nós mesmos. São essas coisas que tornam o homem impuro (Mc 7:16,20-23).
“Mesmo que eu preferisse gloriar-me não seria insensato, porque estaria falando a verdade. Evito fazer isso para que ninguém pense a meu respeito mais do que em mim vê ou de mim ouve” (2Co 12:6).
Veja, que ele diz que ainda que ele se gloriasse não estaria mentindo. O testemunho da verdade que o Espírito da Verdade testifica em ações e palavras e no poder do Espírito Santo. Ainda assim em sua mentalidade espiritual não via necessidade alguma para isso, porém, como ser humano…
“Ao ostentar esse orgulho, não estou falando segundo o Senhor, mas como insensato” e “Fui insensato, mas vocês me obrigaram a isso. Eu devia ser recomendado por vocês, pois em nada sou inferior aos “superapóstolos”, embora eu nada seja” (2Co 11:17 e 12:11). Essas coisas precisam estar bem definidas em nós; a separação entre luz e trevas.
“Para impedir que eu me exaltasse por causa da grandeza dessas revelações, foi-me dado um espinho na carne, um mensageiro de Satanás, para me atormentar” (2Co 12:7).
Para impedir de se exaltar (a alma, como dissemos; essas coisas não afetam o espírito porque não faz parte de sua natureza, não faz seu gênero ou tipo). Um espinho na carne, ou seja, na parte física, natural; um espírito maligno que o atormentava ou esbofeteava, provavelmente em sua consciência humana devido ao seu passado ou qualquer coisa assim. Porque a carne (natureza humana) é cheia de si. Em seu espírito ele não pode ser tocado. Sabemos que se a mente estiver sob algum tipo de ataque, acaba por desencadear uma reação no corpo, as conhecidas doenças psicossomáticas.
“Três vezes roguei ao Senhor que o tirasse de mim” (2Co 12:8).
Foram as tentativas suficientes para ele entender o propósito daquele “espinho” como um tipo de incentivo à resistência ao orgulho próprio. Porque enquanto estivermos nessa habitação humana, não estamos livres completamente do pecado, embora não sejamos mais pecadores, mas o pecado se agarra em nós (na parte humana). Conforme está escrito em Hb 12:1.
“Mas ele me disse: “Minha graça é suficiente a você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”. Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim” (2Co 12:9).
Assim, cada vez que ele se encontrava na carne, ou seja, se gabando das revelações ou coisa assim, ali estava um espinho, algo incômodo que afeta um determinado local, embora não fosse para matá-lo, trazia aborrecimento ou algum tipo de inquietação. Isso o fazia voltar a natureza certa e o fruto dela era manifesto, domínio próprio, moderação, etc.
“Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco, é que sou forte.” (2Co 12:10).
Em outras palavras, ele entendeu através desse incômodo (o espinho), que deveria se concentrar em seu espírito para que o poder de Deus se tornasse cada vez mais evidente nele e a carne fosse contida.
Assim somos nós. Vamos aprender ou imitar o apóstolo Paulo, assim como ele aprendeu de Cristo, pois é um único Espírito.